Politica
Mulheres usam poder para união, diz Nobel da Paz Ellen Johnson-Sirleaf
 
																								
												
												
											Ellen Johnson-Sirleaf: “O presidente Lula tem uma grande responsabilidade, e todos nós temos de apoiá-lo” – (crédito: UN Photo/Paulo Filgueiras )
A ex-presidente da Libéria afirma que o mundo precisa de mais líderes femininas, porque elas promovem harmonia e igualdade. Sobre a eleição de Trump, diz que existem diferenças entre o discurso de campanha e a prática
Belém e Brasília — ex-presidente da Libéria e ganhadora de um Nobel da Paz Ellen Johnson-Sirleaf esteve na Conferência Internacional Amazônia e novas Economias, em Belém, evento promovido pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), capitaneado pelo ex-ministro Raul Jungmann. Após o discurso no evento, Sirleaf falou com os repórteres sobre representatividade das mulheres na política, eleições norte-americanas e presença do continente africano no G20, encontro que ocorrerá nos dias 18 e 19 de novembro no Rio de Janeiro. Confira a entrevista:
O presidente eleito Donald Trump pode travar os esforços para a economia do carbono?
Quando as pessoas estão em campanha política, fazem todo tipo de declarações. Também fiz quando estava em campanha. Temos de esperar e ver o que realmente fazem. Além disso, grande parte da ação de um líder, em qualquer lugar, dependerá da qualidade e da autonomia da instituição. Alguns deles não conseguem pôr em prática o que pretendem por causa de instituições autônomas fortes.
Os países emergentes têm a vantagem da demografia. Atualmente, a nossa população, em todos esses países, é muito maior. Cresce muito mais rapidamente, beneficiando a revolução tecnológica das comunicações. Grande parte dos países mais antigos está envelhecendo, e de quem o mundo dependerá? Dessas populações jovens, tecnologicamente orientadas, que foram o nosso ponto de partida para fornecer o profissionalismo de que o mundo precisa. Cabe então aos países desenvolvidos verem isso e tornarem esse potencial positivo, em vez de negativo. As políticas das nações maiores determinarão se o mundo seguirá um caminho que conduza a uma eventual prosperidade para todos ou se teremos um mundo caótico de divisão e conflitos bélicos.
O que pensa do cenário das guerras no Oriente Médio e na Europa?
Como ganhadora de um Prêmio Nobel, estou envolvida em diferentes coisas para a promoção da paz, quer seja com os anciãos, quer seja com outras nações. Tentamos, por meio da advocacia, de declarações, promover a paz. As guerras que vivi no meu país me afetaram e penso que essa é uma das razões pelas quais me foi atribuído o prêmio. Por isso, tenho o compromisso de promover a paz e o meu próprio legado, de 12 anos de presença, e dizer que não me interessa o que faço pelas infraestruturas ou pelos serviços sociais, o meu legado será a paz. Estou satisfeita por, após duas décadas de conflitos, a Libéria poder, agora, se orgulhar de mais de 21 anos consistentes de paz.
Acredita que Trump vai trabalhar pela paz?
Os Estados Unidos são os atuais líderes mundiais. O que é que vai acontecer nos próximos anos? Estamos aguardando.
Qual é o papel das mulheres nessa transformação que procuramos para um mundo pacífico e sustentável?
Se olharmos para o papel das mulheres proeminentes, onde quer que seja — no Brasil, na Península Ibérica, na Alemanha, no Reino Unido, na Suécia —, onde as mulheres assumem a liderança, temos paz, temos a promoção da igualdade, mas não as temos em número suficiente. Não temos mulheres líderes suficientes, e esse é o problema do mundo atual, que precisa de mais mulheres fortes, capazes, competitivas, empenhadas, que possam assumir o poder, porque elas usam o poder de forma diferente.
Como assim?
