Politica
Deputados repudiam caso de racismo contra professora em escola de Ceilândia

A deputada Doutora Jane vai pedir investigação da Polícia Civil sobre o ocorrido
Amplamente divulgado nas redes sociais, um vídeo que mostra um aluno entregando um pacote de palha de aço para uma professora negra no Centro de Ensino Médio 9 (CEM9), em Ceilândia, repercutiu hoje (14) no plenário da Câmara Legislativa do Distrito Federal. A deputada Doutora Jane (Agir) condenou o episódio com veemência. “O que vimos foi um desrespeito à mulher negra e professora. Racismo não é brincadeira, racismo é crime. No caso daquele jovem, é um ato infracional análogo ao crime de racismo”, explicou. A distrital informou ainda que seu mandato vai pedir investigação imediata da Polícia Civil sobre o ocorrido.
O deputado Joaquim Roriz Neto (PL) também manifestou seu repúdio. “Essa situação é inadmissível. Temos que combater todo tipo de racismo. Precisamos entender que esse racismo estrutural leva à violência contra a mulher”, afirmou. O deputado Gabriel Magno (PT) sublinhou a crueldade implícita em casos como esse. “O racismo, o machismo e o preconceito que várias professoras enfrentam se revelam muito cruel, pois as pessoas dizem que é só uma brincadeira. Não vimos nenhuma solidariedade naquele vídeo. A ignorância parece que tomou conta de uma parcela da sociedade”, criticou.
Reajuste – As reivindicações salariais dos professores da rede de ensino pública também foram lembradas. “O último aumento dado aos trabalhadores da educação foi no governo Agnelo. Já se vão mais de 8 anos”, reclamou Chico Vigilante (PT). Gabriel Magno observou que “das carreiras de nível superior no DF, os professores ocupam a última posição com o menor salário entre todas as carreiras do governo”. Ricardo Vale (PT) justificou as reivindicações salariais da categoria. “Muitos professores não conseguem sustentar suas famílias de forma digna. Há professores aposentados vivendo no desespero”, afirmou.
Eder Wen – Agência CLDF

Politica
Paula Belmonte fará votação virtual de requerimentos para a CPI do Melchior

40 convites a membros dos órgãos de controle e empresas privadas estão pendentes de aprovação
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a poluição do Rio Melchior fará a votação virtual de 40 requerimentos. A medida, respaldada pelo Artigo 99 do Regimento Interno da Câmara Legislativa, é uma alternativa à falta de quórum presencial constatado nas últimas duas reuniões realizadas em Plenário. A presidente do colegiado, deputada distrital Paula Belmonte (Cidadania), também deve agendar cinco oitivas, já aprovadas pela CPI em sua primeira reunião, e as visitas técnicas.
“A ausência de deputados no Plenário não pode ser um impedimento para seguirmos com o nosso trabalho. Reitero que esta é uma CPI propositiva, onde temos o objetivo de apontar soluções para a degradação do Rio Melchior e devolvê-lo à comunidade”, destaca a distrital.
Sessão virtual
A distrital abrirá os trabalhos on-line na próxima semana. Com isso, os membros da comissão terão um prazo de, até, cinco dias para manifestar o voto por meio de assinatura eletrônica. Elas são consideradas “extraordinárias”, não alterando o cronograma de atividades presenciais na Câmara Legislativa. O rito segue os padrões das sessões virtuais promovidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Estão previstos 40 convites para representantes de órgãos de controle e empresas privadas que operam na região. Elas serão ouvidas sobre a possível responsabilidade no manejo do rio.
Oitivas
Outro passo que a CPI deve dar é a marcação das oitivas já aprovadas na primeira reunião. Entre os convidados, estão o secretário de Meio Ambiente do Distrito Federal, Gutemberg Gomes; e o presidente da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa), Raimundo Ribeiro. Além deles, estão previstas as presenças de:
* Nathália Lima de Araújo Almeida: superintendente de Licenciamento Ambiental (Sulam) do Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Distrito Federal (Ibram);
* Simone de Moura Rosa: superintendente de Fiscalização, Auditoria e Monitoramento (Sufam) do Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Distrito Federal (Ibram); e
* Luciano Pereira Miguel: subsecretário de Gestão das Águas e Resíduos Sólidos da Secretaria de de Meio Ambiente do Distrito Federal (SEMA).
In loco
Também está prevista a realização de uma visita técnica ao Rio Melchior. Parlamentares e técnicos irão até o local verificar em que condições estão as águas do Melchior, e qual o impacto real para a comunidade.
Histórico da CPI do Rio Melchior
A degradação do Rio Melchior é uma das grandes questões ambientais do Distrito Federal. O rio está entre as cidades de Samambaia, Ceilândia e Sol Nascente/Pôr do Sol, região onde vivem cerca de 1,3 milhão de pessoas.
A comunidade da Cerâmica é a mais prejudicada por estar bem próxima ao leito do rio. Os habitantes sofrem com diversos problemas de saúde causados pelo consumo da água. O Melchior é classificado como “nível 4” pelo Conselho de Recursos Hídricos do Distrito Federal (CRH), sendo considerado impróprio para usos como abastecimento humano, irrigação e pesca. Em outras palavras, quando um curso d’água atinge essa classificação, é considerado como “morto”.
No entanto, especialistas afirmam que é possível salvar o Rio Melchior. Paula Belmonte, ainda quando ocupava o cargo de deputada federal, visitou a região e tomou a frente da questão, propondo uma investigação para saber quais são as causas da poluição e como a situação crítica pode ser revertida.
Já na Câmara Legislativa, a parlamentar protocolou a realização da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). O colegiado foi formado em março, com a eleição dos cargos. No dia 3, aconteceu a primeira reunião da CPI.
Fonte: Ascom Dep. Paula Belmonte
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