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Saúde

Infecção urinária pode gerar complicações graves na gestação

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Dentre elas estão parto prematuro, infecção renal e até sepse materna e neonatal
Jurana Lopes
Ao descobrir uma gestação, a mulher precisa redobrar os cuidados com a saúde e iniciar o quanto antes o acompanhamento com as consultas de pré-natal. Uma intercorrência muito comum entre as mulheres, que pode ocorrer na gravidez, a infecção urinária gera preocupação entre os obstetras e acende um sinal de alerta das futuras mamães.
A mulher está mais propensa a desenvolver infecção urinária durante a gravidez por conta das mudanças naturais do período gestacional, incluindo anatomia e volume abdominal.
Durante a gravidez, há uma espécie de dilatação do sistema urinário e isso favorece a ocorrência de estase urinária (a urina fica parada, acumulada). É necessário agir rapidamente, pois as bactérias se proliferam e causam infecção urinária, além de aumentar o risco de parto prematuro.
“A infecção do trato urinário tem o potencial de promover complicações graves, como prematuridade e sepse materna e neonatal. Cerca de 30% das gestantes podem apresentar infecção sem sintomas e, se não tratadas, evoluem para formas mais graves”, alerta a ginecologista e obstetra do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), Kheylla Gonzales.
Quando não tratada, a infecção urinária pode causar: aborto espontâneo; bebês podem desenvolver doenças respiratórias, como asma e pneumonia; infecção renal; parto prematuro; risco de mortalidade neonatal; e sepse (com risco de óbito).
Segundo a especialista, o indicado é manter uma alimentação saudável, ingerir pelo menos dois litros de água diariamente, não esperar muito tempo para ir ao banheiro, com intervalos entre 2h ou 3h no máximo, evitar a utilização de duchas vaginais. Além disso, realizar a higiene íntima de maneira correta, sempre da frente para trás. Após evacuar, o indicado é tomar banho para fazer a limpeza completa da área.
Os principais sintomas de infecção urinária na gravidez são: desconforto abdominal; dor ou queimação ao urinar; febre baixa; frequente necessidade de urinar, mesmo que a bexiga não esteja cheia; presença de sangue na urina; sensação de não esvaziamento da bexiga após ir ao banheiro.
Importância do pré-natal
De acordo com Kheylla Gonzales, o mais importante mesmo é ir ao pré-natal, além dos cuidados gerais com a saúde e higiene íntima. “Ir às consultas e fazer os exames, porque dentro do cronograma da gestante, a gente tem os exames que a gente já faz de rotina. Então, se ela tiver dentro da taxa das pacientes que não vão sentir nenhuma queixa urinária, mas pode estar com a bactéria causadora da infecção urinária, conseguimos identificar e fazer o tratamento precoce. Por isso, é tão importante ela estar em acompanhamento médico mesmo”, explica.
A ginecologista e obstetra destaca que nos casos de pré-natal de baixo risco o Ministério da Saúde (MS) recomenda um número mínimo de seis consultas, intercaladas entre profissionais médicos e enfermeiros, com início precoce (primeira consulta deve ocorrer no primeiro trimestre, até a 12ª semana gestacional).
O início oportuno do pré-natal é essencial para intensificar a relação entre a equipe e as gestantes, auxiliar no diagnóstico precoce de alterações, realização de intervenções adequadas e identificação de expectativas em relação à gestação.
“As consultas de pré-natal devem ser mensais, até a 28ª semana gestacional; quinzenais: até a 36ª semana e semanais, a partir da 36ª semana até o parto. Porém, no pré-natal de alto risco, as consultas podem ocorrer semanalmente, a depender da gravidade da paciente”, conclui.
Fotos: Davidyson Damasceno/Arquivo IgesDF
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Saúde

Uso de cotonete pode causar problemas auditivos, alerta especialista

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Crédito: Imagem de freepik

Médica explica como higienizar os ouvidos de forma segura e evitar complicações

O cotonete ainda é muito usado por quem acredita que ele ajuda na higiene dos ouvidos, mas o hábito pode trazer mais riscos do que benefícios. De acordo com a Dra. Priscilla Rego Barros da Silveira, médica otorrinolaringologista do HOPE – Hospital de Olhos de Pernambuco, a forma correta de higienizar os ouvidos não envolve o uso desse tipo de haste.
“A limpeza deve ser feita durante o banho, de maneira simples e segura. Basta colocar sabonete no dedo indicador e passar nas orelhas. Depois, ao enxaguar a cabeça, passar novamente o dedo. Fora do banho, é suficiente enxugar a região com a toalha”, explica a especialista.
O cerúmen, conhecido como cera do ouvido, é um mecanismo natural de proteção. Ele impede a entrada de poeira, sujeira e até micro-organismos. “O cotonete pode irritar a mucosa e, em vez de retirar, empurrar a cera para dentro, causando a sensação de ouvido tampado e até uma diminuição temporária da audição”, alerta a médica. Além disso, o uso inadequado pode provocar lesões sérias, como ferimentos na parede do canal auditivo ou até perfuração do tímpano.
Segundo a Dra. Priscilla, não há necessidade de limpar o ouvido internamente no dia a dia. “A limpeza diária no banho é suficiente. Esse cuidado simples já garante saúde e proteção ao ouvido”, reforça.
Em alguns casos, no entanto, pode haver acúmulo de cerúmen que precisa de atenção médica. “Quando o paciente sente uma sensação de plenitude, como se o ouvido estivesse tampado, ou percebe diminuição da percepção auditiva, é importante procurar um otorrinolaringologista. Só o especialista poderá avaliar e indicar o procedimento adequado, que pode ser lavagem, aspiração ou curetagem”, afirma a Dra. Priscilla.
O uso frequente de fones de ouvido também pode favorecer o problema. “Os fones funcionam como cotonetes, empurrando a cera e irritando a mucosa auricular”, explica a médica.
A orientação final da especialista é clara: nada de improvisos ou objetos dentro do ouvido. “A limpeza diária é simples e eficiente. Se houver acúmulo de cera, sempre busque um profissional habilitado para avaliar e tratar da forma correta”, finaliza a Dra. Priscilla Rego Barros da Silveira, médica otorrinolaringologista do HOPE – Hospital de Olhos de Pernambuco.

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