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BNDES aprova valor recorde com Fundo Clima e vê combustível sustentável de aviação bombando

Publicado em

Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

Banco público busca dobrar orçamento no ano que vem, indo a R$ 20 bi; comitê gestor pede foco em projetos que contribuam para Brasil cumprir meta de redução de emissões

ALEXA SALOMÃO
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

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O BNDES aprovou, de abril a outubro deste ano, a liberação de R$ 7,3 bilhões do Fundo Clima, dos R$ 10,4 bilhões disponíveis para investimentos em projetos de combate às mudanças climáticas. Desse total, 70% (R$ 5,1 bilhões), foram para empreendimentos ligados à transição energética. A proposta orçamentária para 2025 tem previsão para dobrar o aporte no fundo, indo a R$ 20 bilhões.

Mesmo sem o ano terminar, as aprovações já são recorde. Apesar de existir desde 2009, o Fundo Clima tinha atuação residual antes de uma reestruturação, em 2023, levar à arrancada deste ano. Os números constam de balanço preliminar que o BNDES, responsável pela gestão dos recursos, apresentou ao comitê gestor do fundo, documento ao qual a Folha teve acesso.

Foram aprovados projetos em áreas como eletrificação de frota de ônibus, descarbonização de indústrias e florestas nativas. Segundo o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, chamou a atenção a demanda para projetos de combustíveis sustentáveis em diversas modalidades, incluindo transporte aéreo e navegação.

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“Somos líderes globais da agenda de biocombustíveis há mais de 50 anos e a demanda para entrarmos nos combustíveis sustentáveis está muito forte. Por isso, precisamos, pelo menos, dobrar os recursos do Fundo Clima, como já está previsto no orçamento do ano que vem”, afirmou Mercadante.

Segundo a economista Tereza Campello, diretora Socioambiental do BNDES, a expectativa é aprovar os R$ 2,6 bilhões ainda disponíveis até o final deste ano. As solicitações protocoladas no banco e ainda em análise já somam R$ 11,5 bilhões.

As prioridades para investimentos em 2025 vão ser discutidas com o comitê gestor. Baseado na demanda, o BNDES já identifica potencial para aumento da participação de segmentos estratégicos na nova fronteira de combate a emissões, especialmente no desenvolvimento e produção de SAF (sigla em inglês para combustível sustentável de aviação).

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“SAF é uma área que vai bombar, e diria que tende a ser o carro-chefe no próximo período”, diz Campello.

O banco ainda vê demanda para projetos com biodiesel de segunda geração e biometano. Também monitora a organização do mercado em relação ao hidrogênio verde, para criar um modelo de atuação do fundo nesse segmento.

Para o próximo ano, existe ainda grande expectativa em relação aos projetos que serão apresentados pelos prefeitos eleitos. Um segmento que já avança e tende a manter ritmo, estima Campello, é a eletrificação da frota de transporte público.

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“Tanto concessionárias quanto o próprio setor público mostram interesse e, como o Brasil produz ônibus elétrico, temos aí uma combinação de promoção da indústria nacional com a geração de empregos verdes”, diz Campello.

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“O impacto positivo de redução das emissões nas cidades é importante nesse caso, até sob o ponto de vista da saúde.”

Os setores eleitos são definidos no PAAR (Plano Anual de Aplicação de Recursos). O Fundo Clima não financia, por exemplo, a construção de hidrelétrica, partindo do entendimento que esse empreendimento é atendido por outras fontes financeiras.

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No setor de energia, existe ainda a avaliação que não é preciso usar o Fundo Clima para bancar segmentos já maduros, como o de energia solar, fonte já se popularizou e está inserida no mercado. Neste ano, o fundo aprovou mais de R$ 2 bilhões para projetos solares (veja infográfico).

“O destino dos recursos precisa ser discutido, e esse debate já foi aberto”, diz Campello.
O Fundo Clima foi criado há 15 anos como um instrumento do governo federal para combater os efeitos das mudanças climáticas. No entanto, mesmo oferecendo condições mais acessíveis (leia abaixo as condições), estava praticamente paralisado, recebendo cerca de R$ 400 milhões por ano de recursos de royalties de petróleo, repassados pelo Tesouro Nacional.

O avanço neste ano faz parte de uma reestruturação que incluiu, afora o aporte com royalties, uma forte injeção de US$ 2 bilhões captados pela emissão de títulos verdes, o que mudou a escala financeira. Segundo Campello, o desempenho após a reestruturação mostra que o fundo se ressentia da falta de recursos que, quando disponibilizados para o banco, a partir de abril, atraíram rapidamente a atenção dos empresários.

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“Os números mostram que não apenas o banco consegue operacionalizar como há forte demanda. Os valores são inéditos, para o governo e para o BNDES no que se refere a investimento no combate à mudança climática.”

