Social
JK escreveu cartas para agradecer operários que construíram Brasília
 
																								
												
												
											Rosângela Almeida guarda, com carinho, a carta que JK escreveu ao pai, João Benedito – (crédito: Ed Alves/CB/DA.Press)
João Benedito foi pioneiro e ajudou a levantar Brasília. Rosângela, brasiliense de Carteirinha, guarda memórias da capital que cresceu junto com ela
“Meu pai compartilhava muitos relatos sobre a efervescência do canteiro de obras, sempre numa atmosfera de ‘fiz parte dessa história’. Foi esse sentimento que ele carregou até o último dia de sua vida com muito orgulho.” O relato é de Rosângela Almeida Vieira, 58 anos, filha de João Benedito da Silva, um dos tantos operários que trabalhou na construção de Brasília. Além dos ensinamentos e experiências, o pioneiro deixou uma relíquia para a família: uma carta de Juscelino Kubitschek escrita de próprio punho, na qual o então presidente reconhecia o esforço e o apoio de todos os trabalhadores que fizeram parte desse processo.
“Ao aproximar-se o término do meu mandato, venho manifestar-lhe, de modo especial, o meu reconhecimento pelo seu patriótico apoio à luta que travei para conduzir a pleno êxito a causa do desenvolvimento nacional”, escreveu JK, no primeiro parágrafo.
“Esse ato foi razão de tanto orgulho para meu pai. O presidente encerrou o mandato em clima de paz, ordem, prosperidade e respeito a todas as prerrogativas constitucionais, legado que ficou impregnado no meu pai enquanto cidadão e pessoa. Foi o que ele, ao conhecer e casar-se com minha mãe, trouxe para a família”, conta Rosângela.
“Quando ele chegou havia apenas Cerrado e um formigueiro de pessoas trabalhando. Eu me lembro de ele falar das obras serem tão intensas que qualquer problema era rapidamente resolvido. Nada parava a construção. Também dizia que aquela atmosfera, fundamentada em um único propósito, fazia com que as pessoas se unissem e trabalhassem com empenho”, relatou a filha. Em dois anos, João se mudou para Ceilândia e foi contratado pela Novacap como funcionário público. Casou-se em agosto de 1961 e teve 10 filhos, os quais levava para ver o crescimento da cidade. Daí o carinho da família pela história e pelo legado da capital.
“Ouvi e vivi”
“Ando por lugares que me marcaram e onde também deixei minha marca. Toda vez que passo pelo Parque da Cidade, por exemplo, lembro de uma árvore que plantei lá ainda criança, em um passeio de escola, quando ainda estavam arborizando o espaço. Muitas histórias não apenas ouvimos do meu pai, como também vivemos”, diz Rosângela, atualmente moradora de Águas Claras. Em meados de 1969, o patriarca levava as crianças para recolher cajuzinho-do-cerrado, lembrança que desperta a memória afetiva do momento em família. “Era uma festa, porque a gente adentrava a mata para pegar esses cajuzinhos e, chegando em casa, mamãe fazia um doce de caju daqueles”, recorda-se.
Para a professora, apesar dos desafios enfrentados pela cidade atualmente, ainda existe a simbologia da esperança, cultivada antes mesmo da inauguração. “Acredito que, como filhos de Brasília, estamos atentos para defender a cidade que nos criou e para desejar o melhor a ela”, conclui a filha de João Benedito.
 
																	
																															Social
Na Trilha do Teatro leva riso, música e escuta para seis escolas do DF
 
														De outubro a novembro, projeto de arte-educação transforma a rotina escolar em experiência sensorial com mediação, espetáculo teatral e laboratório de musicalização.
Do campo ao ensino especial, seis escolas do DF recebem o projeto Na Trilha do Teatro para fazer do horário de aula um encontro com o riso, a curiosidade e o som do próprio corpo. Voltado a crianças de 6 a 10 anos, o programa articula três ações gratuitas e complementares: uma mediação teatral que prepara o olhar do público, a apresentação do espetáculo “Seu Cocó e as Caixas-surpresa” e um laboratório de musicalização infantil. A iniciativa é realizada com recursos do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal.
 
