Mulheres incriveis
Explante de silicone cresce no Brasil: “Tirar foi um livramento”
Seios maiores, corpo mais harmonioso, mais confiança e autoestima: esses são alguns dos motivos que levam quase 1,8 milhão de mulheres a realizar o aumento das mamas pelo mundo todos os anos. No entanto, uma cirurgia oposta vem crescendo nas clínicas estéticas do Brasil: na tentativa de reverter o tamanho dos seios, muitas mulheres optam por realizar o explante do silicone. Entre no canal do iG Delas no Telegram e fique por dentro de todas as notícias sobre beleza, moda, comportamento, sexo e muito mais!
Foi esse o caso da professora Larissa de Almeida, de 38 anos, que passou pelo implante de silicone aos 28. “Quis colocar por querer deixar meu corpo mais harmônico, por acreditar que o silicone era vitalício, de acordo com o que o médico falou. Naquele momento, pesquisei bastante para encontrar os contras, mas pouco vi, então me pareceu uma boa ideia”.
Os problemas, segundo Larissa, começaram imediatamente após a cirurgia. A docente relata que, no pós-operatório, já começou a sentir os primeiros sintomas, como dores pelo corpo e dificuldade para respirar. “O cirurgião disse que isso era normal”. O desejo do explante surgiu em 2018. A professora explica que fez sua própria investigação, lendo artigos científicos e conteúdos de ‘explantadas’ nas redes sociais. “Quanto mais eu lia, mas tinha certeza de que não valia a pena permanecer com um corpo estranho […] dentro de mim”.
“Então, depois de muitas pesquisas e de muita humilhação em vários médicos, decidi tirar minhas próteses com o único objetivo de recuperar minha saúde”, reflete.
Assim como Larissa, milhares de outras pessoas buscam anualmente pela retirada dos implantes no Brasil: em 2020, 25 mil cirurgias desse tipo foram realizadas, como atesta a ISAPS. Por mais que a cirurgia de aumento das mamas seja a principal plástica no país, os números estão em constante queda nos últimos anos. A cirurgiã plástica Ana Borba percebeu um aumento expressivo de interesse pelo explante em seu consultório. “[Esse aumento aconteceu] pelo crescimento no número de mulheres que colocaram próteses nos últimos 10-20 anos. E segundo, por uma mudança na percepção corporal: mulheres têm buscado mamas mais leves, mais naturais e não se enxergam mais com seus implantes escolhidos anos atrás”, explica a médica.
A aceitação do próprio corpo e os novos padrões de beleza são um dos principais motivos que levaram a Carla* a retirar os implantes em 2017. Com prótese nas mamas desde 2007, ela percebeu que continuava infeliz com a própria aparência. “Eu não me sentia suficiente por ter seios menores. Quando vi que iria fazer dez anos de cirurgia, eu pensei: ‘olha só: se passaram dez anos e eu continuo a mesma’, por mais que eu tenha seios bem mais avantajados. Eu percebi que não conseguiria me sentir suficiente se não me amasse primeiro, e foi assim que decidi retirar o implante. Tirar foi um livramento”.
Para Larissa de Almeida, no entanto, os motivos foram de saúde. A professora explica que ao longo dos 6 anos usando silicone, ela apresentou mais de 20 sintomas negativos, como dores articulares, perda de memória, queda de cabelo, dificuldade de concentração, queda de cabelo, olhos ressecados e irritados frequentemente, diminuição da libido e fadiga crônica.
Ana Borba explica que, em termos médicos, existem duas complicações que podem envolver o implante de silicone: a ‘doença do silicone’, que é um termo criado para descrever alguns sintomas em pessoas com próteses de silicone, como queda de cabelo, cansaço excessivo e dor nas articulações. “Vale destacar que nenhum estudo clínico conseguiu, até a presente data, documentar a doença do silicone, como causadora dos sintomas relatados.”