Elas não usam o poder para a força e para a violência, usam para a união, a paz e a prosperidade. Por isso, eu encorajo todos vocês a continuarem a fazer disso a sua alegria: promover as mulheres onde virem uma mulher forte, promovê-las para que possam continuar a avançar e se manterem em movimento.
Este ano, a União Africana juntou-se ao G20, que está sendo organizado pelo Brasil. O que pensa da participação dos países do continente?
Os países africanos vão ver como podem ter uma voz comum. Penso que o compromisso agora é ultrapassar as nossas relações coloniais e nos vermos como um só corpo, para que tenhamos uma voz comum forte. E isso é um grande desafio para África. Acredito que a situação do mundo está forçando os países africanos a pensarem assim para a sua própria sustentabilidade, para que não se vejam deixados para trás com todas essas mudanças de alianças políticas e tudo isso.
Ainda sobre o G20, o presidente Lula trabalha por uma aliança global contra a pobreza e a fome. Qual é a importância de ter um instrumento como esse no mundo?
Muito importante. Se cada um de nós não conseguir produzir alimentos suficientes para alimentar nosso próprio povo e tivermos de depender dos alimentos de todos os outros, então corremos um grande risco. O Brasil também faz parte do Brics, e é uma coisa nova que estamos prestando atenção. O Brasil tem um papel muito importante a desempenhar agora, no G20 e no Brics. O presidente Lula tem uma grande responsabilidade, e todos nós temos de apoiá-lo.
*A jornalista viajou a convite do Ibram
Fonte: Correio Brasilense
 
																	
																															Politica
Governo lança 2ª Estratégia Brasileira de Educação Midiática e ganha destaque na semana global da UNESCO sobre o tema
 
														O secretário de Políticas Digitais da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, João Brant, anunciou o lançamento da 2ª Estratégia Brasileira de Educação Midiática, que aprofunda ações voltadas à promoção de habilidades críticas para acessar e analisar informações, à formação de professores e à cooperação internacional. Foto: Secom-PR
Durante Global MIL Week, em Cartagena, na Colômbia, Secom apresentou os principais resultados da política nacional de educação midiática e reforçou a cooperação com países da América Latina e com a França
Os avanços brasileiros em educação midiática estiveram em destaque na Global Media and Information Literacy Week 2025, conferência mundial da UNESCO realizada em Cartagena, na Colômbia, entre os dias 22 e 25 de outubro. A delegação brasileira apresentou as principais políticas e experiências nacionais no tema, reforçando o compromisso do país com a construção de um ecossistema informacional mais democrático, confiável e participativo.
Representando o ministro da Secom, João Brant, secretário de Políticas Digitais, participou da mesa de encerramento da conferência ao lado do Vice-ministro de Transformação Digital da Colômbia, Oscar Alexander Ballén e Tawfik Jelassi, Diretor-Geral Adjunto de Comunicação e Informação da UNESCO. No painel, Brant anunciou o lançamento da 2ª Estratégia Brasileira de Educação Midiática, que aprofunda ações voltadas à promoção de habilidades críticas para acessar e analisar informações, à formação de professores e à cooperação internacional.
“A educação midiática é essencial para fortalecer a democracia. Quando as pessoas têm ferramentas para compreender e participar criticamente do ambiente informacional, o debate público se torna mais justo e mais plural. Essa nova Estratégia aprofunda esse compromisso do Brasil com uma sociedade que valoriza o diálogo e enfrenta a desinformação de forma coletiva.”, afirmou João Brant.
