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Relatório da Comissão de Fiscalização sobre Programa de Alimentação Escolar cobra sistema de gestão informatizado

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De acordo com o relatório, o PAE atende 687 escolas, servindo mais de 500 mil refeições por dia a mais de 400 mil estudantes, incluindo 34 alimentos in natura

A Comissão de Fiscalização, Governança, Transparência e Controle (CFGTC) da Câmara Legislativa realizou audiência pública destinada a debater o relatório Diagnóstico da Gestão do Programa de Alimentação Escolar do Distrito Federal (PAE-DF). O trabalho foi realizado por um grupo de trabalho composto por representantes da Comissão de Fiscalização, da Comissão de Educação da CLDF, da Secretaria de Educação, do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), do Conselho de Alimentação Escolar e do Conselho de Educação do DF.

Uma das principais recomendações do relatório foi o desenvolvimento e a implantação de sistema de gestão informatizada para o PAE. Ainda durante a apresentação do relatório, foi divulgada a informação de que a Secretaria de Educação está desenvolvendo o sistema informatizado para gestão do PAE, que deveria ter sido implantado em 2024, mas tem previsão de entrega para fevereiro de 2025.

De acordo com o relatório, o PAE atende 687 escolas, servindo mais de 500 mil refeições por dia a mais de 400 mil estudantes, incluindo 34 alimentos in natura. O programa envolve 2.523 merendeiros, responsáveis pela preparação e distribuição das refeições. Há cerca de 80 nutricionistas da Secretaria de Educação que fazem a supervisão da qualidade do programa e ainda realizam a gestão dos 60 contratos existentes, além de planejar os cardápios. No total, em 2023, o programa custou R$ 128 milhões e para o ano de 2024 já foram empenhados mais de R$ 166 milhões.

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Além do sistema de gestão informatizado, o relatório trouxe outras recomendações. Dentre elas, estão designar formalmente os supervisores responsáveis pela alimentação nas escolas; descentralizar a execução dos contratos; nomear mais nutricionistas na Secretaria de Educação; adotar mais de um fornecedor por gênero alimentício; disponibilizar transporte para vistoria ou instituir indenização de transporte; instalar ambiente climatizado em depósitos de alimentos nas unidades; criar setor de projetos para padronização de cozinhas e depósitos; e aumentar a variedade de corte de bovinos no cardápio para incluir cortes mais magros. “Visito quatro ou cinco escolas todas as semanas e para mim, a carne moída tem que ser retirada do cardápio das escolas. As merendeiras tiram canecas de gordura [na preparação do alimento]”, relatou a deputada Paula Belmonte (Cidadania).

Também foi recomendado fazer estudo sobre a remuneração de servidores no cargo de nutricionista no GDF devido à disparidade existente. Por exemplo, o salário de nutricionista da Secretaria de Educação está em cerca de R$ 6 mil enquanto o técnico de nutrição da Secretaria da Saúde recebe R$ 16 mil, o que gera alta rotatividade e perda do conhecimento acumulado na prática junto às escolas.

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Presidente da CFGTC, a deputada Paula Belmonte destacou a importância da alimentação nas escolas. “Fui aluna da rede pública minha vida toda e não dependia da escola para me alimentar. Mas sei que muitos colegas meus precisavam daquela alimentação. Sei e reconheço que o DF ainda tem uma vantagem, que é a cesta verde, coisa que na minha época não era oferecido. Percebo que ainda precisa melhorar a qualidade do que é oferecido e o planejamento para ter mais variedade”, registrou Belmonte.

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“A gente sabe que existem procedimentos que dependem de tecnologia e o que a Câmara Legislativa puder auxiliar nisso, vai fazer. O relatório mostra que são mais de 700 planilhas que as nutricionistas têm que fazer para gerir [esse processo]. A gente quer auxiliar muito para que isso vire um sistema e rode de forma transparente e, principalmente através da Inteligência Artificial, isso já chegue pronto para a execução”, afirmou a deputada. Ao fim da reunião, Paula Belmonte voltou a questionar a secretaria quanto ao comprometimento com a questão tecnológica. “Como está isso? Essas planilhas vão ser reduzidas ou não”, questionou Paula.

Cozinha experimental

Outra questão abordada no relatório foi a implementação de uma cozinha experimental. “Fiz o compromisso com vocês para fazer a cozinha experimental por meio do meu mandato. Isso porque muitas vezes, como não tem [outra opção] as nutricionistas faziam o experimento do cardápio nas próprias casas. Tem o meu compromisso de fazermos essa cozinha experimental”, garantiu Paula Belmonte.

