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Saúde

Outubro Rosa: Alta densidade mamária aumenta o risco de câncer de mama

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Mulheres com mamas densas têm risco aumentado de câncer pela quantidade maior de glândula e a dificuldade em identificar as lesões

A alta densidade mamária presente em metade das mulheres aumenta o risco de câncer de mama

Nesses casos, a mamografia associada à ultrassonografia ou à ressonância magnética permite identificar lesões iniciais, afirma a médica Ellyete Canella, coordenadora do Centro de Mama do Hospital Quinta D’Or.
O câncer é uma doença multifatorial, que pode ser provocada por causas externas e internas1. Cerca de 80% dos casos de enfermidade ocorrem em razão de fatores externos, como tabagismo, consumo excessivo de bebidas alcoólicas, consumo de alimentos ultraprocessados, sedentarismo e obesidade. Os outros 20% são consequência de causas internas, como problemas hormonais, condições imunológicas e mutações genéticas. Um dos fatores mais importantes que contribuem para o surgimento do câncer de mama é a alta densidade mamária, presente em cerca de metade da população feminina2.
As mamas são formadas por glândulas (responsáveis ​​pela lactação), tecido fibroso e gordura. A mama densa é caracterizada por grande quantidade de tecido glandular e pouca gordura. “Esse tipo de mama aumenta o risco de câncer não só pela quantidade maior de glândula, mas pela dificuldade que o padrão denso causa na identificação das lesões”, explica a médica radiologista Ellyete Canella, coordenadora do Centro de Mama do Hospital Quinta D’Or, membro da Comissão de Qualidade em Mamografia do Colégio Brasileiro de Radiologia e mestre em Radiodiagnóstico pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.

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A densidade das mamas é um dos aspectos avaliados na mamografia e está descrita nos laudos médicos. Na imagem, o tecido fibroso aparece branco e o adiposo, escuro. Essa característica das mamas é definida em quatro padrões estabelecidos pelo sistema BI-RADS (Breast Imaging Reporting and Data System). A padronização engloba quatro letras – de A a D –, sendo que as duas últimas indicam alta e extrema densidade. Um estudo canadense3 mostrou que mulheres com densidade mamária extrema apresentam risco de quatro a seis vezes maior de desenvolver câncer, em comparação com pacientes com padrão A.
Favorecendo o diagnóstico precoce

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A prevenção representa um conjunto de ações que evitam o aparecimento de uma doença. Embora não seja possível evitar o surgimento do câncer de mama, algumas medidas são consideradas de alto valor na prevenção, como alimentação balanceada, prática regular de atividade física e controle de peso. Além disso, não fumar e consumir cafeína e bebidas alcoólicas com moderação são hábitos recomendados para se evitar qualquer doença.
As estratégias de rastreamento (ou detecção precoce) têm por objetivo a identificação de lesões pequenas, não palpáveis. O Ministério da Saúde estabelece que o rastreamento, por meio da mamografia, pode ser considerado para mulheres entre 50 e 69 anos, a cada dois anos.
Já o documento conjunto assinado no ano passado pelo Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR), pela Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) e pela Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) recomenda a mamografia anual para mulheres entre 40 e 74 anos. A partir dessa idade, a estratégia deve ser aplicada às pacientes com expectativa de vida superior a sete anos.

De preferência, exames de rastreio devem ser realizados em centros de atendimento integral de radiologia mamária.