“A educação midiática é essencial para fortalecer a democracia. Quando as pessoas têm ferramentas para compreender e participar criticamente do ambiente informacional, o debate público se torna mais justo e mais plural. Essa nova Estratégia aprofunda esse compromisso do Brasil com uma sociedade que valoriza o diálogo e enfrenta a desinformação de forma coletiva”
João Brant, secretário de Políticas Digitais
ATUALIZAÇÃO DA ESTRATÉGIA – Lançada em 2023 e coordenada pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), a primeira Estratégia Brasileira de Educação Midiática apresentou eixos de atuação e prioridades da política, como formação de professores, enfoque na educação básica e nas temáticas relacionadas ao uso de telas e dispositivos por crianças e adolescentes. Em sua segunda edição, a Estratégia destaca os instrumentos de implementação da política e os principais resultados alcançados, especialmente em articulação com o Ministério da Educação, tais como:
- Inserção da Educação Midiática nos editais do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), fazendo com que o tema integre, pela primeira vez, o conteúdo dos livros didáticos que chegam às escolas brasileiras;
- Primeira coleção de cursos sobre Educação Digital e Midiática, com 80 cursos disponibilizados na plataforma AVAMEC do Ministério da Educação, totalizando mais de 340.000 certificações gratuitas;
- Primeiras diretrizes nacionais do Conselho Federal de Educação sobre o uso de dispositivos digitais em ambientes escolares e a integração curricular da educação midiática, prevendo que todas as escolas do país tenham o tema nos seus currículos até 2026;
A nível internacional, a Estratégia Brasileira de Educação Midiática também oportunizou a realização de projetos com França, Dinamarca, Finlândia e países membros da Rede Latinoamericana de Cidadania Digital da UNESCO. Além disso, a temática da educação midiática compõe um dos eixos da Iniciativa Global para a Integridade da Informação sobre Mudanças Climáticas liderada pelo governo brasileiro em parceria com a Organização das Nações Unidas e UNESCO.
GLOBAL MIL WEEK 2025 – Na semana global da UNESCO em Cartagena, a Secom participou de três painéis temáticos. O primeiro apresentou iniciativas-modelo de educação midiática, com foco na inserção do tema nos currículos escolares brasileiros e na mobilização social. A mesa reuniu representantes do Instituto Palavra Aberta, da Secretaria de Comunicação de Alagoas, representada pelo secretário Wendel Palhares, da Secretaria de Educação da Bahia, e do CEIBAL, do Ministério da Educação do Uruguai, parceiro da Secom no desenvolvimento de currículos em educação midiática e cidadania digital.
Em outro painel, o Brasil apresentou, em parceria com o CLEMI (Centro para Educação Midiática da França), os resultados do projeto MídiaCOP, que qualificou professores da região Norte para a cobertura jornalística e crítica da COP30 por estudantes. O projeto inaugura um modelo inovador de formação de educadores voltado à sustentabilidade em articulação com a educação midiática.
A terceira mesa destacou a primeira Estratégia Brasileira de Educação Midiática no contexto da Rede Latino-Americana de Cidadania Digital, coordenada pela UNESCO Montevidéu. A discussão reforçou o papel do Brasil como referência regional no desenho de políticas públicas que combinam formação docente, pesquisa e participação social.
Durante o evento, Brasil e França também anunciaram a segunda fase da cooperação bilateral iniciada com o projeto MídiaCOP. A nova etapa ampliará a formação de professores em educação midiática e climática para todos os estados brasileiros, com o apoio do CLEMI e da Embaixada da França no Brasil.
“Essa parceria é um exemplo de como a cooperação internacional pode fortalecer a educação e a democracia. O diálogo entre Brasil e França, com apoio da UNESCO, mostra que enfrentar a desinformação exige redes de confiança e de conhecimento”, completou Brant.
SBEM – No contexto da Global MIL Week, o governo brasileiro realiza, desde 2023, a Semana Brasileira de Educação Midiática (SBEM). Promovida em parceria entre a Secom e o Ministério da Educação com apoio da UNESCO, a edição de 2025 da Semana tem início nesta terça-feira (28) com uma abertura presencial em Brasília e se estende até sexta-feira com atividades online e presenciais em todos os estados do Brasil, promovidas por escolas e universidades. Saiba mais sobre a Semana aqui.
Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República
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