Politica
Influência de Musk no governo Trump preocupa Merkel

Deutsche Wellei
“Quando uma pessoa como ele [Musk] é dono de 60% de todos os satélites que orbitam no espaço, então isso deve nos preocupar enormemente, além das questões políticas”, declarou em entrevista ao semanário alemão Der Spiegel publicada nesta sexta-feira (22/11).
A referência a Musk foi feita quando Merkel foi indagada pela revista se a volta de Trump à Casa Branca representava um desafio maior do que o primeiro mandato do republicano, iniciado em 2016.
A alemã reagiu citando uma “aliança visível” entre o novo presidente da maior economia do mundo e grandes empresas do Vale do Silício, “que têm enorme poder financeiro”.
Musk foi nomeado junto com o empresário Vivek Ramaswamy para a chefia do novo Departamento de Eficiência Governamental. Caberá à dupla, segundo Trump, desmantelar a burocracia, reduzir regulamentações, cortar gastos e reestruturar agências federais.
Musk, que é dono do X, da SpaceX e da Tesla, doou milhões de dólares para a campanha de Trump e apoiou ativamente o candidato republicano nas últimas eleições.
Merkel, que está afastada da política desde o final de 2021, afirmou que os 16 anos que passou como líder da Alemanha a ensinaram que é preciso ter um equilíbrio entre os interesses “dos poderosos e dos cidadãos comuns”.
Segundo a alemã, a crise financeira de 2007/2008 evidenciou a importância da política como “última instância capaz de endireitar as coisas”. “E quando essa última instância é muito influenciada por empresas, pelo capital financeiro ou por tecnologias, isso é um desafio desconhecido para todos nós.”
Merkel, porém, frisou que “em uma democracia, a política nunca é impotente contra as empresas”.
Merkel lança livro de memórias
Merkel está lançando um livro de memórias, em que recapitula sua trajetória desde a juventude na antiga Alemanha Oriental até os anos na política à frente da Alemanha reunificada.
A obra chega nesta terça-feira (26/11) às livrarias, e é aguardada com expectativa e curiosidade, dada a personalidade reservada da alemã, que raras vezes se pronunciou desde que deixou o governo.
Na mesma entrevista ao Der Spiegel, Merkel também alfinetou o partido alemão de ultradireita Alternativa para a Alemanha (AfD), segundo mais bem cotado nas pesquisas, acusando-o de usar as redes sociais para inflamar os ânimos do eleitorado. Na opinião dela, o papel da política deveria ser justamente o oposto, mais conciliador.
A Alemanha, que atravessa no momento uma crise política e viu ruir a coalizão de governo entre social-democratas, verdes e liberais, terá eleições antecipadas ao Parlamento em 23 de fevereiro de 2025.
O partido de Merkel, o conservador CDU, deve voltar ao comando do país.
Fonte: IstoÉ

Politica
CDH realizará audiência pública sobre a Síndrome do X Frágil

Debate no Senado vai discutir desafios do diagnóstico e tratamento da Síndrome do X Frágil, condição genética ligada à deficiência intelectual e ao autismo, que pode afetar entre 24 mil e 52 mil pessoas no Brasil.
A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado promove, no dia 22 de setembro (segunda-feira), às 10h, no Plenário 2 da Ala Senador Nilo Coelho, audiência pública para debater a Síndrome do X Frágil (SXF), considerada a causa hereditária mais comum de deficiência intelectual e transtorno do espectro autista. A iniciativa atende ao Requerimento 85/2025, de autoria do senador Flávio Arns (PSB/PR).
“A realização da audiência pública contribuirá para aprofundar o debate e propor políticas públicas que garantam diagnóstico precoce, tratamento adequado e inclusão social para pessoas com Síndrome do X Frágil e seus familiares”, justificou Arns.
A audiência reunirá especialistas da área médica, representantes de associações de pacientes e gestores públicos, e terá como objetivo avaliar a situação atual no Brasil, incluindo o acesso a exames genéticos, terapias multidisciplinares e apoio educacional.
Dados sobre a Síndrome do X Frágil
Estudos internacionais estimam que a prevalência seja de aproximadamente 1 em cada 4.000 a 5.000 homens e 1 em cada 6.000 a 8.000 mulheres. A SXF é a causa hereditária mais comum de deficiência intelectual e autismo, e a identificação precoce é fundamental para ampliar o acesso a tratamento e inclusão.
No Brasil, ainda não há um levantamento oficial, mas estimativas do Instituto Buko Kaesemodel apontam para cerca de 24 mil a 52 mil pessoas com a Síndrome do X Frágil, a maioria homens.
A reunião será interativa, transmitida ao vivo e aberta à participação dos interessados por meio do portal e-Cidadania (senado.leg.br/ecidadania) ou pelo telefone da Ouvidoria: 0800 061 2211.
Assessoria de Comunicação – Comissão de Direitos Humanos
📞 Tel: (61) 9.9241-7132
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