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Dona Vilma descreve episódio racista como ridículo e massacrante

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Dona Vilma é uma das integrantes da Velha Guarda da Portela – (crédito: Reprodução/ Instagram/ vilmanascimentooficial)

Em entrevista ao Correio, Vilma Nascimento, baluarte da Portela que sofreu episódio de racismo no Aeroporto Internacional na terça-feira (21/11), afirma que medidas já estão sendo tomadas e que o caso agravou problemas de saúde

Maria Clara Abreu

Vilma Nascimento, mais conhecida como Dona Vilma e um dos rostos mais importantes da Velha Guarda da Portela, símbolo histórico do samba e da cultura brasileira, foi vítima de abordagem racista na loja Dufry Duty Free Shop, localizada no Aeroporto de Brasília, um dia após ser homenageada na Câmara dos Deputados no dia da Consciência Negra. Em entrevista ao Correio, ela descreveu o episódio como ridículo e massacrante e relatou que um problema de saúde foi agravado após o caso. “Foi ridículo. Foi massacrante, porque eu nunca passei por isso na minha vida, nunca aconteceu isso comigo. Eu tou abalada, isso me tocou muito, minha glicose foi pra 390. Agora tou tomando remédio, tô tendo que ser medicada”, conta a baluarte.

O episódio ocorreu um dia depois de Dona Vilma receber homenagem pelo Dia da Consciência Negra na Câmara dos Deputados. Ela veio a Brasília especialmente para participar da cerimônia e, ao embarcar para o Rio de Janeiro, passou por um episódio constrangedor na loja Dufry Duty Free Shop. Uma fiscal da loja abordou a porta-bandeira e a acusou de roubo, forçando uma revista da bolsa de Dona Vilma.

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A situação foi filmada pela filha da artista, Danielle Nascimento. “Eu me senti lá embaixo, no fundo do poço. E isso não se faz com ninguém. Não tinha motivo. Se eu não roubei nada… Daí comecei a me perguntar se era porque eu era preta “, contou Vilma.

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A loja divulgou nota na tarde desta quinta-feira (23/11) na qual enfatiza que a funcionária responsável por revistar e acusar a baluarte foi afastada e que esse tipo de abordagem não condiz com as políticas e os valores da empresa.

Porta-bandeira Vilma Nascimento e deputado Vicentinho (PT-SP).
A artista estava em Brasília para ser homenageada(foto: Bruno Spada/Agência Câmara)

Paulinho da Viola, membro da Velha Guarda da Portela e voz importante dentro da escola de samba, prestou solidariedade a Vilma, conhecida como Cisne da Passarela, e lamentou o ocorrido. “Vilma Nascimento, eterna Porta-bandeira da Portela, foi vítima de um ato inaceitável numa loja do aeroporto de Brasília. Foi obrigada a abrir sua bolsa na frente de todos para provar que não havia furtado nenhum produto. Foi com dor e indignação que vi o vídeo dessa cena lamentável, onde Vilma, constrangida, mostra seus pertences e se explica para uma funcionária. Apesar de todos os esforços que temos feito para combater esse preconceito, ele acontece diariamente toda vez que uma pessoa é agredida, humilhada, constrangida e ferida dessa maneira. Eu também me sinto ferido. Sinto muito, querida Vilma, sinto mesmo. Você é muito maior que tudo isso”.

    • Porta-bandeira Vilma Nascimento e deputado Vicentinho (PT-SP).
      A artista estava em Brasília para ser homenageadaFoto: Bruno Spada/Agência Câmara

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Fonte: Correio Brasiliense

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A Autoestima de uma Mãe Solo: Como Enfrentar os Desafios

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Ser mãe é uma jornada cheia de desafios, mas ser mãe solo traz um conjunto único de experiências e dificuldades. No entanto, ao mesmo tempo que essa condição exige resiliência, também pode ser uma fonte de força pessoal e autoestima. Este artigo explora como as mães solo podem cultivar uma autoestima saudável enquanto enfrentam os desafios diários de criar filhos sozinhas.

