Politica
Bolha do crédito com FGTS? CDH acende alerta sobre endividamento em massa e silêncio institucional
Nova modalidade de empréstimo ameaça fundo do trabalhador e agrava crise financeira das famílias.
“Estamos diante de uma bomba-relógio social”, alertou a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) na abertura da audiência pública que sacudiu os corredores do Senado nesta quinta-feira (10). O encontro, promovido pela Comissão de Direitos Humanos (CDH), jogou luz sobre uma pauta incômoda, mas urgente: os impactos do empréstimo consignado com garantia do FGTS sobre milhões de trabalhadores brasileiros, especialmente os mais pobres.
A audiência ocorre após o Congresso Nacional aprovar a medida que libera essa modalidade de crédito, mesmo diante de graves alertas feitos por defensores públicos, educadores financeiros e especialistas em proteção ao consumidor. Segundo a presidente da CDH, o debate não é tardio — é necessário. “Aqui não tem conversa fiada: queremos encaminhamentos, propostas e enfrentamento real do problema”, disparou Damares.
Crédito fácil, dívida eterna
O educador financeiro Reinaldo Domingos, presidente da Abefin, foi enfático: “Estamos ensinando o brasileiro a consumir dívida, e não a administrar renda”. Ele classificou a política como um “atalho para o abismo”, lembrando que a falsa sensação de oportunidade esconde juros elevados, contratos confusos e ausência de planejamento financeiro.
Já o defensor público-geral federal, Leonardo Cardoso de Magalhães, foi ainda mais duro: “Estamos normalizando a exploração da miséria. A pessoa recorre ao empréstimo porque não tem alternativa. Isso não é escolha. É desespero”.
Bancos x trabalhadores
Representando a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Ivo Mósca tentou amenizar a tensão ao defender “transparência” e “educação financeira”, mas enfrentou resistência. Para muitos presentes, a realidade é clara: a expansão do consignado com FGTS é um presente aos bancos, pago com o suor e o desespero do trabalhador.
O representante do Ministério do Trabalho, Carlos Augusto Simões Gonçalves Júnior, reconheceu que a pauta preocupa o governo e afirmou que estão sendo avaliadas formas de ampliar a proteção jurídica do trabalhador. Mas, para parte dos especialistas, o Estado já está atrasado. “A porteira foi aberta e ninguém perguntou ao boi se ele queria sair”, resumiu um técnico da área de proteção ao consumidor que acompanhava a audiência.
Quem lucra com o caos?
A audiência foi acompanhada por gabinetes parlamentares, organizações civis, cidadãos endividados, e membros da sociedade civil que, mesmo antes da transmissão começar, já enviavam perguntas e denúncias. A CDH apresentou um vídeo introdutório para explicar, em linguagem clara, o que muitos bancos e empresas de crédito preferem esconder: a engrenagem invisível que transforma FGTS em lucro privado.
“Essa Comissão não vai se calar. Esta Casa precisa ter coragem de tocar em feridas. E esta audiência é só o começo”, afirmou a senadora Damares, que ainda cobrou encaminhamentos legislativos, responsabilização de abusos e regulamentação séria do setor de crédito.
Fonte: Ascom Senadora Damares
Politica
Governo lança 2ª Estratégia Brasileira de Educação Midiática e ganha destaque na semana global da UNESCO sobre o tema
O secretário de Políticas Digitais da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, João Brant, anunciou o lançamento da 2ª Estratégia Brasileira de Educação Midiática, que aprofunda ações voltadas à promoção de habilidades críticas para acessar e analisar informações, à formação de professores e à cooperação internacional. Foto: Secom-PR
Durante Global MIL Week, em Cartagena, na Colômbia, Secom apresentou os principais resultados da política nacional de educação midiática e reforçou a cooperação com países da América Latina e com a França
Os avanços brasileiros em educação midiática estiveram em destaque na Global Media and Information Literacy Week 2025, conferência mundial da UNESCO realizada em Cartagena, na Colômbia, entre os dias 22 e 25 de outubro. A delegação brasileira apresentou as principais políticas e experiências nacionais no tema, reforçando o compromisso do país com a construção de um ecossistema informacional mais democrático, confiável e participativo.
Representando o ministro da Secom, João Brant, secretário de Políticas Digitais, participou da mesa de encerramento da conferência ao lado do Vice-ministro de Transformação Digital da Colômbia, Oscar Alexander Ballén e Tawfik Jelassi, Diretor-Geral Adjunto de Comunicação e Informação da UNESCO. No painel, Brant anunciou o lançamento da 2ª Estratégia Brasileira de Educação Midiática, que aprofunda ações voltadas à promoção de habilidades críticas para acessar e analisar informações, à formação de professores e à cooperação internacional.
