Esporte
Bia Haddad atropela romena e é a 1ª brasileira nas oitavas de Wimbledon desde 1976

Bia Haddad (Crédito: THOMAS SAMSON / AFP)
Bia Haddad Maia está nas oitavas de final de Wimbledon. Jogando contra a romena Sorana Cirstea neste sábado, a brasileira número 13 do ranking voltou a vencer um primeiro set depois de nove jogos, o primeiro em Wimbledon, para garantir classificação na terceira rodada. Com uma grande atuação, Bia Haddad venceu Cirstea por 2 sets a 0, com parciais de duplo 6/2.
Bia Haddad Maia é a primeira brasileira desde Maria Esther Bueno, em 1976, a chegar nas oitavas de final em Wimbledon. Ela também iguala o feito de Maria Esther ao alcançar as oitavas de dois Grand Slams no mesmo ano. Após 21 anos, esta também é a primeira vez que um brasileiro alcança a fase oitavas de final de Wimbledon em simples no masculino ou feminino, o que havia acontecido pela última vez com André Sá, em 2002.
Com o resultado tranquilo diante da romena número 37 do ranking da WTA, Bia volta a vencer um jogo que não seja de virada após seis partidas. O resultado positivo veio após apenas 1h30 em quadra, o que é importante para a brasileira evitar desgaste na sequência da competição, principalmente com seu histórico recente de lesões.
Após vitórias difíceis de virada contra a casaque Yulia Putintseva e contra a também romena Jaqueline Cristian, Bia Haddad mostrou mais frieza e controle do jogo nesta terceira rodada. A adversária de Bia nas oitavas de final virá do confronto entre a britânica Katie Boulter e a casaque Elena Rybakina. Com céu nublado em Londres na manhã deste sábado, a chuva começou a cair apenas ao fim da partida, mas as demais disputas do dia poderão ser interrompidas.
Dos oito primeiros games, somente três não chegaram no 40/40. Com frieza, a brasileira foi melhor nas definições, ganhou confiança ao conseguir duas quebras logo cedo e encaminhou a vitória no set por 6/2. Apesar da ótima vantagem no placar, o primeiro set foi mais difícil do que o resultado final sugeriu.
No segundo set, Bia Haddad seguiu ditando o ritmo do jogo e conseguiu uma vantagem ainda mais tranquila, abrindo 4 a 0 de forma muito rápida. A paulistana mais uma vez iniciou o set com duas quebras e, durante os serviços da Bia, Cristea não chegou a pontuar. Bia ainda fez quatro aces para manter a vantagem de forma tranquila.

Esporte
De olho nas Olimpíadas de 2028, Mirelle Leite disputa Maratona Brasília

Mirelle disputará a Maratona no percurso de 5km. – (crédito: Neoenergia Brasília/Divulgação)
Focada em se tornar a primeira indígena a representar o Brasil nos Jogos, a pernambucana Mirelle Leite disputará a corrida de 5km como parte do processo rumo a Los Angeles-2028
Ela tem um sonho, e um dos atalhos para realizá-lo passa pela prova de 5km da Maratona Brasília 2025, apoiada pelo Correio, no próximo dia 21, segunda-feira, na celebração do aniversário da capital. Aos 23 anos, Mirelle Leite Silva deseja utilizar as avenidas largas do percurso como parte do processo para se tornar a primeira atleta indígena a disputar os Jogos Olímpicos. Ela quase obteve o índice para integrar o Time Brasil no atletismo e competir nos 3.000m com barreira em Paris-2024. O projeto está renovado no ciclo rumo a Los Angeles-2028.
“Vou me dedicar ao máximo para estar lá. Isso vai representar um importante marco para ampliar a inclusão social dos povos originários no Brasil”, vislumbra Mirelle, em entrevista ao Correio.
Natural da reserva indígena Xucuru, no pé da Serra do Jucá, às margens do rio Ipanema, no distrito de Cimbres, município de Pesqueira, em Pernambuco, Mirelle é tricampeã sul-americana nos 3.000m com obstáculos. Em 2024, 33 segundos e 29 milésimos separaram a corredora da vaga para os Jogos de Paris-2024. O melhor tempo dela foi 9min56s29. O índice técnico estabelecido era 9min23s.
Há muita história e amor envolvidos no sonho olímpico. Quando Mirella tinha seis meses de idade, os pais e oito filhos foram expulsos da aldeia, após um conflito indígena. Faltava dinheiro para sustentar a família. O assassinato do pai agravou as finanças. Em busca de renda, Mirella passou a ajudar a mãe, Maria José da Silva, em faxinas, até ser apresentada às corridas de rua.
Embaixadora da Neoenergia, apoiadora da Maratona Brasília 2025, terceiro sargento da Força Aérea Brasileira (FAB) e mãe apaixonada pelo filho de 7 anos, Mirelle corre pelo time do maior grupo privado do setor elétrico do país. No desafio de 5km, ela simulará o Sul-Americano de Mar del Plata, de 25 a 27 de abril.
Mirelle competirá em Brasília, turbinada por um período de treinos de alto nível na cidade de Paipa, na Colômbia. O intercâmbio durou 35 dias. A preparação especial na altitude de 2.500m serviu para aprimorar o rendimento e estabelecer novas marcas expressivas nas competições de 3.000m com obstáculos, 3.000m livre e 1.500m livre. A altitude em Brasília é menor (1.172m). Logo, o fôlego será maior. Sinal de que ela tem tudo para voar baixo na prova dos 5km pelos cartões postais da capital do país.
O DF dá sorte a Mirelle. Ela ostenta duas conquistas no nosso quadrado, ambas em provas de 5km. “Brasília é sempre um lugar especial para mim. Estive aqui no ano passado, em duas oportunidades, e ganhei as duas provas que corri”, conta. “Sei a tradição da Maratona Brasília e espero repetir os meus resultados. Estou muito animada para essa prova”.
Em 2024, Mirelle disputou a Pink For Life e o SBT Sport Sunset. A pernambucana competiu nos 5km e concluiu ambas em primeiro, com os tempos de 15min2s e 19min30s, respectivamente.
* Estagiária sob a supervisão de Marcos Paulo Lima
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