As complicações também podem se originar da síndrome ASIA, uma doença autoimune, pode ser sim causada pelo implante, e ocorre em pacientes que já tem doença autoimune prévia. Luís Felipe Maatz, cirurgião plástico com especialização em Cirurgia Geral e Cirurgia Plástica pela Universidade de São Paulo, detalha que a maioria dos estudos ao redor da síndrome aponta que depois do contato com o estímulo desencadeante (implantes mamários, vacinas), pacientes geneticamente suscetíveis poderiam desenvolver uma resposta autoimune que levaria ao início dos sintomas.
A indicação da cirurgia de explante é livre: seja por alguma doença ou complicação relacionada à prótese ou desejo da paciente por questões estéticas ou funcionais. “O explante consiste na remoção das próteses de silicone, juntamente com a retirada das cápsulas que as envolvem (capsulectomia) e ajuste da pele excedente (mastopexia), necessária na grande maioria dos casos”, explica Luiz.
O profissional explica que a retirada das próteses é um procedimento simples. “O ajuste da pele e reposicionamento dos tecidos para formar uma nova mama sem a prótese é o mais desafiador e “artístico”: de preferência deve ser realizada por um cirurgião plástico experiente em cirurgias mamárias e reconstrução”.
Luís aponta que existe a opção de se efetuar um aumento mamário no mesmo tempo da mastopexia, com o uso de gordura aspirada de outras áreas, como abdome, axilas ou interno de coxas, procedimento denominado como lipoenxertia.
O pós-operatório é geralmente simples, como afirma a cirurgiã plástica Maria Júlia Norton. A médica detalha que, em geral, a paciente recebe alta em 24 horas, podendo já levantar os braços até a linha dos ombros já no mesmo dia. O retorno às atividades de rotina é feito em 2 semanas. Segundo Maria, o índice de satisfação do explante é bem alto, considerando “que as pacientes já amadureceram bem esta decisão e estão certas da escolha”. Para as ‘explantadas’, o procedimento é uma salvação. “Nunca me arrependi de ter tirado. Foi a melhor decisão que tomei, pois minha qualidade de vida hoje é outra, depois de anos definhando e perdendo meu tempo e dinheiro em vários médicos. Sou muito grata a tantas outras mulheres corajosas e bravas que tiraram suas próteses por saúde e nunca se calaram”, finaliza Larissa de Almeida.
Fonte: IG Mulher
O explante
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Prêmio Engenho Mulher 2025, reconhecimento a quem nos transforma
A edição 2025 do Prêmio Engenho Mulher – Reconhecimento a Quem nos Tranforma irá acontecer no próximo dia 12 de maio, no MAB (Museu de Arte de Brasília). Nesse dia, três vencedoras serão homenageadas, pelo trabalho que realizam em prol de avanços de cidadania. “O Prêmio Engenho Mulher distingue a presença feminina que lidera transformações em distintas áreas da sociedade brasileira, a partir de uma atuação focada no Distrito Federal”, explica a criadora e organizadora da premiação, a jornalista Kátia Cubel. As três vencedoras são escolhidas por um júri de Sete Mulheres Jornalistas. Os nomes contemplados em 2025 serão conhecidos na próxima semana.
Nesta edição, o Sebrae-DF atua como apoiador institucional. Os patrocinadores da premiação são Alves Correia e Veríssimo Advocacia, Fibra – Federação das Indústrias de Brasília, Chocolat Restaurante e Bufê e Paulo Octavio. O Boulevard Shopping apoia o evento. A realização é da Equipe Engenho Comunicação.
PRÊMIO ENGENHO MULHER 2025
SERÁ NO DIA 12 DE MAIO, NO MAB
Cerimônia Irá Premiar 3 Mulheres do DF que
Transformam o Mundo ao Seu Redor
RECONHECIMENTO A QUEM NOS TRANSFORMA
Prêmio Engenho Mulher 2025
Dia 12 de maio, no MAB (Museu de Arte de Brasília)
Informações para a Imprensa – Engenho Comunicação
Tel (61) 3242.1095 / 99187.9581 – Kátia Cubel
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