Saúde
Exames de análises clínicas auxiliam o diagnóstico de doenças autoimunes

Créditos: Depositphotos
O diagnóstico precoce é crucial para o tratamento eficaz de doenças autoimunes, uma vez que permite intervenções antes que os sintomas se agravem. Através de exames simples e acessíveis, como testes laboratoriais, é possível detectar alterações no funcionamento do sistema imunológico, possibilitando o início imediato de tratamentos personalizados. Essa abordagem não apenas melhora significativamente a qualidade de vida do paciente, mas também pode prevenir complicações graves, promovendo uma gestão mais eficaz dessas condições complexas.
Entre as doenças autoimunes estão a esclerose múltipla, que compromete habilidades cognitivas e motoras; a doença celíaca, que afeta o intestino delgado devido à sensibilidade ao glúten; o lúpus, que provoca uma série de inflamações no organismo; e o diabetes tipo 1, que resulta no descontrole dos níveis de açúcar no sangue.
O diagnóstico de doenças autoimunes pode envolver exames complementares, como análises de sangue, urina e, em alguns casos, biópsias, que são recomendados pelo médico que assiste o paciente. Esses procedimentos são fundamentais para identificar condições subjacentes e guiar os profissionais de saúde na formulação de um plano de tratamento adequado.
Patrícia Cavalcante, biomédica no Sabin Diagnóstico e Saúde, aponta que, dentre os testes utilizados no diagnóstico, o Teste de Fator Antinuclear (FAN) é fundamental para detectar autoanticorpos e é frequentemente associado a condições como lúpus e artrite reumatoide. “Exames que identificam anticorpos específicos, como Anti-DNA e Anti-CCP, ajudam a distinguir subtipos de doenças, enquanto o Fator Reumatoide (FR) é importante para diagnosticar artrite reumatoide. Além disso, exames que avaliam a atividade imunológica, como C3 e C4, são cruciais no acompanhamento de condições como lúpus. Outros anticorpos, como Anti-Tireoglobulina e Anti-TPO, são utilizados para doenças da tireoide, e exames genéticos, como HLA-B27, podem indicar predisposição para espondilite anquilosante”, destaca.
Além disso, a Velocidade de Hemossedimentação (VHS) e a Proteína C-reativa (PCR) ajudam a avaliar a presença de inflamação no corpo, monitorando a gravidade das doenças, embora não sejam específicas para doenças autoimunes.
De acordo com a profissional, o aumento dos níveis de anticorpos pode estar associado a crises da doença, enquanto a redução ou resultados negativos podem indicar uma resposta positiva ao tratamento ou remissão. No entanto, algumas manifestações clínicas podem ocorrer sem alterações nos anticorpos, o que torna a avaliação clínica realizada pelo médico essencial. Ele é responsável por determinar quais exames são mais adequados para o estado do paciente, pois alguns testes são utilizados tanto para o diagnóstico quanto para o manejo da doença.
É necessário observar que o teste de fator antinuclear possui limitações, pois pode apresentar resultados positivos mesmo em pessoas saudáveis, sem necessariamente indicar a presença de uma doença. “Por isso, é essencial o acompanhamento médico para associar o teste a exames complementares e à avaliação clínica, dependendo dos sintomas apresentados e da doença suspeita”, ressalta a biomédica.

Saúde
Uso de cotonete pode causar problemas auditivos, alerta especialista

Crédito: Imagem de freepik
Médica explica como higienizar os ouvidos de forma segura e evitar complicações
O cotonete ainda é muito usado por quem acredita que ele ajuda na higiene dos ouvidos, mas o hábito pode trazer mais riscos do que benefícios. De acordo com a Dra. Priscilla Rego Barros da Silveira, médica otorrinolaringologista do HOPE – Hospital de Olhos de Pernambuco, a forma correta de higienizar os ouvidos não envolve o uso desse tipo de haste.
“A limpeza deve ser feita durante o banho, de maneira simples e segura. Basta colocar sabonete no dedo indicador e passar nas orelhas. Depois, ao enxaguar a cabeça, passar novamente o dedo. Fora do banho, é suficiente enxugar a região com a toalha”, explica a especialista.
O cerúmen, conhecido como cera do ouvido, é um mecanismo natural de proteção. Ele impede a entrada de poeira, sujeira e até micro-organismos. “O cotonete pode irritar a mucosa e, em vez de retirar, empurrar a cera para dentro, causando a sensação de ouvido tampado e até uma diminuição temporária da audição”, alerta a médica. Além disso, o uso inadequado pode provocar lesões sérias, como ferimentos na parede do canal auditivo ou até perfuração do tímpano.
Segundo a Dra. Priscilla, não há necessidade de limpar o ouvido internamente no dia a dia. “A limpeza diária no banho é suficiente. Esse cuidado simples já garante saúde e proteção ao ouvido”, reforça.
Em alguns casos, no entanto, pode haver acúmulo de cerúmen que precisa de atenção médica. “Quando o paciente sente uma sensação de plenitude, como se o ouvido estivesse tampado, ou percebe diminuição da percepção auditiva, é importante procurar um otorrinolaringologista. Só o especialista poderá avaliar e indicar o procedimento adequado, que pode ser lavagem, aspiração ou curetagem”, afirma a Dra. Priscilla.
O uso frequente de fones de ouvido também pode favorecer o problema. “Os fones funcionam como cotonetes, empurrando a cera e irritando a mucosa auricular”, explica a médica.
A orientação final da especialista é clara: nada de improvisos ou objetos dentro do ouvido. “A limpeza diária é simples e eficiente. Se houver acúmulo de cera, sempre busque um profissional habilitado para avaliar e tratar da forma correta”, finaliza a Dra. Priscilla Rego Barros da Silveira, médica otorrinolaringologista do HOPE – Hospital de Olhos de Pernambuco.
-
Saúde6 dias ago
Uso de cotonete pode causar problemas auditivos, alerta especialista
-
Diversas6 dias ago
Mutirão do Eletrônico 2025 entra na fase prática
-
Politica3 dias ago
Ex-ministra de Bolsonaro Cristiane Britto faz ato profético e pede anistia em manifestação no DF
-
Esporte4 dias ago
Sicoob anuncia patrocínio à atleta olímpica Ana Sátila