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“Queremos descarbonizar cada vez mais o agro”, diz especialista da Embrapa

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Juliana Evangelista: Embrapa Agroenergia está aberta a conexões – (crédito: Correio Braziliense)

Juliana Evangelista, executiva da Embrapa Agroenergia, destacou a parceria com diferentes setores para tornar a bioeconomia brasileira mais competitiva e sustentável. Edital InovaBio recebe propostas até dia 15

Por Letícia Corrêa* — O Brasil reúne condições excepcionais para se tornar um ator global relevante na transição energética. Mas, para exercer esse papel, é fundamental fomentar um ambiente de inovação para a produção de energia com mais tecnologia e menos impacto ambiental. É nesse contexto que atua a Embrapa Agroenergia, unidade que serve como uma ponte entre diversos setores para dar mais competitividade à bioeconomia nacional.

Em outras palavras, pode-se dizer que a Embrapa Agroenergia é um hub de inovação. As conexões ocorrem com o governo, a academia e as empresas parceiras, com o intuito de criar alternativas menos prejudiciais ao meio ambiente de se produzir energia. “Nós trabalhamos gerando conexões, promovendo inovação, por meio da união entre ideias, talentos, infraestrutura e recursos”, disse a chefe-adjunta de Transferência de Tecnologia da Embrapa Agroenergia, Juliana Evangelista.

Convidada para o Podcast do Correio, a engenheira agrônoma explicou como funciona a dinâmica para o Brasil avançar na produção de energia renovável. E ressaltou como um passo importante nesse sentido o edital InovaBio, que está com inscrições abertas. A iniciativa tem como finalidade selecionar projetos que contribuam para o desenvolvimento de soluções tecnológicas inovadoras na produção de biomassas, biocombustíveis, bioprodutos e bioinsumos.

Na conversa com as jornalistas Adriana Bernardes e Sibele Negromonte, Juliana Evangelista exorta empresas de todos os portes a apresentarem propostas para o InovaBio. Segundo ela, há uma oportunidade ímpar de formar parcerias na cocriação de soluções tecnológicas — inclusive por meio de financiamento pela Embrapa.

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O InovaBio está com inscrições abertas até o dia 15 de agosto (sexta-feira), no site https://www.embrapa.br/agroenergia/inovabio.

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Segundo Evangelista, o Brasil dispõe de infraestrutura e capacidade intelectual para ser protagonista na transição energética. “As políticas públicas têm aumentado a porcentagem de biodiesel no diesel, de etanol na gasolina, justamente para fazer com que essa transição energética, que é uma demanda global, seja feita pelo Brasil com grande protagonismo e fazendo com que o agro descarbonize cada vez mais as suas atividades”, afirmou.

A executiva da Embrapa Agroenergia exemplificou como a inovação traz impactos positivos para o cotidiano dos brasileiros. Ela citou o caso de um protótipo que converte dejetos de vacas em biogás de cozinha. Dessa forma, o pequeno produtor reduz os custos com gás e utiliza um tipo de energia menos prejudicial ao meio ambiente.

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Confira a íntegra do episódio

Quatro eixos

A Agroenergia opera em quatro eixos principais: biomassas, biocombustíveis, bioprodutos e bioinsumos. A canola, dentro do eixo das biomassas, é uma das principais matérias-primas para a produção de óleo, que pode ser utilizado na fabricação de biocombustíveis como biodiesel e o bioquerosene. Segundo Evangelista, a produção da canola, item que já possui baixa emissão de carbono, pode ser ainda mais sustentável, ao usar bioinsumos como bioinseticidas e biofertilizantes.

A especialista relatou as vantagens da canola em relação à soja — a biomassa mais produzida no país. O grão, tipicamente tropical, tem uma grande produção, mas não rende tanto quanto a canola, planta temperada encontrada em algumas áreas brasileiras. “A canola chega a produzir quatro, cinco vezes mais óleo por hectare do que a soja. Porém, eu não tenho uma área plantada de canola suficiente para ela ser tão usada quanto a soja. No mundo, a canola é a terceira mais utilizada, e a gente tem a perspectiva que no Brasil a produção vai ampliar”, completou.

