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Um terço dos homens admitem violência a mulheres

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Consulta representantiva mostra que boa parte da população masculina alemã acata os papéis tradicionais de gênero. Até “pesar a mão” contra a parceira para “impor respeito” é aceitável. Homossexualidade “incomoda”.Em pleno século 21, os papéis tradicionais de gênero ainda vigoram para muitos jovens da Alemanha, resultando, em parte, numa alta aceitação da violência no relacionamento. A conclusão é de uma pesquisa representativa de âmbito nacional da organização de ajuda humanitária e desenvolvimento Plan International Deutschland.

Dos homens entre 18 e 35 anos consultados, 33% consideraram “aceitável” terem que vez por outra “pesar a mão” numa briga com as parceiras; 34% já apelaram para a violência a fim de “impor respeito” a elas.

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O encarregado no assunto da federação de política dos sexos Bundesforum Männer, Karsten Kassner, declarou-se “horrorizado” com os resultados: “É problemático um terço dos homens indagados minimizar a agressão física contra mulheres. Isso precisa mudar urgentemente.”

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Para analistas do grupo de mídia Funke, o estudo mostra também que a imagem tradicional das “prendas domésticas” está fixada em muitas cabeças masculinas do país: para 52% dos jovens consultados, seu papel é ganhar o suficiente para que a mulher fique cuidando principalmente da casa.

Liberdade sexual feminina, homossexualidade “incomodam”

A consulta online da Plan International Deutschland, envolvendo mil homens e mil mulheres entre os 18 e 35 anos de idade, realizou-se entre 9 e 21 de março de 2023, através de um formulário escrito padronizado.

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Os dados mostraram, ainda, que metade dos jovens não está disposta a um relacionamento com uma mulher que já teve diversos parceiros sexuais. Além disso, é grande a repulsa contra manifestações públicas de homossexualidade, que deixariam 48% dos entrevistados “incomodados”.

Outra constatação é que 51% consideram-se fracos e vulneráveis se demonstram sentimentos – embora 63% admitam já terem se sentido tristes, solitários ou isolados. “Os papéis clássicos ainda estão ancorados nas cabeças da sociedade”, resumiu Alexandra Tschacher, porta-voz da organização.

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Apesar de, em princípio, estarem dispostos a se engajar por mais igualdade entre e contra os clichês de gênero, muitos homens não traduzem essa intenção em ações concretas, comentou Kassner. Para ele, seria também função da política modificar as condições básicas: sendo um bom exemplo a licença paga para o pai, após o parto.

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A organização de ajuda ao desenvolvimento Plan International se define como um dos maiores e mais antigos serviços de assistência infantil, operando em mais de 50 países. Por sua vez, reunindo 38 organizações, a federação Bundesforum Männer se dedica ao trabalho de política intersexos, junto a adolescentes e adultos do sexo masculino, e pais.

av (KNA,AFP)

Fonte: IstoÉ

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Exposição “As Mulheres Cabaças” celebra a força feminina indígena

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Memorial dos Povos Indígenas estreia primeira mostra temporária de 2025

O Memorial dos Povos Indígenas (Zona Cívico-Administrativa, em frente ao Memorial JK) exibirá sua primeira exposição temporária no dia 28 de janeiro, com abertura a partir das 19h. O público poderá apreciar, até o dia 16 de fevereiro, as obras de As Mulheres Cabaças, uma homenagem à ancestralidade e ao protagonismo feminino do povo Mehin (Krahô). Idealizada pela artista indígena Kessia Daline Krahô, a mostra faz parte do edital de incentivo às exposições temporárias do Memorial, promovido pela gestão do projeto educativo da ONG Amigos da Vida, que conta com recursos do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal.

“As Mulheres Cabaças” apresenta um conjunto de trinta cabaças que narram histórias fundamentais para a formação e a identidade de seu povo, homenageando a luta e a força das mulheres indígenas. As peças destacam a força matriarcal e a sabedoria ancestral que atravessa gerações. Além disso, a mostra resgata a simbologia das cabaças como representação do feminino, da fertilidade e da conexão com a terra.

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Sob essa perspectiva, Kessia Daline Krahô exalta a cosmovisão cultural dos Mehin, enfatizando a conexão sagrada entre as mulheres indígenas, a natureza e todos os elementos que compõem o universo. “Nós, mulheres indígenas, estamos intimamente ligadas à terra e aos ciclos que sustentam a vida”, reflete a artista.

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A exposição conduz os visitantes por uma jornada imersiva em três histórias essenciais para a identidade cultural dos Mehin. A criação do cosmos e da vida: representa a origem do universo e o papel central das mulheres como criadoras e guardiãs. A segunda história mostra a centralidade feminina nos conhecimentos sobre a terra, nutrição e medicina e a terceira história se aprofunda no entendimento de quem são as mulheres cabaças e celebra o protagonismo das mulheres indígenas na política, economia e preservação dos ciclos naturais.

Sobre a artista

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Mulher indígena de origem tocantinense residente no DF, possui formação acadêmica em Serviço Social pela Universidade de Brasília (UnB). Atualmente é pedagoga em formação pela Universidade Paulista (UNIP), trabalha como educadora social indígena em uma escola pública no DF. É artista independente e, desde 2018, vem caminhando e realizando trabalhos artísticos em diversas áreas, como: performance, pintura, contação de histórias para crianças, arte-educação, atriz, poetisa, modelo fotográfica, cantora e atua também entre outras linguagens artísticas. Na caminhada, já fez palco desde a rua a lugares como Unibes CulturalSP e casas de cultura pelo país. A artista utiliza sua voz para fortalecer também o coletivo e honrar sua caminhada aqui, permitida por suas e seus ancestrais através das artes. É por meio das artes que Kessia Daline Krahô vem realizando diversos trabalhos artísticos, firme que seu corpo e sua arte são protagonistas para a representatividade de histórias plurais e que fogem do padrão vigente na sociedade como um todo.

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O Memorial

O acervo do Memorial dos Povos Indígenas possui um inventário formado por peças de plumárias, cerâmicas e com os insumos próprios de diversas etnias. No espaço, há uma reserva técnica com as peças doadas do acervo particular dos antropólogos Darcy Ribeiro, Berta Ribeiro e Eduardo Galvão. No espaço também há peças apreendidas pela polícia federal na Operação Pindorama.

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Serviço
Memorial dos Povos Indígenas
(Zona Cívico-Administrativa, em frente ao Memorial JK)
Funcionamento: De terça-feira a domingo, de 09h às 17h
Informações: @memorialdospovosindigenas
Acesso: 
gratuito

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