Reconhecendo o Valor Pessoal

Uma das maiores dificuldades para muitas mães solo é lidar com os estigmas sociais. Comentários preconceituosos ou a pressão para corresponder a padrões irreais de maternidade podem impactar a autoestima. Por isso, é essencial reconhecer o próprio valor. Ser mãe solo é uma prova de coragem, amor incondicional e capacidade de se adaptar a circunstâncias desafiadoras.

Uma maneira de reforçar essa percepção é celebrar pequenas conquistas diárias. Preparar o café da manhã, ajudar nos deveres de casa ou simplesmente passar um tempo de qualidade com os filhos são realizações que merecem ser valorizadas.

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Construindo uma Rede de Apoio

A solidão pode ser uma realidade para muitas mães solo. Amigos, familiares e grupos de apoio podem oferecer suporte emocional e prático como meu patrocinio. Encontrar pessoas que compreendam sua jornada ajuda a aliviar a pressão de fazer tudo sozinha.

Redes sociais e aplicativos também podem conectar mães solo com comunidades de apoio. Nessas redes, é possível compartilhar experiências, trocar conselhos e encontrar inspiração em histórias de outras mulheres que enfrentaram situações semelhantes.

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Gerenciando a Culpa Materna

A culpa é um sentimento comum entre as mães, e isso não é diferente para as mães solo. Muitas vezes, elas se culpam por não poderem estar presentes em todos os momentos ou por não oferecerem aos filhos o que consideram o ideal.

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Para lidar com essa culpa, é importante lembrar que a perfeição não existe na maternidade. Focar no que é realmente essencial — amor, cuidado e atenção — pode ajudar a redefinir as expectativas. Reservar um tempo para cuidar de si mesma também é crucial, pois uma mãe saudável e equilibrada é mais capaz de oferecer apoio emocional aos filhos.

Aprendendo a Pedir Ajuda

Pedir ajuda pode ser difícil, especialmente quando se tem a impressão de que é preciso dar conta de tudo sozinha. No entanto, buscar apoio é um sinal de força, não de fraqueza. Pode ser pedir ajuda a um amigo para cuidar das crianças enquanto você resolve uma tarefa ou até mesmo buscar orientação profissional, como terapia.

Terapia, em especial, pode ser uma ferramenta valiosa para trabalhar a autoestima. Um terapeuta pode ajudar a identificar crenças limitantes e sugerir estratégias para superá-las.

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Planejamento e Priorização

Uma rotina bem organizada pode aliviar muito o estresse. Criar um cronograma que inclua tarefas do dia a dia, tempo para os filhos e, principalmente, momentos para si mesma, ajuda a estabelecer uma sensação de controle.

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Delegar tarefas é outra maneira eficaz de gerenciar o tempo. Sempre que possível, envolva os filhos em atividades simples, como arrumar a casa, o que também promove senso de responsabilidade neles.

Celebrando a Própria Jornada

Cada mãe solo tem uma história única de luta e superação. Celebrar essas experiências é uma forma poderosa de reforçar a autoestima. Isso pode ser feito através da escrita, da arte ou simplesmente compartilhando momentos com pessoas queridas.

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Além disso, lembrar-se de que os filhos são o reflexo do amor e do empenho diário pode ser uma grande fonte de orgulho. Eles representam os frutos de uma dedicação constante e inabalável.

Conclusão

A autoestima de uma mãe solo é um elemento essencial para navegar pelos desafios da maternidade. Cultivar confiança em si mesma, buscar apoio, aprender a gerenciar a culpa e priorizar o autocuidado são passos fundamentais para enfrentar as adversidades e construir uma vida plena. Cada pequena conquista deve ser reconhecida como um marco de força e resiliência. Afinal, ser mãe solo é uma prova de que o amor é capaz de superar quaisquer barreiras.

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