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Saúde

O que você precisa saber sobre HPV – o vírus traiçoeiro e sexualmente transmissível mais frequente do mundo

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O HPV (sigla em inglês para Papilomavírus Humano) é um vírus traiçoeiro. Você pode se infectar e não apresentar sintomas, às vezes esses levam até duas décadas para aparecer e geralmente só surgem quando a imunidade, por qualquer razão, fica mais baixa. No entanto, mesmo sem sintomas, depois que você se infectou o vírus está lá no seu corpo e pode causar grandes estragos – é preciso usar preservativos e, mais importante, se necessário, precaver-se com o uso da vacina.

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Normalmente o HPV está associado à quase totalidade dos cânceres de colo de útero e outros cânceres, tanto em mulheres quanto em homens. Em muitos casos, provoca o aparecimento de verrugas na região genital e ânus, e ainda que essas sejam eliminadas não significa que o portador do vírus tenha se livrado dele ou esteja “curado”.

O HPV é o vírus sexualmente transmissível mais frequente que existe no mundo e se transmite mesmo quando a relação sexual não se completa, ou seja, acontece sem penetração.

Para se ter uma ideia da seriedade do problema, a estimativa é de que apareçam 700 mil novos casos de infecção por ano, só no Brasil, sendo que a estimativa inclui ainda o espantoso número de 9 a 10 milhões de infectados em nosso país. Estudos mostram que 80% da população sexualmente ativa deverão ser infectadas pelo vírus em algum momento da vida.

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A grande e preocupante questão que se coloca é a de que a maioria das pessoas infectadas não apresenta sintomas. Em alguns casos, o HPV fica no corpo, latente por meses a anos, sem manifestação a olho nu ou também sem apresentar manifestações subclínicas (não visíveis a olho nu). Ocorrendo uma queda na imunidade, o vírus pode se multiplicar e aí, sim, as lesões se manifestarem.

As primeiras manifestações da infecção pelo HPV podem surgir entre dois a oito meses após a infecção, mas também podem demorar até 20 anos para que algum sinal apareça. E, quando a demora é grande, e acontece num casal estável, é muito comum que haja entre os cônjuges suspeita de traição pois, afinal, como um deles está infectado e o outro não? A infecção pode ter acontecido muito antes da união do casal…
Dependendo do tipo de lesão, se clínica ou subclínica, o diagnóstico é feito por meio de exames clínicos ou laboratoriais.

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A lesão clínica é aquela que se apresenta na forma de verrugas nas regiões genital e do ânus e são popularmente chamadas de “cristas de galo”, “figueira” ou “cavalo de crista”, e tecnicamente se denominam condilomas acuminados. Em geral, essas verrugas não apresentam grandes sintomas, podendo causar apenas alguma coceira local e são geralmente provocadas por tipos de HPVs não causadores de cânceres.

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A lesão subclínica é a não visível a olho nu: não apresenta sinais ou sintomas mas é encontrada nas mesmas partes corporais das outras. A diferença é que as subclínicas são causadas pelos tipos de vírus que apresentam risco para o desenvolvimento dos cânceres, risco esse que pode ser alto ou baixo. Podem acometer vagina, colo de útero, região perianal, ânus, pênis (geralmente na glande), bolsa escrotal e/ou região pubiana.

É menos frequente, mas as lesões podem aparecer ainda em áreas extragenitais como conjuntivas, mucosa nasal, oral e laríngea.

Bebês podem ser infectados no momento do parto e, nesse caso, correm o risco de desenvolver lesões em forma de verrugas nas cordas vocais e laringe. É a chamada Papilomatose Respiratória Recorrente.

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PREVENÇÃO

Mas existe sim uma maneira de evitar que esse vírus traiçoeiro e às vezes silencioso se instale no seu corpo. E a única maneira está na prevenção.

Pode-se prevenir o contágio fazendo sexo seguro, ou seja, usando as camisinhas masculinas ou femininas. O preservativo feminino é mais eficaz, pois adere totalmente à vulva, como se formasse uma espécie de “segunda pele” impedindo a passagem do vírus. Já o preservativo masculino tem, no mínimo, 5% de chance de permitir o contágio, já que protege apenas o pênis propriamente dito e não o saco escrotal, onde o vírus pode se alojar.

Se para o homem, até hoje, existe resistência ao uso do preservativo, a mulher pode simplesmente já estar com o preservativo feminino antes mesmo de sair para um encontro – e assim estará protegida. Outra recomendação importante é o uso do preservativo feminino nas relações anais porque este pode proteger completamente a região.

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No entanto, a forma mais eficaz de proteção está na vacina, distribuída gratuitamente pelo SUS e indicada para:

1. Vítimas de abuso sexual de 9 a 14 anos (homens e mulheres) que não tenham tomado a vacina HPV ou estejam com esquema incompleto.