Segundo a médica Ellyete Canella, recomenda-se às mulheres com mamas densas associar a mamografia a exames que permitem “enxergar através da densidade”, tais como a ultrassonografia e a ressonância magnética. “Combinar exames é importante porque a mamografia falha em cerca de 25% dos casos de mamas densas, já que uma parte glandular muito exuberante pode esconder um nódulo”, alerta.
O especialista ressalta que, de preferência, os exames devem ser realizados em centros especializados no atendimento integral em radiologia mamária. “Em geral, a paciente faz mamografia e ultrassonografia em clínicas diferentes, e os médicos interpretadores não têm acesso às imagens de cada exame, o que limita a capacidade diagnóstica. Fazer os dois exames juntos e com o mesmo médico melhora o desempenho dos métodos e evita falso-positivos”, argumenta.
Sempre que possível, a ressonância magnética pode ser utilizada em substituição à ultrassonografia em mulheres com riscos intermediário e alto de desenvolver câncer de mama. No primeiro grupo, enquadram-se as pacientes com alta densidade das mamas. Já o segundo inclui pacientes com histórico familiar (parentes de primeiro grau com câncer de mama na pré-menopausa), portadores de mutações genéticas que predispõem a esse tipo de câncer e pacientes que fizeram radioterapia de transplante.
Em mulheres com mama densa ou com alto risco de câncer de mama, a tomossíntese pode ser disponibilizada na realização da mamografia, quando houver possibilidade. A tomossíntese é um software, resultado do desenvolvimento da mamografia digital, que gera imagens da mama em “fatias” de um milímetro, melhorando o desempenho do método na detecção precoce de lesões iniciais.
Referências

  1. Instituto Nacional do Câncer (Inca). Disponível em: Link
  2. Nazari, Shayan Shaghayeq; Mukherjee, Pinku. An overview of mammographic density and its association with breast cancer. Breast Cancer, v. 25, n. 3, p. 259-267, 2018. Disponível em: Link
  3. Moran, Olivia et al. Predictors of mammographic density among women with a strong family history of breast cancer. Bmc Cancer, v. 19, n. 1, p. 1-12, 26 . 2019. Disponível em: Link
  4. Linei Augusta Brolini Delle Urban et al. Recomendações do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem, da Sociedade Brasileira de Mastologia e da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia para o rastreamento do câncer de mama no Brasil. Radiol Bras. 2023; 56(4):207–214
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Saúde

IgesDF reforça ética e integridade na UPA do Riacho Fundo com Projeto Café com Compliance

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Autora Pollyana Cabral
Foto Divulgação/ IgesDF
Equipe do Instituto visita unidade de saúde para orientar lideranças e fortalecer a cultura de conduta ética e respeito nas relações de trabalho
Por Pollyana Cabral
Nesta quinta-feira (16), a UPA do Riacho Fundo recebeu uma visita especial da Coordenação de Governança e Integridade do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF). A ação faz parte do Projeto Café com Compliance, iniciativa que visa reforçar o Programa de Integridade da instituição, alinhando equipes às políticas internas e ao Código de Ética e Conduta.
“O compromisso da gestão é um alicerce do Programa de Integridade do Instituto. O Café com Compliance é um momento de reforçar a temática, bem como compartilhar experiências e orientações”, afirma Eduardo Corrêa, Coordenador de Governança e Integridade do IgesDF.
A visita integra a Semana de Compliance, Controle Interno e Transparência do IgesDF, que tem como propósito consolidar uma cultura de ética e integridade, destacando a importância do cumprimento das normas institucionais.
“A visita da equipe à UPA do Riacho Fundo reforçou o compromisso da unidade com a ética, a integridade e o respeito nas relações de trabalho, promovendo um importante momento de orientação e alinhamento entre as lideranças sobre condutas, políticas institucionais e mediação de conflitos”, destaca Carolina Gomes, Gerente da UPA do Riacho Fundo.
Sobre o programa
O Programa de Integridade e Governança do IgesDF atua para promover a ética, a integridade e a transparência em todas as unidades do Instituto. Entre suas atribuições estão o fortalecimento do Código de Ética e Conduta, o suporte à alta gestão e a implementação de treinamentos e orientações que garantam o cumprimento das normas institucionais.
É um pilar de treinamento e comunicação do Programa de Integridade e prevê visitas a todas as unidades do Instituto, garantindo que todos os colaboradores recebam orientação contínua sobre boas práticas de conduta e ética.
“Nosso objetivo é consolidar uma cultura de integridade em todas as unidades do Instituto. Esse programa de conformidade e boas práticas é uma oportunidade de orientar, esclarecer e reforçar boas condutas entre as equipes”, afirma Eduardo Corrêa, Coordenador de Governança e Integridade do IgesDF.
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