O projeto aposta na formação de espectadores e na presença qualificada de artistas dentro da escola. A proposta é criar pontes entre obra e plateia, ativando repertórios sensoriais e afetivos. Na prática, a visita movimenta toda a comunidade escolar: professores, equipes pedagógicas, estudantes e famílias, que veem pátios e salas se transformarem em palco; e a rotina, em experiência.
“É muito importante poder retomar com esse projeto de arte-educação, as escolas são espaços fundamentais para a formação de espectadores e cidadãos, afinal educação e cultura são pilares para uma sociedade justa”, conta o ator Pedro Caroca.
A trilha começa com a mediação teatral: uma conversa leve e provocadora, antes do espetáculo, que apresenta referências, convida à escuta e à participação das crianças. Nessa etapa, é distribuída uma cartilha pedagógica e lúdica com o material de apoio, para que a experiência siga ecoando em sala de aula depois da apresentação.
  
  
  
Em seguida é a vez do espetáculo “Seu Cocó e as Caixas-supresa”. E entra em cena Seu Cocó, um palhaço que “toca sem saber que toca” e convida o público a passear por um acervo de incertezas e descobertas: canções inventadas, poesias invisíveis, trava-línguas dançados, adivinhas misteriosas e cantigas de roda. O humor e a brincadeira abrem espaço para que cada criança reconheça seu próprio jeito de perceber ritmos, silêncios e histórias.
“O espetáculo é sobre a beleza de transformar o comum no extraordinário. Cada caixa é uma porta que se abre para a poesia e a imaginação compartilhada com o público. Meu maior desejo é que cada jogo e cada descoberta tragam a leveza e o encantamento que só a palhaçaria consegue provocar”, afirma a diretora Ana Vaz.
Para fechar, o laboratório de musicalização infantil, conduzido por Pedro Caroca, transforma o corpo em instrumento e a turma em orquestra. Por meio de jogos e dinâmicas, as crianças experimentam tempo, pulso, timbre e harmonia de modo prático e lúdico, uma iniciação ao universo sonoro que fortalece a escuta coletiva e a autonomia criativa.
Após as visitas escolares, será lançada uma exposição virtual com o olhar e a voz dos estudantes participantes. Ilustrações e depoimentos vão compor o acervo, ao lado de registros fotográficos e audiovisuais da equipe. A mostra, com curadoria do museólogo Marino Alves, ficará disponível permanentemente no site www.natrilhadoteatro.com.br.
“A exposição apresentará o processo de concepção e realização do projeto, destacando como as ações propostas impactaram os públicos, quais memórias foram evocadas e quais sentimentos vieram à tona. O teatro toca e emociona, e a museologia pode compartilhar e discutir as relações criadas entre artista e públicos ”, explica o curador Marino Alves.
Esta é a segunda edição de Na Trilha do Teatro. Em 2023, a iniciativa passou por 11 escolas públicas em diferentes regiões administrativas do DF. Agora, amplia o compromisso com a acessibilidade, oferecendo interpretação em LIBRAS, audiodescrição e material pedagógico acessível.
 
Programação
28 de outubro – Escola Classe Kanegae no Riacho Fundo
29 de outubro – Centro de Ensino Especial de Deficientes Visuais (CEEDV) Asa Sul
30 de outubro – Escola Classe Itapeti no Paranoá
05 de novembro – Escola Classe Guariroba em Samambaia
06 de novembro – Escola Classe Córrego das Corujas em Ceilândia
07 de novembro – Escola Bilíngue de Taguatinga
Baú Comunicação Integrada
Camila Maxi – (61) 98334-4279
Michel Toronaga – (61) 98185-8595
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