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O deputado Gabriel Magno (PT) também participou da reunião. O parlamentar reafirmou que o objetivo do trabalho é de buscar soluções e que muitas questões fazem parte de aspectos estruturais do GDF que devem ser repensados. “Não faço um recorte apenas do atual governo. É um processo de vem de longo tempo. A ausência de sistema informatizado é um problema que também está presente em outras áreas como a saúde e outras áreas da educação. Quando se fala da falta de designação de supervisores, acho que também é um debate estrutural sobre a gestão democrática nas escolas. Neste âmbito é preciso rever o quantitativo das equipes gestoras nas escolas. É pequeno diante desse trabalho, inclusive de gestão de contratos. Faltam servidores e essa é uma constatação que, inclusive, dialoga com a remuneração. Estamos aquém porque hoje a educação ocupa os piores salários do GDF”, destacou Gabriel Magno. “As comissões de Educação e a de Fiscalização estão sempre à disposição para ajudar na disputa pelo orçamento”, finalizou Gabriel.

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Por sua vez, o secretário-executivo da Secretaria de Educação do Distrito Federal, Isaias Aparecido da Silva, agradeceu o trabalho e afirmou o compromisso com a melhoria. “Esse trabalho é para isso: corrigir processo, melhorar fluxo, trazer mais transparência e informação. Às vezes dá trabalho achar a resposta, mas sempre terá a resposta. E quando identificamos o problema, vamos corrigir o processo”, afirmou Isaias.

Em relação ao questionamento da deputada Paula Belmonte sobre a criação do sistema informatizado, Isaias respondeu que a intenção é estar funcionando no início do ano. “Não vai estar na sua totalidade, mas alguma implementação já teremos e será a hora em que as pessoas vão dizer se está funcionando e o que precisa ser melhorado”, afiançou o secretário.

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Já o promotor de Justiça de Defesa da Educação do MPDFT, Anderson Pereira de Andrade, se disse esperançoso com o futuro. “O MP hoje tem consciência de que só propor ações em juízo é insuficiente porque não resolve [os problemas]. No exemplo da questão das creches, a gente está conseguindo avançar graças a diálogo e mediação. Já são mais de 40 reuniões em que a gente tem conversado e conseguido melhorar a política pública. Saio daqui alegre, com o coração transbordando de esperança de que a gente tenha uma merenda escolar muito melhor”, declarou o promotor de Justiça.

Representando o Conselho de Alimentação Escolar do DF, o conselheiro Paulo Roberto registrou que o ano foi de mudanças na área, mas ainda falta melhorar o sistema de gestão. “Educação se faz com alimentação. Vejo que ainda falta gestão para que todos falem a mesma língua e que todos possam agir da mesma forma porque a barriga vazia não espera. Precisamos de um sistema de gestão porque é preciso saber se o arroz chegou e quanto tem de arroz ou de carne no depósito porque este ano tivemos esse problema de crianças ficarem sem carne. Se tem um sistema que funciona, ele pode dizer ao secretário, com antecedência, para fazer o pregão e comprar a alimentação na hora certa”, destacou o conselheiro.

Sobre esse aspecto, Isaias da Silva disse que a licitação do próximo ano já está sendo preparada para que não falte alimento. “O armazenamento será de frios e dos não perecíveis. A distribuição a mesma coisa. E aí já vamos pedir a quantidade de armazenamento. A solução, já estudada até com o MP, é que a licitação vai ser única [para compra e armazenagem] da carne e dos não perecíveis, assim como a distribuição. Com isso vamos cortar metade dos problemas”, falou Isaias.

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Francisco Espínola – Agência CLDF

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Politica

Governo lança 2ª Estratégia Brasileira de Educação Midiática e ganha destaque na semana global da UNESCO sobre o tema

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O secretário de Políticas Digitais da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, João Brant, anunciou o lançamento da 2ª Estratégia Brasileira de Educação Midiática, que aprofunda ações voltadas à promoção de habilidades críticas para acessar e analisar informações, à formação de professores e à cooperação internacional. Foto: Secom-PR

Durante Global MIL Week, em Cartagena, na Colômbia, Secom apresentou os principais resultados da política nacional de educação midiática e reforçou a cooperação com países da América Latina e com a França

Os avanços brasileiros em educação midiática estiveram em destaque na Global Media and Information Literacy Week 2025, conferência mundial da UNESCO realizada em Cartagena, na Colômbia, entre os dias 22 e 25 de outubro. A delegação brasileira apresentou as principais políticas e experiências nacionais no tema, reforçando o compromisso do país com a construção de um ecossistema informacional mais democrático, confiável e participativo.

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Representando o ministro da Secom, João Brant, secretário de Políticas Digitais, participou da mesa de encerramento da conferência ao lado do Vice-ministro de Transformação Digital da Colômbia, Oscar Alexander Ballén e Tawfik Jelassi, Diretor-Geral Adjunto de Comunicação e Informação da UNESCO. No painel, Brant anunciou o lançamento da 2ª Estratégia Brasileira de Educação Midiática, que aprofunda ações voltadas à promoção de habilidades críticas para acessar e analisar informações, à formação de professores e à cooperação internacional.
“A educação midiática é essencial para fortalecer a democracia. Quando as pessoas têm ferramentas para compreender e participar criticamente do ambiente informacional, o debate público se torna mais justo e mais plural. Essa nova Estratégia aprofunda esse compromisso do Brasil com uma sociedade que valoriza o diálogo e enfrenta a desinformação de forma coletiva.”, afirmou João Brant.