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Sobre a cana-de-açúcar, a chefe-adjunta afirmou que o principal destino dela é o etanol, já conhecido. Evangelista ressaltou que o Brasil trabalha há um bom tempo com alternativas de energia renovável, tendo quase 50% da energia produzida de forma sustentável. O propósito da Embrapa é, por meio das parcerias com as empresas, diversificar as matrizes energéticas.

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O Edital InovaBio oferece cocriações e desenvolvimento de soluções tecnológicas para empresas do setor produtivo. Juliana Evangelista frisa que mesmo empresas que não tenham perfil específico para os termos do InovaBio podem participar, pois há possibilidade de serem convidadas para outras linhas de parcerias com a Embrapa.

O que é a Agroenergia?

A unidade da Embrapa trabalha com fontes de energia de origem agrícola. Concentra-se em quatro eixos: biomassas, biocombustíveis, bioprodutos e bioinsumos. Entenda os termos mais frequentes utilizados nesse tema.

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  • Biomassas: São as matérias-primas que serão transformadas em energia. Ex: soja, canola e milho.

  • Biocombustíveis: São os combustíveis derivados das biomassas. Ex: etanol, biodiesel e biogás.

  • Bioprodutos: Qualquer produto que possua matéria-prima renovável e que tenha utilidade agrícola ou industria. Ex: biocombustíveis, bioplásticos e bioinsumos.

  • Bioinsumos: Uma categoria dentro dos Bioprodutos, são de origem biológica. Ex: bioinseticidas, biofertilizantes e biofungicidas.

* Estagiária sob a supervisão de Carlos Alexandre de Souza 

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Politica

Governo lança 2ª Estratégia Brasileira de Educação Midiática e ganha destaque na semana global da UNESCO sobre o tema

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O secretário de Políticas Digitais da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, João Brant, anunciou o lançamento da 2ª Estratégia Brasileira de Educação Midiática, que aprofunda ações voltadas à promoção de habilidades críticas para acessar e analisar informações, à formação de professores e à cooperação internacional. Foto: Secom-PR

Durante Global MIL Week, em Cartagena, na Colômbia, Secom apresentou os principais resultados da política nacional de educação midiática e reforçou a cooperação com países da América Latina e com a França

Os avanços brasileiros em educação midiática estiveram em destaque na Global Media and Information Literacy Week 2025, conferência mundial da UNESCO realizada em Cartagena, na Colômbia, entre os dias 22 e 25 de outubro. A delegação brasileira apresentou as principais políticas e experiências nacionais no tema, reforçando o compromisso do país com a construção de um ecossistema informacional mais democrático, confiável e participativo.

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Representando o ministro da Secom, João Brant, secretário de Políticas Digitais, participou da mesa de encerramento da conferência ao lado do Vice-ministro de Transformação Digital da Colômbia, Oscar Alexander Ballén e Tawfik Jelassi, Diretor-Geral Adjunto de Comunicação e Informação da UNESCO. No painel, Brant anunciou o lançamento da 2ª Estratégia Brasileira de Educação Midiática, que aprofunda ações voltadas à promoção de habilidades críticas para acessar e analisar informações, à formação de professores e à cooperação internacional.
“A educação midiática é essencial para fortalecer a democracia. Quando as pessoas têm ferramentas para compreender e participar criticamente do ambiente informacional, o debate público se torna mais justo e mais plural. Essa nova Estratégia aprofunda esse compromisso do Brasil com uma sociedade que valoriza o diálogo e enfrenta a desinformação de forma coletiva.”, afirmou João Brant.