O BNDES também destacou ao conselho que os projetos aprovados evitam ou removem anualmente 3,3 milhões de tCO2e (toneladas de carbono equivalente). Outro avanço em relação ao ano anterior, quando os projetos eleitos evitavam ou removiam da atmosfera 204 mil tCO2e por ano ano.

Segundo Natalie Unterstell, presidente do Instituto Talanoa, think tank dedicado à política climática, que integra o comitê gestor do Fundo Clima, o ritmo da execução preliminar apresentado pelo BNDES foi bem recebido. Nos sete meses de 2024 foram liberados mais que o dobro do valor disponibilizado de 2013 a 2023. A expectativa do grupo agora é que o banco calibre alguns procedimentos, especialmente o acompanhamento da redução das emissões.

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“O fundo existe para dar respostas à crise climática, e houve debate sobre ter alguma meta de redução de emissões por real investido, por exemplo, que o BNDES ficou de apresentar e propor na próxima reunião”, explica Unterstell.

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“Há uma preocupação geral dos representantes da sociedade civil quanto a aumentar o impacto do fundo em termos de apoio à NDC [sigla em inglês para Contribuição Nacionalmente Determinada, o compromisso assumido por cada país que assinou o Acordo de Paris para reduzir as emissões de gases de efeito estufa].”

A expectativa é que o BNDES se concentre nos projetos com maior impacto na redução de emissões, contribuindo no cumprimento da meta brasileira de cortar 48% de suas emissões até 2025 e em 53% até 2030, em relação ao montante de 2005.

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O balanço preliminar do Fundo Clima mostra ainda que os projetos eleitos neste ano para receber recursos geram 46, 2 mil empregos durante a fase de implantação e outros 15,1 mil permanentes. O resultado é um avanço expressivo em relação a 2023, quando foram gerados 1,8 mil postos provisórios e 753 permanentes.

CONDIÇÕES DE FINANCIAMENTO

As diretrizes do Fundo Clima foram alteradas. Até 2023 o custo financeiro variava de 0,1% a 3% ao ano. Com a ampliação da escala, foi feita uma reestruturação. Os custos e demais condições foram definidos pelo Conselho Monetário Nacional, na resolução 5095, de 24 de agosto de 2023. Agora, o fundo opera com:

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– duas modalidades: recursos não reembolsáveis, com o MMA (Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima) e recursos reembolsáveis, que são administrados pelo BNDES e liberados na forma de financiamento com condições mais acessíveis
– a taxa das operações é 6,15% ao ano. Há duas exceções: apoio a energia solar e eólica, na finalidade Transição Energética, com taxa de 8% ao ano, e Florestas Nativas, com taxa de 1% ao ano
– a remuneração do BNDES é de 1,1%, mais um spread de risco para cobertura de perdas com eventuais inadimplências. Como o spread de risco mínimo é 0,2% , a taxa do BNDES é a partir de 1,3%
– nas operações indiretas, feita por banco parceiro, o financiamento inclui, além da taxa do BNDES, a taxa do agente financeiro, de até 2,5% ao ano

Fonte: Jornal de Brasilia

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Politica

Governo lança 2ª Estratégia Brasileira de Educação Midiática e ganha destaque na semana global da UNESCO sobre o tema

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O secretário de Políticas Digitais da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, João Brant, anunciou o lançamento da 2ª Estratégia Brasileira de Educação Midiática, que aprofunda ações voltadas à promoção de habilidades críticas para acessar e analisar informações, à formação de professores e à cooperação internacional. Foto: Secom-PR

Durante Global MIL Week, em Cartagena, na Colômbia, Secom apresentou os principais resultados da política nacional de educação midiática e reforçou a cooperação com países da América Latina e com a França

Os avanços brasileiros em educação midiática estiveram em destaque na Global Media and Information Literacy Week 2025, conferência mundial da UNESCO realizada em Cartagena, na Colômbia, entre os dias 22 e 25 de outubro. A delegação brasileira apresentou as principais políticas e experiências nacionais no tema, reforçando o compromisso do país com a construção de um ecossistema informacional mais democrático, confiável e participativo.

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Representando o ministro da Secom, João Brant, secretário de Políticas Digitais, participou da mesa de encerramento da conferência ao lado do Vice-ministro de Transformação Digital da Colômbia, Oscar Alexander Ballén e Tawfik Jelassi, Diretor-Geral Adjunto de Comunicação e Informação da UNESCO. No painel, Brant anunciou o lançamento da 2ª Estratégia Brasileira de Educação Midiática, que aprofunda ações voltadas à promoção de habilidades críticas para acessar e analisar informações, à formação de professores e à cooperação internacional.
“A educação midiática é essencial para fortalecer a democracia. Quando as pessoas têm ferramentas para compreender e participar criticamente do ambiente informacional, o debate público se torna mais justo e mais plural. Essa nova Estratégia aprofunda esse compromisso do Brasil com uma sociedade que valoriza o diálogo e enfrenta a desinformação de forma coletiva.”, afirmou João Brant.

