Curiosidades
A pílula afeta a libido? Saiba como variam as respostas ao uso do anticoncepcional

Você já deve ter visto ou lido em alguma postagem recente, nas redes sociais, que a pílula diminui a libido. As novas críticas tratam de um tema antigo – muitas pesquisas já comprovaram a tese, mas os componentes do contraceptivo vêm reduzindo seus efeitos colaterais. Uma especialista nos explica como funcionam as respostas ao uso dos anticoncepcionais.
Muito tem se falado sobre os efeitos colaterais da pílula anticoncepcional nos últimos tempos, especialmente em redes como o TikTok e afins, de certa forma culpando as pílulas anticoncepcionais por muitos dos males da modernidade. Será que isso é fato ou mito?
É inegável que a pílula revolucionou a vida sexual das mulheres. Até a década de 1950 e 60, poucas eram as alternativas contraceptivas para nós mulheres. Com esse lançamento, a revolução sexual que ela proporcionou é inegável.
De lá para cá, muita coisa mudou. As doses de hormônio que cada comprimido contém diminuiu bruscamente e novos componentes, especialmente os progestagênios, foram desenvolvidos visando diminuir efeitos colaterais. Na última década, o lançamento de pílulas contendo o estradiol natural, ao invés do etinilestradiol, que era o único estrogênio utilizado, também é capaz de atenuar certos efeitos indesejados.
Com isso posto, pílula não é tudo igual. E cada organismo também não é igual e reage de uma maneira diferente ao anticoncepcional. Então não existem verdades absolutas… Mas vamos às evidências que existem sobre esse assunto.
Em duas publicações na última década, sendo um deles uma meta-análise no Journal of Sexual Medicine, que analisou vários estudos sobre os efeitos dos contraceptivos hormonais na função sexual feminina, indicaram que algumas mulheres experimentam uma diminuição da libido, enquanto outras podem ter uma libido inalterada ou até aumentada. Cerca de 15% das 13.700 usuárias de pílula notaram uma diminuição do desejo sexual enquanto estavam em uso da medicação.
Outro estudo de 2013 publicado no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism, encontrou o mesmo resultado. No entanto, também se observou que os efeitos podem variar dependendo do tipo específico de contraceptivo e da resposta biológica de cada mulher.
Qual seria a explicação biológica para esse decréscimo da libido?
A principal estaria ligada a alterações nos níveis hormonais, especialmente na redução dos níveis de testosterona livre, que é um hormônio ligado ao desejo sexual. Contraceptivos orais combinados frequentemente suprimem a produção endógena de andrógenos ovarianos e aumentam a proteína carregadora de hormônios sexuais (SHBG), que se liga à testosterona, diminuindo a quantidade de testosterona livre disponível. Quanto mais anti-androgênica a pílula, em especial aquelas que contém drospirenona, um tipo de progestagênio, maior supressão dos níveis de testosterona livre, potencialmente resultando em uma maior probabilidade de diminuição da libido.
Outra explicação é que a pílula já foi associada a uma redução de lubrificação, o que pode gerar desconforto e até mesmo dor durante o ato sexual. Isso geraria um ciclo vicioso de dor e diminuição de libido e lubrificação, conhecido como vulvodínea hormonal.
Novamente pontuando que a resposta aos contraceptivos hormonais deve ser individualizada. Fatores como predisposição genética, condições de saúde mental, estresse, duração e qualidade do relacionamento, entre outros fatores psicossociais podem influenciar a libido, independente do uso de hormônios.
Quando de fato houver uma redução de libido que afete a qualidade de vida sexual, algumas medidas podem ser adotadas. Entre elas, a transição para diferentes tipos de contraceptivos hormonais, como a mudança para uma formulação de dose mais baixa ou para um método de liberação contínua, pode ajudar a mitigar os efeitos na libido para algumas mulheres. Quando isso não for possível, os contraceptivos não hormonais, como o DIU de cobre, geralmente não estão associados a alterações na libido, o que pode ser uma alternativa para um grupo de mulheres.
Em resumo, enquanto há evidências que apoiam a associação entre o uso de anticoncepcionais hormonais e a diminuição da libido em algumas mulheres, a resposta é altamente individual e multifacetada. Discussões detalhadas com um profissional de saúde podem ajudar a encontrar a melhor opção contraceptiva segura e que minimize os efeitos colaterais indesejados.