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2. Vítimas de abuso sexual de 15 a 45 anos ( homens e mulheres) que não tenham tomado a vacina HPV ou estejam com esquema incompleto.

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3. Meninas e meninos de 9 a 14 anos, com esquema de duas doses. Adolescentes que receberem a primeira dose dessa vacina nessa faixa etária poderão tomar a segunda dose mesmo se ultrapassado os seis meses do intervalo preconizado, para não perder a chance de completar o seu esquema.

4. Mulheres e homens que vivem com HIV, transplantados de órgãos sólidos, de medula óssea ou pacientes oncológicos na faixa etária de 9 a 45 anos, com esquema de três doses, independentemente da idade.

5. Alguns médicos, inclusive eu, recomendem que o homem ou a mulher, de qualquer idade, que fazem tratamento para HPV tomem também a vacina para HPV. Neste momento minha recomendação é a vacina nonavalente.

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A vacina não previne infecções por todos os tipos de HPV e, até 2023, era dirigida aos tipos mais frequentes. No entanto já existe a vacina Nonavalente (que, como o nome está dizendo, protege contra 9 tipos).

O Papanicolau é um exame ginecológico preventivo mais comum para se identificar as lesões precursoras do câncer do colo do útero. Esse exame ajuda a detectar células anormais no revestimento do colo do útero, que podem ser tratadas antes de se tornarem câncer. O exame não é capaz de diagnosticar a presença do vírus, no entanto é considerado o melhor método para se detectar câncer de colo do útero e suas lesões precursoras.

Quando essas alterações que antecedem o câncer são identificadas e tratadas, é possível prevenir 100% dos casos, por isso é muito importante que as mulheres façam o exame de Papanicolau regularmente.

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TRATAMENTO

O tratamento das verrugas anogenitais (região genital e no ânus) consiste na destruição das lesões. Independente de realizar o tratamento as lesões podem desaparecer, permanecer inalteradas ou aumentar em número e/ou volume.

O tratamento deve ser individualizado, considerando características (extensão, quantidade e localização) das lesões, disponibilidade de recursos e efeitos adversos.

Existem tratamentos químicos, cirúrgicos e estimuladores da imunidade. Podem ser domiciliares ou ambulatoriais, conforme indicação profissional para cada caso.

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O tratamento das verrugas anogenitais não eliminam o vírus, por isso as lesões podem reaparecer. As pessoas infectadas e suas parceiras devem retornar ao médico, caso identifiquem novas lesões.

*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do IstoÉ.
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Saúde

IgesDF reforça ética e integridade na UPA do Riacho Fundo com Projeto Café com Compliance

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Autora Pollyana Cabral
Foto Divulgação/ IgesDF
Equipe do Instituto visita unidade de saúde para orientar lideranças e fortalecer a cultura de conduta ética e respeito nas relações de trabalho
Por Pollyana Cabral
Nesta quinta-feira (16), a UPA do Riacho Fundo recebeu uma visita especial da Coordenação de Governança e Integridade do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF). A ação faz parte do Projeto Café com Compliance, iniciativa que visa reforçar o Programa de Integridade da instituição, alinhando equipes às políticas internas e ao Código de Ética e Conduta.
“O compromisso da gestão é um alicerce do Programa de Integridade do Instituto. O Café com Compliance é um momento de reforçar a temática, bem como compartilhar experiências e orientações”, afirma Eduardo Corrêa, Coordenador de Governança e Integridade do IgesDF.
A visita integra a Semana de Compliance, Controle Interno e Transparência do IgesDF, que tem como propósito consolidar uma cultura de ética e integridade, destacando a importância do cumprimento das normas institucionais.
“A visita da equipe à UPA do Riacho Fundo reforçou o compromisso da unidade com a ética, a integridade e o respeito nas relações de trabalho, promovendo um importante momento de orientação e alinhamento entre as lideranças sobre condutas, políticas institucionais e mediação de conflitos”, destaca Carolina Gomes, Gerente da UPA do Riacho Fundo.
Sobre o programa
O Programa de Integridade e Governança do IgesDF atua para promover a ética, a integridade e a transparência em todas as unidades do Instituto. Entre suas atribuições estão o fortalecimento do Código de Ética e Conduta, o suporte à alta gestão e a implementação de treinamentos e orientações que garantam o cumprimento das normas institucionais.
É um pilar de treinamento e comunicação do Programa de Integridade e prevê visitas a todas as unidades do Instituto, garantindo que todos os colaboradores recebam orientação contínua sobre boas práticas de conduta e ética.
“Nosso objetivo é consolidar uma cultura de integridade em todas as unidades do Instituto. Esse programa de conformidade e boas práticas é uma oportunidade de orientar, esclarecer e reforçar boas condutas entre as equipes”, afirma Eduardo Corrêa, Coordenador de Governança e Integridade do IgesDF.
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