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Estudo aponta que Ozempic e Wegovy estão relacionados à patologia ocular rara

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Os medicamentos usados para controle do diabetes, como Ozempic e Wegovy, estão cada vez mais populares entre a população, não apenas entre os diabéticos, mas também, paulatinamente, ganham espaço entre os interessados em se beneficiarem dos rápidos efeitos emagrecedores. A divulgação de um estudo alertou que esses remédios podem estar ligados a uma rara doença ocular: Neuropatia Óptica Isquêmica Anterior-não arterítica (NOIA-NA).

Os resultados da pesquisa apontaram uma conexão entre o uso dos dois medicamentos com o risco sete vezes maior para desenvolver essa doença rara e que pode levar à cegueira. Lamentavelmente, esse risco não é citado como um possível efeito colateral na bula desses remédios.

O estudo foi desenvolvido pelo grupo de cientistas do Mass Eye and Ear, área do hospital da Universidade da Harvard dedicada à oftalmologia e à otorrinolaringologia, publicado na revista científica JAMA Ophthalmology.

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A oftalmologista do Hospital de Olhos Dr. Ricardo Guimarães, Paula Guimarães, explica que a NOIA-NA acontece quando há um infarto e isquemia, ou seja, fluxo sanguíneo inadequado no nervo óptico, que liga o globo ocular ao cérebro. Quando o globo não recebe sangue e oxigenação de maneira adequada, ocorre a perda da visão. A estimativa é acometer de 2 a 10 pessoas acima dos 50 anos, a cada cem mil habitantes. A frequência é maior na faixa etária de 50 a 70 anos.

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Existem ainda, outros fatores de risco, como a cardiopatia isquêmica, diabetes, altos níveis de gordura na corrente sanguínea, cirurgias prolongadas, apneia do sono e alguns tipos de medicamentos. O principal sintoma é a piora súbita da visão em um dos olhos, principalmente ao acordar e, apesar da gravidade da situação, é completamente indolor.

A questão é que quando as pesquisas foram iniciadas pela equipe da Universidade, em 2023, os médicos observaram que três pacientes perderam a visão, devido à condição, em apenas uma semana e, coincidentemente, todos  estavam em tratamento com a semaglutida, componente presente na fórmula do Ozempic e do Wegovy.

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A partir desse momento, decidiram analisar, retrospectivamente, todos os mais de 17 mil atendidos. Encontraram 710 pessoas com diabetes tipo 2, sendo que 194 deles usavam o Ozempic e 516, outros medicamentos para controle da glicose. Outros 919 possuíam obesidade, sendo que 361 deles consumiam o Wegovy.

A avaliação revelou que, em três anos, 8,9% dos portadores de diabetes em uso do Ozempic desenvolveram NOIA-NA, contra 1,8% daqueles que consumiam outro tipo, ou seja, um risco 4,28 vezes maior.

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Já entre os obesos, essa possibilidade foi ainda mais grave. No mesmo período de tempo, 6,7% dos consumidores de Wegovy tiveram NOIA-NA, contra 0,8% dos adeptos de outros medicamentos. O risco foi 7,64 vezes superior. O resultado final total foi 37 casos entre 555 usuários de semaglutida, contra apenas 9 dos outros 1,074.

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A descoberta ainda não é vista como definitiva, porém, serve como alerta e abre espaço para o desenvolvimento de mais estudos sobre os efeitos dessas drogas no corpo. A melhor forma de se prevenir contra a neuropatia começa com as consultas rotineiras com o  oftalmologista.

A oftalmologista recorda que patologia ainda não possui um método de tratamento aprovado. O controle costuma envolver o uso de aspirina e/ou colírios para reduzir a pressão intraocular, evitando o risco de complicações irreversíveis nos olhos.

