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Saúde

Preocupação com futuro pode afetar saúde emocional de jovens já na escola, diz pesquisa

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Incertezas sobre a vida adulta reforçam papel da escola no acolhimento e na prevenção de transtornos emocionais

A ansiedade em relação ao futuro tem impactado diretamente a saúde mental de adolescentes e jovens entre 16 e 25 anos. Uma pesquisa da instituição Prince’s Trust, com mais de 2 mil jovens no Reino Unido, aponta que um em cada cinco já faltou à escola ou ao trabalho devido a problemas emocionais ligados a essa preocupação. Para as psicólogas Eloá Ulliam e Nathalia Lima, da Escola Lourenço, esse tipo de sofrimento pode surgir na vida escolar, o que demanda acompanhamento.

É na escola que muitas dessas questões começam a aparecer e também onde podem ser acolhidas e trabalhadas. “Se realizado mediante uma escuta atenta, quando a fala dos jovens, dos professores e dos outros componentes da escola são expostas e trabalhadas, não só no coletivo, em pequenos grupos e em momentos individuais, existe a possibilidade de compreender quais as dinâmicas daquele contexto escolar que funcionam e quais precisam ser revistos”, destaca Eloá. Para ela, entender esses fatores ajuda não só no desempenho escolar, mas também na prevenção de quadros de sofrimento emocional.

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As psicólogas explicam que, dentro da sala de aula, há espaço para intervenções com potencial terapêutico. “Partindo do princípio de que a fala possibilita não só a elaboração de conflitos, mas também a construção de um coletivo mais igualitário, os atendimentos dentro das salas de aula podem apresentar efeito terapêutico”, afirma Nathalia. “Existem jovens que se posicionam de forma mais silenciosa, mas, em geral, diante do convite para o atendimento, de um espaço em que possam se expressar, o clima é de ânimo”, explica.

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Segundo elas, essa abertura dos jovens ao diálogo é reveladora. “A disponibilidade demonstrada pelos jovens também possibilita a compreensão sobre a experiência do saber, sobre a relação com a escola, sobre a maneira como se relacionam uns com os outros e sobre questões de saúde mental”, acrescentam.

Papel da escola

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A escola, nesse sentido, tem um papel ativo. As psicólogas comentam que as rodas de conversas com os alunos e a ação da psicologia em conjunto com a comunidade escolar podem criar a existência de um espaço de vínculo e trabalho, no qual as diferenças e as relações entre os alunos são cuidadas e refletidas, possibilitando que frustração, raiva e agressividade não se transformem em violência.

Os educadores também ocupam lugar central nesse processo de cuidado e construção de vínculos. “Os professores são joias preciosas neste processo, uma vez que os alunos pedem conexão e endereçam para eles o desejo do saber”, observa Nathalia. Além disso, segundo ela, é comum o jovem que está vinculado ao professor encontrar na escola um espaço de segurança, de investimento ou que, diante de uma aula que possibilite ao aluno reconhecer seu aprendizado e sua capacidade, vivencie experiências menores, mais administráveis de sofrimento psíquico, como crises de ansiedade.

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Elas resumem que, mais do que um espaço de conteúdo, a escola pode ser um território de cuidado emocional, onde os jovens possam ser ouvidos, acolhidos e estimulados a crescer em todas as suas dimensões.

Sobre Eloá Ulliam

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Psicóloga, atua na Escola Lourenço Castanho, é graduada pela UNESP de Assis, especialista em Saúde Mental pela Unicamp, tem mais de 10 anos de experiência na área de saúde mental.

Sobre Nathalia Lima

Psicóloga clínica e do Escuta Escola, atua na  Escola Lourenço Castanho, é graduada pela Unesp, especialista em Psicologia Clínica Hospitalar e em Psicopatologia Clínica.

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Sobre a Escola Lourenço Castanho 

Oferece um projeto pedagógico inovador, que extrapola o trabalho com os conteúdos produzidos pelas grandes áreas do conhecimento, investindo também no desenvolvimento da autonomia e da crítica, na análise da dimensão social construída pelos estudantes e na vinculação com o saber. Ao longo dos anos, a Escola mantém o compromisso com seus princípios, consolidando a formação integral como a base de seu projeto pedagógico-educacional.–

Para mais informações, entre em contato com a equipe da Betini Comunicação, ou acesse nosso instagram @betinicomunica

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Saúde

Uso de cotonete pode causar problemas auditivos, alerta especialista

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Crédito: Imagem de freepik

Médica explica como higienizar os ouvidos de forma segura e evitar complicações

O cotonete ainda é muito usado por quem acredita que ele ajuda na higiene dos ouvidos, mas o hábito pode trazer mais riscos do que benefícios. De acordo com a Dra. Priscilla Rego Barros da Silveira, médica otorrinolaringologista do HOPE – Hospital de Olhos de Pernambuco, a forma correta de higienizar os ouvidos não envolve o uso desse tipo de haste.
“A limpeza deve ser feita durante o banho, de maneira simples e segura. Basta colocar sabonete no dedo indicador e passar nas orelhas. Depois, ao enxaguar a cabeça, passar novamente o dedo. Fora do banho, é suficiente enxugar a região com a toalha”, explica a especialista.
O cerúmen, conhecido como cera do ouvido, é um mecanismo natural de proteção. Ele impede a entrada de poeira, sujeira e até micro-organismos. “O cotonete pode irritar a mucosa e, em vez de retirar, empurrar a cera para dentro, causando a sensação de ouvido tampado e até uma diminuição temporária da audição”, alerta a médica. Além disso, o uso inadequado pode provocar lesões sérias, como ferimentos na parede do canal auditivo ou até perfuração do tímpano.
Segundo a Dra. Priscilla, não há necessidade de limpar o ouvido internamente no dia a dia. “A limpeza diária no banho é suficiente. Esse cuidado simples já garante saúde e proteção ao ouvido”, reforça.
Em alguns casos, no entanto, pode haver acúmulo de cerúmen que precisa de atenção médica. “Quando o paciente sente uma sensação de plenitude, como se o ouvido estivesse tampado, ou percebe diminuição da percepção auditiva, é importante procurar um otorrinolaringologista. Só o especialista poderá avaliar e indicar o procedimento adequado, que pode ser lavagem, aspiração ou curetagem”, afirma a Dra. Priscilla.
O uso frequente de fones de ouvido também pode favorecer o problema. “Os fones funcionam como cotonetes, empurrando a cera e irritando a mucosa auricular”, explica a médica.
A orientação final da especialista é clara: nada de improvisos ou objetos dentro do ouvido. “A limpeza diária é simples e eficiente. Se houver acúmulo de cera, sempre busque um profissional habilitado para avaliar e tratar da forma correta”, finaliza a Dra. Priscilla Rego Barros da Silveira, médica otorrinolaringologista do HOPE – Hospital de Olhos de Pernambuco.

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