Esporte
Japonesa desclassificada por bolada em gandula é campeã nas duplas mistas em Roland Garros

Foto; AFP
Ao lado do alemão Tim Puetz, Kato derrotou na final a dupla formada pela canadense Bianca Andreescu e pelo neozelandês Michael Venus
A japonesa Miyu Kato foi campeã nas duplas mistas em Roland Garros nesta quinta-feira (8), quatro dias depois de ter sido desclassificada na chave de duplas femininas por ter acertado uma bolada em uma gandula.
Ao lado do alemão Tim Puetz, Kato derrotou na final a dupla formada pela canadense Bianca Andreescu e pelo neozelandês Michael Venus por 2 sets a 1 (4-6, 6-4 e 10-6).
“Estes últimos dias foram um desafio mental, depois da minha injusta classificação nas duplas femininas”, declarou a japonesa na quadra Philippe Chatrier, lendo um comunicado preparado de antemão.
“Obrigado a todos os jogadores por suas sinceras mensagens de apoio. Hoje usei esta energia positiva na quadra”, acrescentou.
“Agora espero um resultado favorável ao meu recurso para poder receber meu prêmio em dinheiro, meus pontos e recuperar minha reputação”.
Kato, de 28 anos, e sua companheira indonésia, Aldila Sutjiadi, foram desclassificadas no último domingo, depois que a japonesa acertou involuntariamente uma bolada em uma gandula que estava no fundo da quadra.
A princípio, o juiz de cadeira aplicou apenas uma advertência, mas a dupla adversária, formada pela tcheca Marie Bouzkova e a espanhola Sara Sorribes, protestou e pediu que o incidente fosse revisto, enquanto a gandula chorava e tremia por conta do ocorrido.
Kato e Sutjiadi foram desclassificadas, e a japonesa teve sua premiação retirada.
“Espero que a menina esteja bem e que possamos voltar a jogar contra Marie e Sara”, declarou Kato.
© Agence France-Presse
Fonte: Jornal de Brasilia

Esporte
De olho nas Olimpíadas de 2028, Mirelle Leite disputa Maratona Brasília

Mirelle disputará a Maratona no percurso de 5km. – (crédito: Neoenergia Brasília/Divulgação)
Focada em se tornar a primeira indígena a representar o Brasil nos Jogos, a pernambucana Mirelle Leite disputará a corrida de 5km como parte do processo rumo a Los Angeles-2028
Ela tem um sonho, e um dos atalhos para realizá-lo passa pela prova de 5km da Maratona Brasília 2025, apoiada pelo Correio, no próximo dia 21, segunda-feira, na celebração do aniversário da capital. Aos 23 anos, Mirelle Leite Silva deseja utilizar as avenidas largas do percurso como parte do processo para se tornar a primeira atleta indígena a disputar os Jogos Olímpicos. Ela quase obteve o índice para integrar o Time Brasil no atletismo e competir nos 3.000m com barreira em Paris-2024. O projeto está renovado no ciclo rumo a Los Angeles-2028.
“Vou me dedicar ao máximo para estar lá. Isso vai representar um importante marco para ampliar a inclusão social dos povos originários no Brasil”, vislumbra Mirelle, em entrevista ao Correio.
Natural da reserva indígena Xucuru, no pé da Serra do Jucá, às margens do rio Ipanema, no distrito de Cimbres, município de Pesqueira, em Pernambuco, Mirelle é tricampeã sul-americana nos 3.000m com obstáculos. Em 2024, 33 segundos e 29 milésimos separaram a corredora da vaga para os Jogos de Paris-2024. O melhor tempo dela foi 9min56s29. O índice técnico estabelecido era 9min23s.
Há muita história e amor envolvidos no sonho olímpico. Quando Mirella tinha seis meses de idade, os pais e oito filhos foram expulsos da aldeia, após um conflito indígena. Faltava dinheiro para sustentar a família. O assassinato do pai agravou as finanças. Em busca de renda, Mirella passou a ajudar a mãe, Maria José da Silva, em faxinas, até ser apresentada às corridas de rua.
Embaixadora da Neoenergia, apoiadora da Maratona Brasília 2025, terceiro sargento da Força Aérea Brasileira (FAB) e mãe apaixonada pelo filho de 7 anos, Mirelle corre pelo time do maior grupo privado do setor elétrico do país. No desafio de 5km, ela simulará o Sul-Americano de Mar del Plata, de 25 a 27 de abril.
Mirelle competirá em Brasília, turbinada por um período de treinos de alto nível na cidade de Paipa, na Colômbia. O intercâmbio durou 35 dias. A preparação especial na altitude de 2.500m serviu para aprimorar o rendimento e estabelecer novas marcas expressivas nas competições de 3.000m com obstáculos, 3.000m livre e 1.500m livre. A altitude em Brasília é menor (1.172m). Logo, o fôlego será maior. Sinal de que ela tem tudo para voar baixo na prova dos 5km pelos cartões postais da capital do país.
O DF dá sorte a Mirelle. Ela ostenta duas conquistas no nosso quadrado, ambas em provas de 5km. “Brasília é sempre um lugar especial para mim. Estive aqui no ano passado, em duas oportunidades, e ganhei as duas provas que corri”, conta. “Sei a tradição da Maratona Brasília e espero repetir os meus resultados. Estou muito animada para essa prova”.
Em 2024, Mirelle disputou a Pink For Life e o SBT Sport Sunset. A pernambucana competiu nos 5km e concluiu ambas em primeiro, com os tempos de 15min2s e 19min30s, respectivamente.
* Estagiária sob a supervisão de Marcos Paulo Lima
-
Politica6 dias ago
Senadora Damares Alves e Cristiane Britto são destaques no Prêmio Melhores do Ano 2024 pelo Grupo Inova
-
Politica2 dias ago
Acordo para encerrar greve de fome de Glauber envolveu telefonema de Gleisi para Motta
-
Politica4 dias ago
Senadora indica R$ 11,8 milhões em emendas a 35 instituições e 30 mil podem ser beneficiados
-
Politica6 dias ago
Goiás Social e OVG firmam parceria inédita com Google para oferecer cursos a beneficiários do ProBem