Curiosidades
Como a Cultura de Paz Pode Transformar o Ambiente Escolar

Fonte: Izabelly Mendes.
O ambiente escolar é muito mais do que um espaço de aprendizagem acadêmica; é também um local de socialização, construção de valores e desenvolvimento emocional. No entanto, quando conflitos, violência e desrespeito predominam, o aprendizado e o bem-estar dos alunos ficam comprometidos. Nesse contexto, a implementação de uma cultura de paz pode transformar a escola, promovendo convivência harmoniosa, respeito mútuo e desenvolvimento integral de crianças e adolescentes.
O que é cultura de paz
A cultura de paz vai além da ausência de violência. Ela se baseia em valores como empatia, diálogo, cooperação, respeito à diversidade e resolução pacífica de conflitos. Nas escolas, significa criar um ambiente onde alunos, professores, familiares e toda a comunidade escolar convivam de forma harmoniosa, reconhecendo e valorizando diferenças e promovendo a inclusão.
Benefícios de uma cultura de paz na escola
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Redução da violência
Ao promover valores de respeito e empatia, a cultura de paz previne conflitos físicos, verbais e psicológicos. Alunos aprendem a lidar com divergências de forma construtiva, diminuindo casos de bullying e agressão. -
Desenvolvimento socioemocional
A prática de princípios pacíficos ajuda alunos a desenvolver habilidades essenciais, como autocontrole, comunicação assertiva, empatia e resolução de problemas. Essas competências fortalecem a autoestima e contribuem para relações saudáveis dentro e fora da escola. -
Melhora no desempenho acadêmico
Ambientes seguros e acolhedores estimulam a concentração, a participação ativa nas aulas e o interesse pelo aprendizado, criando condições ideais para o desenvolvimento intelectual. -
Fortalecimento da convivência comunitária
Ao incentivar colaboração, solidariedade e respeito à diversidade, a cultura de paz prepara os alunos para atuar como cidadãos conscientes e responsáveis na sociedade.
Estratégias para implementar a cultura de paz
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Educação socioemocional: incluir atividades que ensinem empatia, escuta ativa, resolução de conflitos e cooperação.
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Rodas de diálogo e mediação de conflitos: criar espaços onde alunos e professores possam discutir problemas e encontrar soluções conjuntas.
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Participação ativa da comunidade escolar: envolver famílias, alunos e equipe pedagógica na construção e manutenção de um ambiente respeitoso.
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Projetos colaborativos e atividades inclusivas: incentivar o trabalho em grupo, o respeito à diversidade e a valorização do outro como forma de aprendizado social.
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Reconhecimento e valorização de atitudes positivas: reforçar comportamentos que promovem paz, solidariedade e respeito entre os alunos.
Conclusão
A cultura de paz é uma ferramenta poderosa para transformar o ambiente escolar. Ela cria condições para que conflitos sejam resolvidos de maneira saudável, reduz a violência, fortalece habilidades socioemocionais e melhora o aprendizado. Escolas que investem em princípios de empatia, diálogo e respeito promovem um espaço seguro e acolhedor, preparando crianças e adolescentes para viver em sociedade de forma consciente, ética e colaborativa. Ao adotar a cultura de paz, a escola deixa de ser apenas um local de ensino e se torna um espaço de formação integral, onde alunos aprendem a conviver, respeitar diferenças e construir um casamento saudável ao longo da vida.
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