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Epreendedorismo

Mulheres como condutoras da paz: o que dizem as pesquisas sobre a poderosa diplomacia feminina

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Nos casos em que as mulheres tiveram forte influência na negociação diplomática entre os países, houve muito mais possibilidades de se alcançar um acordo do que naqueles em que não estavam presentes. Essa é uma das conclusões que a ONU, a Organização das Nações Unidas, chegou depois de analisar 40 processos de paz consumados desde a Guerra Fria. E não só isso: a solidez dos acordos dispara. As possibilidades de que a paz seja respeitada e perdure no tempo aumentam em 20% quando há mulheres participando.

Pesquisas revelam que os acordos de paz assinados por mulheres na liderança guardam correlação com o êxito de que sejam implementados e mantidos. A análise do Instituto Universitário de Altos Estudos Internacionais de Genebra sobre Broadening Participation In Peace Process (2014) deixa claro: nas vezes em que elas estiveram presentes, um acordo de paz era quase sempre alcançável.

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Além disso, os estudiosos ressaltam a necessidade de contar com as mulheres, com o seu conhecimento e experiências para concretizar planos de reconciliação e reconstrução igualitários. Segundo dados da Organização das Nações Unidas, só 27% dos acordos de paz assinados em 2017 continham políticas com perspectivas de gênero.

Muitos se perguntam os motivos. “A participação das mulheres está relacionada a um dilema mais amplo sobre os fins e os meios para o estabelecimento da paz: se o objetivo de um processo de paz é apenas colocar fim à violência, é pouco provável que as mulheres, que raramente são beligerantes, sejam consideradas participantes legítimas”, explica Marie O’Reilly, especialista em segurança e gênero.

A política exterior do macho alfa

A reportagem de María G. Zornoza, publicada pelo jornal Público, em 20 de março de 2022, afirma que o poder executivo global e a diplomacia de alto nível são escritos com acento masculino. Diversos estudos revelam que a participação das mulheres na alta diplomacia é fundamental para colocar fim aos conflitos que emergem em todos os cantos do planeta, como evidenciam os exemplos na Libéria, Irlanda do Norte, Balcãs e Filipinas. Pontua ainda que apenas 4% dos acordos de paz entre 1992 e 2011 foram assinados por mulheres. Elas representam 9% dos negociadores nesses processos. Entre 1990 e 2017, mediaram apenas 2% dos casos de paz.

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“Uma terceira guerra mundial seria nuclear, destrutiva”. “Enviaremos armas e até mesmo aviões para a Ucrânia”.“Putin é um criminoso de guerra”. “Mulheres, orgulhem-se dos soldados russos que estão participando na operação militar especial”.
Zornoza escreve que as declarações do parágrafo acima, pronunciadas pelo chanceler russo Sergey Lavrov, pelo chefe da diplomacia da União Europeia, Joseph Borrell, pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden e pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, refletem o que alguns estudiosos classificam como “a política exterior do macho alfa”.

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Em paralelo, o contexto global deixa uma radiografia de líderes populistas que estão revertendo décadas de progresso em igualdade. “A subordinação das mulheres se ajusta à visão desses líderes de que a ordem política natural se baseia na dominação masculina e na segregação de gênero”, avalia o estudo “Liderança política e jogos multiníveis de gênero na política externa”, publicado pela revista International Affairs.

Existe sim, uma tendência à “remasculinização da política internacional”.

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Contra a revitimização e a invisibilidade

As mulheres são projetadas nas guerras principalmente como vítimas. Em muitos conflitos globais, suas histórias são as de pessoas que fogem ou que são agredidas sexualmente. Desde que estourou a guerra na Ucrânia, as fotografias que inundam as primeiras páginas dos meios de comunicação são as de mães fugindo com seus filhos, cheias de dor e sofrimento e escoltadas pelos militares.

