Politica
UNFPA lança Relatório de Situação da População Mundial 2024 na Cúpula Social do G20, em atividade protagonizada por representantes de grupos historicamente marginalizados
“Vidas Entrelaçadas, Fios de Esperança: porque cada pessoa conta” coloca as experiências das comunidades no centro do debate sobre inclusão e direitos
O Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) realiza neste sábado (16/11) o lançamento do Relatório de Situação da População Mundial 2024 (State of World Population – SWOP), em português, durante a Cúpula Social do G20. Com o tema “Vidas Entrelaçadas, Fios de Esperança: porque cada pessoa conta,” a atividade vai além da apresentação do relatório ao evidenciar as vozes de pessoas historicamente marginalizadas, cujas trajetórias e desafios muitas vezes não encontram espaço nas estatísticas oficiais e políticas públicas.
Marcado para acontecer das 14h às 16h no Armazém 2, Praça Mauá, Rio de Janeiro, o encontro reunirá autoridades, especialistas e representantes de sete grupos sociais: pessoas com deficiência, indígenas, quilombolas, LGBTQIA+, migrantes, moradores de favelas e pessoas em situação de rua.
Promovido em parceria com a Secretaria Geral da Presidência da República (SGPR), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Associação Brasileira de Estudos Populacionais (ABEP) e a Comissão Nacional de População e Desenvolvimento (CNPD), o evento está com inscrições abertas pelo site oficial do G20: g20.cadastro9.com.br.
Relatório e Vozes que Ecoam na Cúpula
Representantes dos sete grupos compartilharão suas experiências em um formato de talk show, destacando as barreiras e desigualdades enfrentadas na busca por reconhecimento e representação. Esta abordagem reflete o objetivo do SWOP 2024: promover uma sociedade onde todas as pessoas sejam visíveis e tenham seus direitos assegurados. Conforme ressaltou Florbela Fernandes, representante do UNFPA no Brasil: “Este relatório é um fio condutor para todas as minorias políticas, reforçando a importância de garantir que todas as pessoas, independentemente de gênero, orientação sexual ou condição social, tenham acesso a todos os direitos fundamentais para uma vida plena e digna. O estudo nos lembra, ainda, que há muito a ser feito para remover as barreiras que limitam a autonomia plena de muitas pessoas”, destacou Florbela Fernandes.
O SWOP 2024 evidencia lacunas na coleta de dados e reforça a necessidade de políticas públicas que reflitam as realidades dos grupos mais vulneráveis. A ausência de visibilidade nos dados oficiais frequentemente contribui para a perpetuação das desigualdades, explicitando a urgência de sistemas de informação mais inclusivos e pautados em direitos humanos. Além disso, o relatório aborda a importância de garantir o acesso a saúde e direitos sexuais e reprodutivos para todas as pessoas, destacando as dificuldades enfrentadas por diversas comunidades para serem plenamente reconhecidas e incluídas nas políticas públicas.
Cultura e Inclusão: Cordel, Repente e Rendeira Como Metáforas de Diversidade
Para ilustrar o tema do evento e reforçar a mensagem de que “cada pessoa conta,” o encontro contará com expressões culturais brasileiras tradicionais, como o cordel, o repente e o trabalho das rendeiras. A literatura de cordel, conhecida por sua narrativa poética envolvente, trará versos inspiradores sobre justiça e equidade, traduzindo as lutas por dignidade e visibilidade das comunidades representadas. Um exemplo de verso:
“As populações de Rua
Cujo piso é o asfalto;
O preço da fome é alto;
É da conta minha e tua,
Dor da injustiça que atua
Por este país imenso.
Enquanto versejo, penso:
Cada situação crítica
Necessita de política…
Política pública, bom senso…”
Além do cordel, repentistas improvisarão versos inspirados nos depoimentos dos participantes, enquanto artesãs rendeiras tecerão renda ao vivo, simbolizando como cada fio representa uma vida essencial para o tecido social brasileiro. Essas expressões culturais ilustram a riqueza da diversidade brasileira e reforçam a mensagem de que cada pessoa desempenha um papel essencial na construção de uma sociedade mais justa e inclusiva.