“A educação midiática é essencial para fortalecer a democracia. Quando as pessoas têm ferramentas para compreender e participar criticamente do ambiente informacional, o debate público se torna mais justo e mais plural. Essa nova Estratégia aprofunda esse compromisso do Brasil com uma sociedade que valoriza o diálogo e enfrenta a desinformação de forma coletiva”

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João Brant, secretário de Políticas Digitais
ATUALIZAÇÃO DA ESTRATÉGIA – Lançada em 2023 e coordenada pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), a primeira Estratégia Brasileira de Educação Midiática apresentou eixos de atuação e prioridades da política, como formação de professores, enfoque na educação básica e nas temáticas relacionadas ao uso de telas e dispositivos por crianças e adolescentes. Em sua segunda edição, a Estratégia destaca os instrumentos de implementação da política e os principais resultados alcançados, especialmente em articulação com o Ministério da Educação, tais como:

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  • Inserção da Educação Midiática nos editais do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), fazendo com que o tema integre, pela primeira vez, o conteúdo dos livros didáticos que chegam às escolas brasileiras;
  • Primeira coleção de cursos sobre Educação Digital e Midiática, com 80 cursos disponibilizados na plataforma AVAMEC do Ministério da Educação, totalizando mais de 340.000 certificações gratuitas;
  • Primeiras diretrizes nacionais do Conselho Federal de Educação sobre o uso de dispositivos digitais em ambientes escolares e a integração curricular da educação midiática, prevendo que todas as escolas do país tenham o tema nos seus currículos até 2026;

A nível internacional, a Estratégia Brasileira de Educação Midiática também oportunizou a realização de projetos com França, Dinamarca, Finlândia e países membros da Rede Latinoamericana de Cidadania Digital da UNESCO. Além disso, a temática da educação midiática compõe um dos eixos da Iniciativa Global para a Integridade da Informação sobre Mudanças Climáticas liderada pelo governo brasileiro em parceria com a Organização das Nações Unidas e UNESCO.

GLOBAL MIL WEEK 2025 – Na semana global da UNESCO em Cartagena, a Secom participou de três painéis temáticos. O primeiro apresentou iniciativas-modelo de educação midiática, com foco na inserção do tema nos currículos escolares brasileiros e na mobilização social. A mesa reuniu representantes do Instituto Palavra Aberta, da Secretaria de Comunicação de Alagoas, representada pelo secretário Wendel Palhares, da Secretaria de Educação da Bahia, e do CEIBAL, do Ministério da Educação do Uruguai, parceiro da Secom no desenvolvimento de currículos em educação midiática e cidadania digital.

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Em outro painel, o Brasil apresentou, em parceria com o CLEMI (Centro para Educação Midiática da França), os resultados do projeto MídiaCOP, que qualificou professores da região Norte para a cobertura jornalística e crítica da COP30 por estudantes. O projeto inaugura um modelo inovador de formação de educadores voltado à sustentabilidade em articulação com a educação midiática.

A terceira mesa destacou a primeira Estratégia Brasileira de Educação Midiática no contexto da Rede Latino-Americana de Cidadania Digital, coordenada pela UNESCO Montevidéu. A discussão reforçou o papel do Brasil como referência regional no desenho de políticas públicas que combinam formação docente, pesquisa e participação social.

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Durante o evento, Brasil e França também anunciaram a segunda fase da cooperação bilateral iniciada com o projeto MídiaCOP. A nova etapa ampliará a formação de professores em educação midiática e climática para todos os estados brasileiros, com o apoio do CLEMI e da Embaixada da França no Brasil.

“Essa parceria é um exemplo de como a cooperação internacional pode fortalecer a educação e a democracia. O diálogo entre Brasil e França, com apoio da UNESCO, mostra que enfrentar a desinformação exige redes de confiança e de conhecimento”, completou Brant.
SBEM – No contexto da Global MIL Week, o governo brasileiro realiza, desde 2023, a Semana Brasileira de Educação Midiática (SBEM). Promovida em parceria entre a Secom e o Ministério da Educação com apoio da UNESCO, a edição de 2025 da Semana tem início nesta terça-feira (28) com uma abertura presencial em Brasília e se estende até sexta-feira com atividades online e presenciais em todos os estados do Brasil, promovidas por escolas e universidades. Saiba mais sobre a Semana aqui.

 

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Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República

CONTATOS:
ATENDIMENTO
E-mail: secom.imprensa@presidencia.gov.br
Tel.: (61) 3411-1601/1044

FOTOGRAFIA
E-mail: seaud.secom@presidencia.gov.br
Tel.: (61) 98100-1993 (apenas por mensagem via Whatsapp)

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