Na faixa de Gaza as imagens desnudam cenários de horrores onde as mulheres e seus filhos são exterminados. Contudo, por trás disso, existem inúmeras mulheres fortes e resilientes, na frente e na retaguarda. Não minimizando sob nenhum aspecto a importância das mulheres que decidem sair das zonas de conflito para proteger seus filhos. A intenção é apenas enfatizar que existem mulheres que fizeram opções diferentes daquelas que a imprensa insiste em inviabilizar.

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Recentemente, a Comissão Europeia alertou para o risco de que as mulheres que fogem das bombas russas possam cair nas mãos de traficantes. Muitas vezes, durante os conflitos, as mulheres ficam presas a um paradoxo: são as vítimas civis mais expostas e, ao mesmo tempo, sua margem para prevenir os enfrentamentos é muito limitada devido à sua ausência generalizada nas mesas de negociação e nos altos postos de influência. “A exclusão geral das mulheres nas posições de tomadas de decisão, antes, durante e depois dos conflitos armados, reforça sua vitimização”, afirma uma resolução da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa.

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A resolução 1235 da ONU, a Organização das Nações Unidas,  destaca a importância do papel das mulheres na prevenção de conflitos e na manutenção da segurança. Com base na assimetria e infrarrepresentação feminina nas mesas de negociação, a Organização das Nações Unidas solicita aos governos que incentivem sua presença em todos os níveis da esfera diplomática.

A história ensina que o mal-estar das mulheres pode transformar e mover poderes, mesmo os mais fortes ou aparentemente fortes. Mulheres que saem do controle. Jornalistas, professoras, atrizes, diretoras, poetisas, mães e viúvas, muitas já atrás das grades pelo seu “não” violento à guerra, que podem tornar-se mais do que um incômodo porque tocam nervos cada vez mais expostos e vão além dos partidarismos, desafiando também o poder dos “machos alfa”, considerados insuperáveis.

Referências

Disponível em: https://www.publico.es/author/maria-g-zornoza  Acesso em: 01/03/24

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Disponível em: http://www.ppgri.ie.ufu.br/central-de-conteudos/documentos/2020/12/crises-e-transformacoes-da-politica-internacional-no-seculo Acesso em: 01/03/24

Disponível em: https://www.onumulheres.org.br/noticias/20-anos-da-resolucao-1325-do-conselho-de-seguranca-da-onu-e-a-lideranca-das-mulheres-defensoras-de-direitos-humanos-para-a-construcao-da-paz-e-da-seguranca/ Acesso em: 01/03/24

Disponível em: https://www.scielo.br/j/edreal/a/WKRdyYjdjVqzZxYqdd8wbmk/ Acesso em: 01/03/24

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Disponível em: https://hdcentre.org/insights/mediation-practice-series-broadening-participation-in-peace-processes/
Acesso em: 01/03/24

*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do IstoÉ.
Fonte: IstoÉ
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Epreendedorismo

Dia da Igualdade Feminina: equidade de gênero está na prática diária da Lotus

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Empresa destaca sua cultura para oferecer as mesmas oportunidades para homens e mulheres

Thamires Morais, coordenadora de Marketing.

 

Gabriela Viana, diretora de carteira.
Lídia Cunha, gerente de sustentabilidade.

Brasília, agosto de 2025 – No Brasil, o Dia da Igualdade Feminina, celebrado em 26 de agosto, marca a conquista histórica do direito ao voto das mulheres em 1932 e simboliza a luta contínua por equidade em todas as esferas da sociedade. No entanto, apesar dos avanços, ainda existem desafios para todos: segundo o IBGE, a diferença salarial entre homens e mulheres ultrapassa 20% e a presença feminina em cargos de liderança não chega a 40%.

Mesmo sendo uma empresa jovem, com apenas oito anos de atuação, a Lotus já se destaca por contar com quase 13% de mulheres em seu quadro de colaboradores — percentual expressivo diante do cenário da construção civil no Brasil. De acordo com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), as mulheres representam 2,5% da força de trabalho no setor. Contudo, no Centro-Oeste, essa participação sobe para 5,6%.
Dentro deste cenário, o índice da Lotus é muito expressivo, demonstrando que a empresa de fato coloca em prática ações que contribuem para a equidade de gênero.

