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Saúde

Pacientes denunciam clínica de estética e apontam deformações em procedimentos

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Segundo o delegado Daniel Oliveira, da Polícia Civil, 60 pessoas apresentaram denúncias contra a clínica até dezembro

Reprodução

JOSUÉ SEIXAS
MACEIÓ, AL (FOLHAPRESS)

Proprietários de uma clínica de estética luxuosa em Goiânia (GO), Karine Gouveia e seu marido, Paulo Cesar Dias Gonçalves, são suspeitos de lesionar os pacientes. Eles estão presos há cerca de um mês.

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Segundo o delegado Daniel Oliveira, da Polícia Civil, 60 pessoas apresentaram denúncias contra a clínica até dezembro, incluindo pacientes de outros estados brasileiros e até do exterior que foram a Goiânia para realizar os procedimentos na clínica. Eles afirmam que tiveram problemas após os procedimentos.

A defesa de Karine e Paulo César afirmou que a prisão é “absolutamente ilegal” e que a acusação “utiliza da execração e condenação pública contra pessoas ainda em fase de investigação, em claro abuso de autoridade, sem ainda qualquer comprovação de culpa”, citando o caso Escola Base de São Paulo. Foram mais de oito anos de atuação, com mais de 30 mil procedimentos realizados.

Composta pelos advogados Romero Ferraz Filho, Tito Souza do Amaral e Caio Victor Lopes Tito, a defesa também salientou que ambos são empresários e nunca tiveram a intenção de praticar qualquer crime. Também afirmaram que é necessário analisar cada caso individualmente, já que “há pessoas que não seguiram as recomendações pós-procedimento”.

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A Folha de S.Paulo conversou com quatro pessoas que fizeram procedimentos estéticos na clínica com resultados diferentes do prometido.

A maioria afirma ter conhecido a clínica por meio das redes sociais. Conforme a Polícia Civil, famosos e influenciadores recebiam tratamentos gratuitos e pagamentos para promover os serviços da clínica de estética.

“Fui convencida a fazer procedimentos em locais que eu não procurava, como nas proximidades dos olhos. Depois de um ano, comecei a ter bolsas na pálpebra inferior, meu sorriso caiu”, afirmou.

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Vânia diz que pensou em fazer uma cirurgia plástica para retirada das bolsas abaixo dos olhos, mas houve contraindicação devido aos riscos: “Fiquei tão desesperada que furei minhas pálpebras dos dois lados e espremi até sair um pouco do produto.”

O empresário Marcelo Campos de Oliveira e a advogada Wellika do Nascimento Silva realizaram procedimentos na região do nariz e também tiveram problemas, como feridas e uma deformação. Eles pagaram R$ 8 mil e R$ 5 mil, respectivamente.

“Carregamos um trauma. Senti, naquele momento, minha autoestima indo para o lixo. Hoje estou pior, pois, além de a aparência não estar legal, eu não tenho condições financeiras para arcar com essa cirurgia de correção”, lamentou Wellika.

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Marcelo afirma que chegou a se mutilar por não se sentir bem com o resultado do procedimento e cobra punição aos donos da clínica: “Eu realmente espero que eles sejam penalizados”.

A agente de seguros Kenia Alves, 53, conheceu a clínica há seis anos. Ela procurou os serviços para fazer botox entre as sobrancelhas e foi convencida fazer um procedimento no ‘bigode chinês’, marca de expressão na face. Meses depois, começaram a aparecer caroços na região.

Além dos donos da clínica, também foram presos os seus responsáveis técnicos: o dentista Daniel Ferreira Lima e a biomédica Jessica Moreira dos Santos. Eles foram liberados, mas cumprem medidas cautelares com uso de tornozeleira eletrônica.

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A defesa de Daniel disse que ele era um mero funcionário da clínica, que sempre priorizou a segurança dos pacientes e está colaborando com as autoridades. A reportagem não localizou os advogados de Jessica.

Em depoimento à polícia, o dentista relatou foi contratado após um teste proposto por Karine Gouveia e fez cirurgias em dois pacientes sem que eles soubessem que se tratava de um teste. Ele afirmou que não possuía a especialização e aprendeu a fazer os procedimentos observando outros profissionais.

A biomédica, também em depoimento, revelou que a política da empresa em casos de complicações era oferecer novas cirurgias aos pacientes e, apenas em último caso, devolver os valores pagos.

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Na clínica, conforme a investigação, Karine Gouveia determinava a realização de procedimentos invasivos, inclusive cirurgias de atribuição exclusivas de médicos, como rinoplastia, otoplastias, lipoaspirações e liftings faciais. As intervenções aconteciam sem exames preliminares e sem estrutura adequada de centro cirúrgico, anestesista e instrumentadores.

Fonte: Jornal de Brasilia
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Saúde

Uso de cotonete pode causar problemas auditivos, alerta especialista

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Crédito: Imagem de freepik

Médica explica como higienizar os ouvidos de forma segura e evitar complicações

O cotonete ainda é muito usado por quem acredita que ele ajuda na higiene dos ouvidos, mas o hábito pode trazer mais riscos do que benefícios. De acordo com a Dra. Priscilla Rego Barros da Silveira, médica otorrinolaringologista do HOPE – Hospital de Olhos de Pernambuco, a forma correta de higienizar os ouvidos não envolve o uso desse tipo de haste.
“A limpeza deve ser feita durante o banho, de maneira simples e segura. Basta colocar sabonete no dedo indicador e passar nas orelhas. Depois, ao enxaguar a cabeça, passar novamente o dedo. Fora do banho, é suficiente enxugar a região com a toalha”, explica a especialista.
O cerúmen, conhecido como cera do ouvido, é um mecanismo natural de proteção. Ele impede a entrada de poeira, sujeira e até micro-organismos. “O cotonete pode irritar a mucosa e, em vez de retirar, empurrar a cera para dentro, causando a sensação de ouvido tampado e até uma diminuição temporária da audição”, alerta a médica. Além disso, o uso inadequado pode provocar lesões sérias, como ferimentos na parede do canal auditivo ou até perfuração do tímpano.
Segundo a Dra. Priscilla, não há necessidade de limpar o ouvido internamente no dia a dia. “A limpeza diária no banho é suficiente. Esse cuidado simples já garante saúde e proteção ao ouvido”, reforça.
Em alguns casos, no entanto, pode haver acúmulo de cerúmen que precisa de atenção médica. “Quando o paciente sente uma sensação de plenitude, como se o ouvido estivesse tampado, ou percebe diminuição da percepção auditiva, é importante procurar um otorrinolaringologista. Só o especialista poderá avaliar e indicar o procedimento adequado, que pode ser lavagem, aspiração ou curetagem”, afirma a Dra. Priscilla.
O uso frequente de fones de ouvido também pode favorecer o problema. “Os fones funcionam como cotonetes, empurrando a cera e irritando a mucosa auricular”, explica a médica.
A orientação final da especialista é clara: nada de improvisos ou objetos dentro do ouvido. “A limpeza diária é simples e eficiente. Se houver acúmulo de cera, sempre busque um profissional habilitado para avaliar e tratar da forma correta”, finaliza a Dra. Priscilla Rego Barros da Silveira, médica otorrinolaringologista do HOPE – Hospital de Olhos de Pernambuco.

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