Curiosidades
Veja quem é a mulher que deu golpe em amiga para fazer casamento de luxo

Mulher está presa e vai responder por estelionato – (crédito: Cedido ao Correio)
Susy Ferreira de Aguiar aplicou golpe até no marido. O homem só descobriu a verdade quando soube da prisão da esposa. Segundo ele, desde quando conheceu a suspeita, teve as contas bancárias invadidas várias vezes
Susy é filha de uma amiga da vítima e as duas iniciaram uma amizade. No final de fevereiro, a idosa comentou com ela que tinha um débito pertinente a um apartamento alienado junto à Caixa Econômica. A suspeita ofereceu ajuda e indicou um suposto advogado especializado em direito imobiliário. O profissional chegou a entrar em contato com a vítima por telefone, disse que conseguiria renegociar a dívida e precisaria apenas do CPF e do nome completo dela.
Mas o que parecia uma saída logo se tornaria um pesadelo. Susy disse à idosa que R$ 30 mil seria o valor necessário para quitar toda a dívida e orientou a vítima a fazer um empréstimo no banco. Em depoimento prestado na 12ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Centro), a idosa contou que confidenciou à Susy as senhas bancárias para que ela pudesse efetuar as transações financeiras. Além dos R$ 30 mil, Susy pediu mais R$ 9,5 mil à idosa para pagar impostos.
Com o telefone da vítima, Susy fez várias transferências via PIX. Em 1º de março, ela transferiu R$ 30 mil. No dia 7, foram feitas mais duas transações no valor de R$ 10 mil cada. No dia seguinte, mais um depósito de R$ 10 mil e, em 14 de março, R$ 5 mil.
Festa de casamento
Todas as transferências foram destinadas para uma única conta em nome de uma empresária do ramo de festas, com nome fantasia de Lys Events. Desconfiada da quantidade de movimentações financeiras na conta, a idosa contratou uma advogada para verificar o andamento do processo referente à hipoteca da casa. Ao Correio, a advogada Laryssa Dias Rêgo Ferraz contou que, ao verificar os destinatários dos valores, constatou que, na verdade, tratava-se de fornecedores de casamento e que não havia quaisquer processos em trâmite que tratassem da revisão das parcelas do apartamento.
Desconfiada, a idosa questionou Susy sobre o ocorrido e trocou as senhas bancárias. Nessa quarta-feira (15/3), segundo a advogada, a estelionatária implorou à vítima para que elas se encontrassem pessoalmente, pois iria provar que não se tratava de golpe. “Uma suposta oficial de Justiça teria entrado em contato com a minha cliente para falar sobre uma audiência de conciliação. Algo totalmente estranho, pois constava no e-mail que havia documentos anexados, mas, na verdade, não tinha. Fui ao apartamento da vítima e constatei que se tratava de um golpe”, afirmou a advogada.
Segundo as investigações, a estelionatária usou os dados pessoais da própria advogada de defesa para “criar” a oficial de justiça, na tentativa de convencer a vítima de que não se tratava de um golpe. Na delegacia, a advogada, ao descobrir a verdade, abandonou o caso e prestou depoimento contra a autora.
A vítima e a suspeita foram conduzidas à delegacia na manhã dessa quarta-feira para prestar depoimento. Susy foi presa em flagrante e, durante o interrogatório, negou o crime e alegou que só tinha a intenção de ajudar a idosa. Disse ainda que não tinha acesso às contas bancárias da mulher.
A destinatária dos valores transferidos da conta da idosa também prestou depoimento. Trata-se da cerimonialista contratada para fazer o casamento da criminosa. À polícia, a mulher contou que cobrou R$ 900 pelo serviço. Mas Susy transferiu um total de R$ 33 mil para a conta dela e pediu para a profissional retirar o dinheiro cobrado e devolver o resto. A mulher relatou que não desconfiou de nada, pois achou que a conta fosse do marido de Susy e, por isso, não a questionou.
A cerimonialista só descobriu que a conta dela havia sido usada para movimentar o dinheiro da vítima depois da prisão de Susy.
Golpe no marido
Chamado para depor, o marido da estelionatária relatou que mantinha um relacionamento com a suspeita há cerca de dois anos. Os dois são casados no civil desde novembro e fariam a festa neste domingo, com um total de 250 convidados.
Na delegacia, ao prestar depoimento, o rapaz disse nunca ter desconfiado de qualquer atitude criminosa da mulher, mas expôs uma série de golpes sofridos por ele desde março do ano passado. O primeiro deles foi referente à venda de um carro, depois dele anunciar o veículo em um site de vendas. De acordo com ele, na época, Susy indicou um amigo para vender o automóvel e repassou a conta da mãe dela para que fosse feito o depósito. No entanto, a mulher dizia a todo momento que o dinheiro não poderia ser retirado, pois estava sendo aplicado.
O homem ainda alegou ter tido a conta bancária invadida várias vezes e ter identificado diversas compras efetuadas pela internet. A vítima chegou a ter o nome negativado e gastou R$ 6 mil com uma advogada indicada pela própria esposa. Mas, na delegacia, descobriu, pela própria advogada, que ela jamais teria o representado em alguma ação e que, na verdade, tratava-se de um golpe. A reportagem não localizou a defesa de Susy. O espaço segue aberto para manifestação.
Fonte: Correio Brasiliense