“A educação midiática é essencial para fortalecer a democracia. Quando as pessoas têm ferramentas para compreender e participar criticamente do ambiente informacional, o debate público se torna mais justo e mais plural. Essa nova Estratégia aprofunda esse compromisso do Brasil com uma sociedade que valoriza o diálogo e enfrenta a desinformação de forma coletiva”

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João Brant, secretário de Políticas Digitais
ATUALIZAÇÃO DA ESTRATÉGIA – Lançada em 2023 e coordenada pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), a primeira Estratégia Brasileira de Educação Midiática apresentou eixos de atuação e prioridades da política, como formação de professores, enfoque na educação básica e nas temáticas relacionadas ao uso de telas e dispositivos por crianças e adolescentes. Em sua segunda edição, a Estratégia destaca os instrumentos de implementação da política e os principais resultados alcançados, especialmente em articulação com o Ministério da Educação, tais como:

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  • Inserção da Educação Midiática nos editais do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), fazendo com que o tema integre, pela primeira vez, o conteúdo dos livros didáticos que chegam às escolas brasileiras;
  • Primeira coleção de cursos sobre Educação Digital e Midiática, com 80 cursos disponibilizados na plataforma AVAMEC do Ministério da Educação, totalizando mais de 340.000 certificações gratuitas;
  • Primeiras diretrizes nacionais do Conselho Federal de Educação sobre o uso de dispositivos digitais em ambientes escolares e a integração curricular da educação midiática, prevendo que todas as escolas do país tenham o tema nos seus currículos até 2026;

A nível internacional, a Estratégia Brasileira de Educação Midiática também oportunizou a realização de projetos com França, Dinamarca, Finlândia e países membros da Rede Latinoamericana de Cidadania Digital da UNESCO. Além disso, a temática da educação midiática compõe um dos eixos da Iniciativa Global para a Integridade da Informação sobre Mudanças Climáticas liderada pelo governo brasileiro em parceria com a Organização das Nações Unidas e UNESCO.

GLOBAL MIL WEEK 2025 – Na semana global da UNESCO em Cartagena, a Secom participou de três painéis temáticos. O primeiro apresentou iniciativas-modelo de educação midiática, com foco na inserção do tema nos currículos escolares brasileiros e na mobilização social. A mesa reuniu representantes do Instituto Palavra Aberta, da Secretaria de Comunicação de Alagoas, representada pelo secretário Wendel Palhares, da Secretaria de Educação da Bahia, e do CEIBAL, do Ministério da Educação do Uruguai, parceiro da Secom no desenvolvimento de currículos em educação midiática e cidadania digital.

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Em outro painel, o Brasil apresentou, em parceria com o CLEMI (Centro para Educação Midiática da França), os resultados do projeto MídiaCOP, que qualificou professores da região Norte para a cobertura jornalística e crítica da COP30 por estudantes. O projeto inaugura um modelo inovador de formação de educadores voltado à sustentabilidade em articulação com a educação midiática.

A terceira mesa destacou a primeira Estratégia Brasileira de Educação Midiática no contexto da Rede Latino-Americana de Cidadania Digital, coordenada pela UNESCO Montevidéu. A discussão reforçou o papel do Brasil como referência regional no desenho de políticas públicas que combinam formação docente, pesquisa e participação social.

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Durante o evento, Brasil e França também anunciaram a segunda fase da cooperação bilateral iniciada com o projeto MídiaCOP. A nova etapa ampliará a formação de professores em educação midiática e climática para todos os estados brasileiros, com o apoio do CLEMI e da Embaixada da França no Brasil.

“Essa parceria é um exemplo de como a cooperação internacional pode fortalecer a educação e a democracia. O diálogo entre Brasil e França, com apoio da UNESCO, mostra que enfrentar a desinformação exige redes de confiança e de conhecimento”, completou Brant.
SBEM – No contexto da Global MIL Week, o governo brasileiro realiza, desde 2023, a Semana Brasileira de Educação Midiática (SBEM). Promovida em parceria entre a Secom e o Ministério da Educação com apoio da UNESCO, a edição de 2025 da Semana tem início nesta terça-feira (28) com uma abertura presencial em Brasília e se estende até sexta-feira com atividades online e presenciais em todos os estados do Brasil, promovidas por escolas e universidades. Saiba mais sobre a Semana aqui.

 

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Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República

CONTATOS:
ATENDIMENTO
E-mail: secom.imprensa@presidencia.gov.br
Tel.: (61) 3411-1601/1044

FOTOGRAFIA
E-mail: seaud.secom@presidencia.gov.br
Tel.: (61) 98100-1993 (apenas por mensagem via Whatsapp)

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