“A educação midiática é essencial para fortalecer a democracia. Quando as pessoas têm ferramentas para compreender e participar criticamente do ambiente informacional, o debate público se torna mais justo e mais plural. Essa nova Estratégia aprofunda esse compromisso do Brasil com uma sociedade que valoriza o diálogo e enfrenta a desinformação de forma coletiva.”, afirmou João Brant.
“A educação midiática é essencial para fortalecer a democracia. Quando as pessoas têm ferramentas para compreender e participar criticamente do ambiente informacional, o debate público se torna mais justo e mais plural. Essa nova Estratégia aprofunda esse compromisso do Brasil com uma sociedade que valoriza o diálogo e enfrenta a desinformação de forma coletiva”
João Brant, secretário de Políticas Digitais
ATUALIZAÇÃO DA ESTRATÉGIA – Lançada em 2023 e coordenada pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), a primeira Estratégia Brasileira de Educação Midiática apresentou eixos de atuação e prioridades da política, como formação de professores, enfoque na educação básica e nas temáticas relacionadas ao uso de telas e dispositivos por crianças e adolescentes. Em sua segunda edição, a Estratégia destaca os instrumentos de implementação da política e os principais resultados alcançados, especialmente em articulação com o Ministério da Educação, tais como:
- Inserção da Educação Midiática nos editais do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), fazendo com que o tema integre, pela primeira vez, o conteúdo dos livros didáticos que chegam às escolas brasileiras;
- Primeira coleção de cursos sobre Educação Digital e Midiática, com 80 cursos disponibilizados na plataforma AVAMEC do Ministério da Educação, totalizando mais de 340.000 certificações gratuitas;
- Primeiras diretrizes nacionais do Conselho Federal de Educação sobre o uso de dispositivos digitais em ambientes escolares e a integração curricular da educação midiática, prevendo que todas as escolas do país tenham o tema nos seus currículos até 2026;
A nível internacional, a Estratégia Brasileira de Educação Midiática também oportunizou a realização de projetos com França, Dinamarca, Finlândia e países membros da Rede Latinoamericana de Cidadania Digital da UNESCO. Além disso, a temática da educação midiática compõe um dos eixos da Iniciativa Global para a Integridade da Informação sobre Mudanças Climáticas liderada pelo governo brasileiro em parceria com a Organização das Nações Unidas e UNESCO.
GLOBAL MIL WEEK 2025 – Na semana global da UNESCO em Cartagena, a Secom participou de três painéis temáticos. O primeiro apresentou iniciativas-modelo de educação midiática, com foco na inserção do tema nos currículos escolares brasileiros e na mobilização social. A mesa reuniu representantes do Instituto Palavra Aberta, da Secretaria de Comunicação de Alagoas, representada pelo secretário Wendel Palhares, da Secretaria de Educação da Bahia, e do CEIBAL, do Ministério da Educação do Uruguai, parceiro da Secom no desenvolvimento de currículos em educação midiática e cidadania digital.
Em outro painel, o Brasil apresentou, em parceria com o CLEMI (Centro para Educação Midiática da França), os resultados do projeto MídiaCOP, que qualificou professores da região Norte para a cobertura jornalística e crítica da COP30 por estudantes. O projeto inaugura um modelo inovador de formação de educadores voltado à sustentabilidade em articulação com a educação midiática.
A terceira mesa destacou a primeira Estratégia Brasileira de Educação Midiática no contexto da Rede Latino-Americana de Cidadania Digital, coordenada pela UNESCO Montevidéu. A discussão reforçou o papel do Brasil como referência regional no desenho de políticas públicas que combinam formação docente, pesquisa e participação social.
Durante o evento, Brasil e França também anunciaram a segunda fase da cooperação bilateral iniciada com o projeto MídiaCOP. A nova etapa ampliará a formação de professores em educação midiática e climática para todos os estados brasileiros, com o apoio do CLEMI e da Embaixada da França no Brasil.
“Essa parceria é um exemplo de como a cooperação internacional pode fortalecer a educação e a democracia. O diálogo entre Brasil e França, com apoio da UNESCO, mostra que enfrentar a desinformação exige redes de confiança e de conhecimento”, completou Brant.
SBEM – No contexto da Global MIL Week, o governo brasileiro realiza, desde 2023, a Semana Brasileira de Educação Midiática (SBEM). Promovida em parceria entre a Secom e o Ministério da Educação com apoio da UNESCO, a edição de 2025 da Semana tem início nesta terça-feira (28) com uma abertura presencial em Brasília e se estende até sexta-feira com atividades online e presenciais em todos os estados do Brasil, promovidas por escolas e universidades. Saiba mais sobre a Semana aqui.
Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República
CONTATOS:
ATENDIMENTO
E-mail: secom.imprensa@presidencia.
Tel.: (61) 3411-1601/1044
FOTOGRAFIA
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Tel.: (61) 98100-1993 (apenas por mensagem via Whatsapp)
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