“A educação midiática é essencial para fortalecer a democracia. Quando as pessoas têm ferramentas para compreender e participar criticamente do ambiente informacional, o debate público se torna mais justo e mais plural. Essa nova Estratégia aprofunda esse compromisso do Brasil com uma sociedade que valoriza o diálogo e enfrenta a desinformação de forma coletiva”

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João Brant, secretário de Políticas Digitais
ATUALIZAÇÃO DA ESTRATÉGIA – Lançada em 2023 e coordenada pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), a primeira Estratégia Brasileira de Educação Midiática apresentou eixos de atuação e prioridades da política, como formação de professores, enfoque na educação básica e nas temáticas relacionadas ao uso de telas e dispositivos por crianças e adolescentes. Em sua segunda edição, a Estratégia destaca os instrumentos de implementação da política e os principais resultados alcançados, especialmente em articulação com o Ministério da Educação, tais como:

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  • Inserção da Educação Midiática nos editais do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), fazendo com que o tema integre, pela primeira vez, o conteúdo dos livros didáticos que chegam às escolas brasileiras;
  • Primeira coleção de cursos sobre Educação Digital e Midiática, com 80 cursos disponibilizados na plataforma AVAMEC do Ministério da Educação, totalizando mais de 340.000 certificações gratuitas;
  • Primeiras diretrizes nacionais do Conselho Federal de Educação sobre o uso de dispositivos digitais em ambientes escolares e a integração curricular da educação midiática, prevendo que todas as escolas do país tenham o tema nos seus currículos até 2026;

A nível internacional, a Estratégia Brasileira de Educação Midiática também oportunizou a realização de projetos com França, Dinamarca, Finlândia e países membros da Rede Latinoamericana de Cidadania Digital da UNESCO. Além disso, a temática da educação midiática compõe um dos eixos da Iniciativa Global para a Integridade da Informação sobre Mudanças Climáticas liderada pelo governo brasileiro em parceria com a Organização das Nações Unidas e UNESCO.

GLOBAL MIL WEEK 2025 – Na semana global da UNESCO em Cartagena, a Secom participou de três painéis temáticos. O primeiro apresentou iniciativas-modelo de educação midiática, com foco na inserção do tema nos currículos escolares brasileiros e na mobilização social. A mesa reuniu representantes do Instituto Palavra Aberta, da Secretaria de Comunicação de Alagoas, representada pelo secretário Wendel Palhares, da Secretaria de Educação da Bahia, e do CEIBAL, do Ministério da Educação do Uruguai, parceiro da Secom no desenvolvimento de currículos em educação midiática e cidadania digital.

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Em outro painel, o Brasil apresentou, em parceria com o CLEMI (Centro para Educação Midiática da França), os resultados do projeto MídiaCOP, que qualificou professores da região Norte para a cobertura jornalística e crítica da COP30 por estudantes. O projeto inaugura um modelo inovador de formação de educadores voltado à sustentabilidade em articulação com a educação midiática.

A terceira mesa destacou a primeira Estratégia Brasileira de Educação Midiática no contexto da Rede Latino-Americana de Cidadania Digital, coordenada pela UNESCO Montevidéu. A discussão reforçou o papel do Brasil como referência regional no desenho de políticas públicas que combinam formação docente, pesquisa e participação social.

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Durante o evento, Brasil e França também anunciaram a segunda fase da cooperação bilateral iniciada com o projeto MídiaCOP. A nova etapa ampliará a formação de professores em educação midiática e climática para todos os estados brasileiros, com o apoio do CLEMI e da Embaixada da França no Brasil.

“Essa parceria é um exemplo de como a cooperação internacional pode fortalecer a educação e a democracia. O diálogo entre Brasil e França, com apoio da UNESCO, mostra que enfrentar a desinformação exige redes de confiança e de conhecimento”, completou Brant.
SBEM – No contexto da Global MIL Week, o governo brasileiro realiza, desde 2023, a Semana Brasileira de Educação Midiática (SBEM). Promovida em parceria entre a Secom e o Ministério da Educação com apoio da UNESCO, a edição de 2025 da Semana tem início nesta terça-feira (28) com uma abertura presencial em Brasília e se estende até sexta-feira com atividades online e presenciais em todos os estados do Brasil, promovidas por escolas e universidades. Saiba mais sobre a Semana aqui.

 

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Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República

CONTATOS:
ATENDIMENTO
E-mail: secom.imprensa@presidencia.gov.br
Tel.: (61) 3411-1601/1044

FOTOGRAFIA
E-mail: seaud.secom@presidencia.gov.br
Tel.: (61) 98100-1993 (apenas por mensagem via Whatsapp)

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