Participantes e representantes dos grupos
Os sete grupos serão representados por vozes significativas, cada uma trazendo a experiência e a realidade de sua comunidade:
- Pessoas com deficiência: Anna Paula Feminella, Secretária Nacional de Direitos da Pessoa com Deficiência do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania.
- Pessoas indígenas: Marciano Rodrigues, da Articulação dos Povos Indígenas do Sul (ArpinSul), representante da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB).
- Comunidades quilombolas: Maryellen de Almeida, da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (CONAQ).
- Pessoas LGBTQIA +: Gilmara Cunha, do Grupo Conexão G de Cidadania LGBT de Favelas.
- Pessoas migrantes: Anderson Mattos, da Organização Hermanitos, que apoia imigrantes e refugiados venezuelanos em Manaus.
- Moradoras e moradores de favelas e comunidades: Gabriel Oliveira, da Central Única das Favelas (CUFA) e coordenador nacional do G20 Favelas.
- Pessoas em situação de rua: Anderson Lopes Miranda, cofundador do Movimento Nacional da População em Situação de Rua e Coordenador Geral do Comitê Intersetorial de Acompanhamento e Monitoramento da Política Nacional para População em Situação de Rua.
Sobre o UNFPA: O UNFPA, Fundo de População das Nações Unidas, é uma agência de cooperação internacional para o desenvolvimento que promove o direito de cada mulher, homem e criança a viver uma vida saudável, com igualdade de oportunidades para todos.
Apoia os países na utilização de dados sociodemográficos para a formulação de políticas e programas de redução da pobreza. Contribui para assegurar que todas as gestações sejam desejadas, todos os partos sejam seguros, todos os jovens fiquem livres do HIV e todas as meninas e mulheres sejam tratadas com dignidade e respeito.
Serviço:
Lançamento do Relatório Situação da População Mundial 2024 em português
“Vidas entrelaçadas, fios de esperança. Porque cada pessoa conta”.
Data: Sábado, 16 de novembro
Horário: das 14h às 16h
Local: Armazém 2, na região da Praça Mauá, Rio de Janeiro.
Politica
Governo lança 2ª Estratégia Brasileira de Educação Midiática e ganha destaque na semana global da UNESCO sobre o tema
O secretário de Políticas Digitais da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, João Brant, anunciou o lançamento da 2ª Estratégia Brasileira de Educação Midiática, que aprofunda ações voltadas à promoção de habilidades críticas para acessar e analisar informações, à formação de professores e à cooperação internacional. Foto: Secom-PR
Durante Global MIL Week, em Cartagena, na Colômbia, Secom apresentou os principais resultados da política nacional de educação midiática e reforçou a cooperação com países da América Latina e com a França
Os avanços brasileiros em educação midiática estiveram em destaque na Global Media and Information Literacy Week 2025, conferência mundial da UNESCO realizada em Cartagena, na Colômbia, entre os dias 22 e 25 de outubro. A delegação brasileira apresentou as principais políticas e experiências nacionais no tema, reforçando o compromisso do país com a construção de um ecossistema informacional mais democrático, confiável e participativo.
Representando o ministro da Secom, João Brant, secretário de Políticas Digitais, participou da mesa de encerramento da conferência ao lado do Vice-ministro de Transformação Digital da Colômbia, Oscar Alexander Ballén e Tawfik Jelassi, Diretor-Geral Adjunto de Comunicação e Informação da UNESCO. No painel, Brant anunciou o lançamento da 2ª Estratégia Brasileira de Educação Midiática, que aprofunda ações voltadas à promoção de habilidades críticas para acessar e analisar informações, à formação de professores e à cooperação internacional.
“A educação midiática é essencial para fortalecer a democracia. Quando as pessoas têm ferramentas para compreender e participar criticamente do ambiente informacional, o debate público se torna mais justo e mais plural. Essa nova Estratégia aprofunda esse compromisso do Brasil com uma sociedade que valoriza o diálogo e enfrenta a desinformação de forma coletiva.”, afirmou João Brant.