 
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Gabrielle Silva

Multi Comunicar

(32) 99114-5408

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Livro “Desmistificando o Autismo” de Letícia Sena

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A capa traz uma homenagem especial, uma composição feita pela artista Juna, a partir de  desenhos feitos por crianças autistas com diferentes níveis de suporte
Livro “Desmistificando o Autismo” de Letícia Sena aborda inclusão e cuidado humanizado. A obra se baseia em evidências científicas e em vivências práticas, além de propor uma reflexão sobre temas que impactam o dia a dia de pessoas autistas, suas famílias e profissionais da saúde e da educação.
“O objetivo é promover a conscientização ampla, e construção de ambientes verdadeiramente inclusivos e respeitosos. Entre os temas discutidos, estão os desafios da inclusão escolar, o suporte às famílias e a importância de um olhar ético e humanizado nas terapias, no dia a dia das pessoas autistas”, comenta Letícia, destacando que o livro conta, ainda, com contribuições de terapeutas, médicos, advogados e familiares, com o intuito de romper mitos e preconceitos ainda presentes na sociedade.
A capa traz uma homenagem especial, uma composição feita pela artista Juna, a partir de  desenhos feitos por crianças autistas com diferentes níveis de suporte, que expressam, desde o primeiro olhar, a diversidade que o livro se propõe a representar.
A publicação também dá espaço a depoimentos reais, como o de Priscila, mãe de Gabriel, uma criança com nível 3 de suporte. Ela compartilha sua trajetória de descobertas, superação desde o diagnóstico do filho até o impacto transformador da comunicação aumentativa e alternativa e do atendimento especializado. Outro relato é de Mariana, mãe de Violeta, autista com nível 1 de suporte, que reflete sobre os desafios invisíveis da maternidade atípica e a importância de acolhimento adequado.
Para Letícia, escrever sobre o autismo é, antes de tudo, enfrentar realidades pouco discutidas. “Falar sobre o autismo é sempre um desafio, pois envolve dar visibilidade às lutas por direitos básicos, acesso a tratamentos e reconhecimento. Este livro nasceu do desejo de desmistificar ideias equivocadas e oferecer um olhar mais humano, sensível e fundamentado”, conclui.
A venda do livro “Desmistificando o Autismo”, da editora Literare Books International, com coordenação editorial da fonoaudióloga Letícia Sena, está disponível na loja online da editora no link https://loja.literarebooks.com.br/nao-ficcao/desmistificando-o-autismo.
Sobre Letícia Sena
Fonoaudióloga e doutoranda pela Universidade Federal de São Paulo, Letícia é analista do Comportamento Aplicada ao Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) e desenvolvimento atípico, com formação pelo Instituto Par – Centro de Ciências e Tecnologia do Comportamento, é especialista em Comunicação Aumentativa e Alternativa e especialista em Terapia da Aceitação e do Compromisso pelo Centro Brasileiro de Ciência Comportamental e Contextual. Letícia, é certificada nos métodos Prompt, PECS, PODD, CoreWords e contribui com publicações, inclusive internacionais, sobre autismo e empreendedorismo feminino.
Letícia é fundadora da Clínica Instituto Índigo e realiza a gestão, supervisões e orientações parentais, incluindo o acompanhamento de casos e clínicas em diferentes estados do Brasil e fora do Brasil.
Instagram: @fga_leticiasena
LinkedIn: Letícia Sena
Sobre o Instituto Índigo
Clínica multidisciplinar referência no atendimento a crianças e adolescentes autistas, síndromes genéticas raras, transtornos de aprendizagem, da fala, alimentação e atrasos no desenvolvimento. Atua com fonoaudiologia, psicologia, terapia ABA, terapia ocupacional, fisioterapia, psicomotricidade, psicopedagogia, neuropsicologia e educação física. Os tratamentos são personalizados, com supervisão estruturada, registros diários, orientação parental e treinamento escolar, com atendimento presencial em consultório, em domicílio e consultorias a distância. Conta com a UniÍndigo, universidade voltada à formação de terapeutas na área e professores da rede regular de ensino e investe em inovação, como o desenvolvimento de um agente de inteligência artificial próprio.
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