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Desde a sua fundação, em 2018, a Lotus valoriza a participação feminina em todos os espaços, algo comum no dia-a-dia da empresa. O respeito e o reconhecimento ao talento das mulheres fazem parte da cultura organizacional e acontecem de forma orgânica e natural, sem necessidade de programas específicos para promover inclusão.

“Para a Lotus, valorizar as mulheres significa reconhecer talentos, abrir espaço para o crescimento profissional e construirmos juntos um ambiente onde todos se sintam respeitados. Esse compromisso se traduz em mais vozes femininas em posições de liderança e também nas operações.” explica Ruy Hernandez, CEO da Lotus.

Hoje, colaboradoras estão presentes em todas as áreas: como operárias nas obras, engenheiras, arquitetas, no atendimento comercial, financeiro, vendas e no departamento pessoal.

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Vale destacar a experiência da colaboradora Bruna Goes, que começou como estagiária e chegou à coordenadora do Lotus Prime, empreendimento que recentemente ganhou destaque internacional por ter sido vendido para a União Europeia. Havanna Tassia também iniciou como estagiária na Lotus e atualmente trabalha como coordenadora de Sustentabilidade.

Outro exemplo marcante é o de Thamires Morais, que trilhou o caminho de recepcionista a coordenadora de Marketing, liderando atualmente grandes campanhas e estratégias que visam dar mais visibilidade à Lotus. Gabriela Viana, por sua vez, passou de assistente de carteira a diretora, conduzindo equipes e grandes negociações. Já Lídia Cunha, que também começou como estagiária, hoje é gerente de Sustentabilidade.

Cada uma delas contribui de forma decisiva para os resultados da Lotus, agregando sensibilidade, comprometimento, expertise e alta qualidade operacional em cada conquista. “Na Lotus, as mulheres não apenas ocupam espaços, elas constroem, lideram e transformam”, ressalta Luiz Felipe Hernandez, CEO da Lotus.

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No Dia da Igualdade Feminina, a Lotus destaca que a data não se limita à comemoração, mas representa a reafirmação de um compromisso contínuo com a diversidade, a equidade de oportunidades e a construção de um ambiente em que cada profissional possa desenvolver todo o seu potencial. É também um convite para que empresas, lideranças e a sociedade reconheçam e fortaleçam diariamente o protagonismo feminino. Afinal, igualdade não é privilégio: é um direito — e precisa ser vivido como realidade.

Havana Tassia, coordenadora de sustentabilidade.
Bruna Goes,
coordenadora do Lotus Prime.

SOBRE A LOTUS

Fundada em 2018 pelos irmãos Luiz Felipe Hernandez e Ruy Hernandez, a Lotus surgiu como uma construtora que se diferencia pela inovação, visão de futuro e versatilidade no portfólio, com construção, incorporação, gestão e venda de imóveis residenciais e corporativos.

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Com sede em Brasília, a companhia tem como pilares a arquitetura autoral, qualidade construtiva, tecnologia e sustentabilidade. No cenário local, a Lotus se destaca pelos empreendimentos e parcerias comerciais, elevando as paisagens a outro patamar, sem perder a essência urbanística da Capital Federal, tão famosa desde a sua projeção.

 

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A construtora alia inovação, sustentabilidade e compromisso social, buscando sempre contribuir para o desenvolvimento das regiões onde atua. Além da excelência na execução de empreendimentos imobiliários, a empresa acredita na responsabilidade social como parte essencial do seu DNA, investindo em iniciativas que impactam positivamente a comunidade.

 

Entrevistas e informações à imprensa

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FSB Comunicação

Carolina Rangel

carolina.rangel@fsb.com.br | (61) 98128-7514

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