Curiosidades
Exposição “As Mulheres Cabaças” celebra a força feminina indígena

Memorial dos Povos Indígenas estreia primeira mostra temporária de 2025
O Memorial dos Povos Indígenas (Zona Cívico-Administrativa, em frente ao Memorial JK) exibirá sua primeira exposição temporária no dia 28 de janeiro, com abertura a partir das 19h. O público poderá apreciar, até o dia 16 de fevereiro, as obras de As Mulheres Cabaças, uma homenagem à ancestralidade e ao protagonismo feminino do povo Mehin (Krahô). Idealizada pela artista indígena Kessia Daline Krahô, a mostra faz parte do edital de incentivo às exposições temporárias do Memorial, promovido pela gestão do projeto educativo da ONG Amigos da Vida, que conta com recursos do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal.
“As Mulheres Cabaças” apresenta um conjunto de trinta cabaças que narram histórias fundamentais para a formação e a identidade de seu povo, homenageando a luta e a força das mulheres indígenas. As peças destacam a força matriarcal e a sabedoria ancestral que atravessa gerações. Além disso, a mostra resgata a simbologia das cabaças como representação do feminino, da fertilidade e da conexão com a terra.
Sob essa perspectiva, Kessia Daline Krahô exalta a cosmovisão cultural dos Mehin, enfatizando a conexão sagrada entre as mulheres indígenas, a natureza e todos os elementos que compõem o universo. “Nós, mulheres indígenas, estamos intimamente ligadas à terra e aos ciclos que sustentam a vida”, reflete a artista.
A exposição conduz os visitantes por uma jornada imersiva em três histórias essenciais para a identidade cultural dos Mehin. A criação do cosmos e da vida: representa a origem do universo e o papel central das mulheres como criadoras e guardiãs. A segunda história mostra a centralidade feminina nos conhecimentos sobre a terra, nutrição e medicina e a terceira história se aprofunda no entendimento de quem são as mulheres cabaças e celebra o protagonismo das mulheres indígenas na política, economia e preservação dos ciclos naturais.
Sobre a artista
Mulher indígena de origem tocantinense residente no DF, possui formação acadêmica em Serviço Social pela Universidade de Brasília (UnB). Atualmente é pedagoga em formação pela Universidade Paulista (UNIP), trabalha como educadora social indígena em uma escola pública no DF. É artista independente e, desde 2018, vem caminhando e realizando trabalhos artísticos em diversas áreas, como: performance, pintura, contação de histórias para crianças, arte-educação, atriz, poetisa, modelo fotográfica, cantora e atua também entre outras linguagens artísticas. Na caminhada, já fez palco desde a rua a lugares como Unibes CulturalSP e casas de cultura pelo país. A artista utiliza sua voz para fortalecer também o coletivo e honrar sua caminhada aqui, permitida por suas e seus ancestrais através das artes. É por meio das artes que Kessia Daline Krahô vem realizando diversos trabalhos artísticos, firme que seu corpo e sua arte são protagonistas para a representatividade de histórias plurais e que fogem do padrão vigente na sociedade como um todo.
O Memorial
O acervo do Memorial dos Povos Indígenas possui um inventário formado por peças de plumárias, cerâmicas e com os insumos próprios de diversas etnias. No espaço, há uma reserva técnica com as peças doadas do acervo particular dos antropólogos Darcy Ribeiro, Berta Ribeiro e Eduardo Galvão. No espaço também há peças apreendidas pela polícia federal na Operação Pindorama.
Serviço
Memorial dos Povos Indígenas
(Zona Cívico-Administrativa, em frente ao Memorial JK)
Funcionamento: De terça-feira a domingo, de 09h às 17h
Informações: @memorialdospovosindigenas
Acesso: gratuito
Baú Comunicação Integrada
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