“A educação midiática é essencial para fortalecer a democracia. Quando as pessoas têm ferramentas para compreender e participar criticamente do ambiente informacional, o debate público se torna mais justo e mais plural. Essa nova Estratégia aprofunda esse compromisso do Brasil com uma sociedade que valoriza o diálogo e enfrenta a desinformação de forma coletiva”
João Brant, secretário de Políticas Digitais
ATUALIZAÇÃO DA ESTRATÉGIA – Lançada em 2023 e coordenada pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), a primeira Estratégia Brasileira de Educação Midiática apresentou eixos de atuação e prioridades da política, como formação de professores, enfoque na educação básica e nas temáticas relacionadas ao uso de telas e dispositivos por crianças e adolescentes. Em sua segunda edição, a Estratégia destaca os instrumentos de implementação da política e os principais resultados alcançados, especialmente em articulação com o Ministério da Educação, tais como:
- Inserção da Educação Midiática nos editais do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), fazendo com que o tema integre, pela primeira vez, o conteúdo dos livros didáticos que chegam às escolas brasileiras;
- Primeira coleção de cursos sobre Educação Digital e Midiática, com 80 cursos disponibilizados na plataforma AVAMEC do Ministério da Educação, totalizando mais de 340.000 certificações gratuitas;
- Primeiras diretrizes nacionais do Conselho Federal de Educação sobre o uso de dispositivos digitais em ambientes escolares e a integração curricular da educação midiática, prevendo que todas as escolas do país tenham o tema nos seus currículos até 2026;
A nível internacional, a Estratégia Brasileira de Educação Midiática também oportunizou a realização de projetos com França, Dinamarca, Finlândia e países membros da Rede Latinoamericana de Cidadania Digital da UNESCO. Além disso, a temática da educação midiática compõe um dos eixos da Iniciativa Global para a Integridade da Informação sobre Mudanças Climáticas liderada pelo governo brasileiro em parceria com a Organização das Nações Unidas e UNESCO.
GLOBAL MIL WEEK 2025 – Na semana global da UNESCO em Cartagena, a Secom participou de três painéis temáticos. O primeiro apresentou iniciativas-modelo de educação midiática, com foco na inserção do tema nos currículos escolares brasileiros e na mobilização social. A mesa reuniu representantes do Instituto Palavra Aberta, da Secretaria de Comunicação de Alagoas, representada pelo secretário Wendel Palhares, da Secretaria de Educação da Bahia, e do CEIBAL, do Ministério da Educação do Uruguai, parceiro da Secom no desenvolvimento de currículos em educação midiática e cidadania digital.
Em outro painel, o Brasil apresentou, em parceria com o CLEMI (Centro para Educação Midiática da França), os resultados do projeto MídiaCOP, que qualificou professores da região Norte para a cobertura jornalística e crítica da COP30 por estudantes. O projeto inaugura um modelo inovador de formação de educadores voltado à sustentabilidade em articulação com a educação midiática.
A terceira mesa destacou a primeira Estratégia Brasileira de Educação Midiática no contexto da Rede Latino-Americana de Cidadania Digital, coordenada pela UNESCO Montevidéu. A discussão reforçou o papel do Brasil como referência regional no desenho de políticas públicas que combinam formação docente, pesquisa e participação social.
Durante o evento, Brasil e França também anunciaram a segunda fase da cooperação bilateral iniciada com o projeto MídiaCOP. A nova etapa ampliará a formação de professores em educação midiática e climática para todos os estados brasileiros, com o apoio do CLEMI e da Embaixada da França no Brasil.
“Essa parceria é um exemplo de como a cooperação internacional pode fortalecer a educação e a democracia. O diálogo entre Brasil e França, com apoio da UNESCO, mostra que enfrentar a desinformação exige redes de confiança e de conhecimento”, completou Brant.
SBEM – No contexto da Global MIL Week, o governo brasileiro realiza, desde 2023, a Semana Brasileira de Educação Midiática (SBEM). Promovida em parceria entre a Secom e o Ministério da Educação com apoio da UNESCO, a edição de 2025 da Semana tem início nesta terça-feira (28) com uma abertura presencial em Brasília e se estende até sexta-feira com atividades online e presenciais em todos os estados do Brasil, promovidas por escolas e universidades. Saiba mais sobre a Semana aqui.
Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República
CONTATOS:
ATENDIMENTO
E-mail: secom.imprensa@presidencia.
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FOTOGRAFIA
E-mail: seaud.secom@presidencia.gov.br
Tel.: (61) 98100-1993 (apenas por mensagem via Whatsapp)
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