Politica
Medidas protetivas mais rígidas contra agressores de mulheres, pede especialista

(crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
Ao Podcast, a presidente da Comissão de Combate à Violência Doméstica e Familiar da OAB-DF, Cristina Tubino, afirmou que a falta de rigor na lei e a fragilidade na punição aos agressores podem ser responsáveis pela crescente alta de crimes contra a mulher
Convidada do Podcast do Correio Braziliense, desta segunda-feira (26/6), Cristina Tubino, presidente da Comissão de Combate à Violência Doméstica e Familiar da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-DF), aborda a violência doméstica e o crescente número de feminicídio ocorridos no Distrito Federal.
Para a especialista, o total de crimes e a forma como eles ocorrem demonstram a fragilidade na aplicação da lei e a falta de implantação de políticas públicas eficazes, por parte do poder público. O Distrito Federal vive uma onda violência contra a mulher, o número crescente de feminicídio ocorridos em apenas seis meses no DF supera as mortes no mesmo período do ano passado. De janeiro a junho são 18 casos registrados.
Em entrevista às jornalistas Adriana Bernardes e Aline Brito, Cristina Tubino destacou a necessidade de medidas protetivas mais rígidas a serem aplicadas pelo Poder Judiciário, contra os agressores das mulheres, como uso de tornozeleira eletrônica e a falta de investimento na prevenção a violência tem levado mulheres a morte de forma cruel e com uma proximidade espantosa entre um crime e outro.
“Esse homem se sentiria constrangido com o equipamento, pois estaria visível, emitiria um som, caso ele fizesse um percurso maior que o estipulado. Mas o problema começa na delegacia ao emitir o boletim de ocorrência, pede medida protetiva que se resume apenas na distância de 300 metros do agressor, e isso não inibe ele de cometer o crime. São muitas as medidas que a vítima tem direito, mas elas não sabem, falta informação”, ressalta.
De acordo com Cristina, a forma como o homem vê a mulher precisa ser transformada, deixar de ser uma questão cultural e histórica, onde a mulher sempre teve seus direitos privados, seja em várias profissões, ou em quaisquer circunstâncias, como por exemplo quando ela decide colocar fim em um relacionamento.
“A luta para que as mulheres sejam vistas com direitos iguais é permanente, a mulher está sempre num lugar de inferioridade. Não temos uma política preventiva de conscientização para combater a violência doméstica e o crime. 2022 o ano com menor investimento em políticas públicas de defesa voltadas à mulher e a igualdade de gênero, e o reflexo pode ser visto com esse aumento na morte de mulheres”, destaca Cristina.
“Tanto delegacias, como o Poder Judiciário devem acolher a mulher vítima de violência e não colocar a denúncia dela em dúvida. É preciso tirar das costas da mulher a obrigação de denunciar crimes de violência doméstica, porque muitas vezes a mulher não sabe que está sendo vítima, dependendo do tipo da violência aplicada pelo agressor. Denunciar é uma obrigação de toda a sociedade. A conscientização começa na escola, com educação. O papel do estado é aprimorar a rede de acolhimento da mulher vítima de violência, como inclusão automática em programas sociais e atendimento psicológico. A prevenção de forma ampla e efetiva, salva a vida de uma mulher”, ressalta a advogada.
Tipos de violência doméstica contra a mulher
Violência física:
É qualquer conduta que ofenda a integridade corporal ou a saúde da mulher com uso de força, qualquer ato que machuque.
Violência psicológica:
Qualquer ação que cause dano emocional e diminuição da autoestima da mulher, como a proibição dela trabalhar, estudar, sair de casa, ou viajar, falar com amigos ou parentes.
Violência sexual:
Essa violência é qualquer ato que constranja a mulher a presenciar, a manter ou a participar de relação sexual não desejada; quando a mulher é obrigada a se prostituir, a fazer aborto, a usar anticoncepcionais contra a sua vontade ou quando a mesma sofre assédio sexual.
Violência patrimonial:
É a retenção, subtração, destruição parcial ou total de objetos que pertençam à mulher, como telefones, computadores, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos.
Correio Brasiliense

Politica
Metodologia “Em Um Piscar de Olhos” amplia atendimento oftalmológico nas escolas do DF

Fotos: André Amendoeira, Ascom/SEEDF A Secretaria de Saúde do Distrito Federal, em parceria com a Secretaria de Educação, está reforçando o Programa Saúde na Escola (PSE) ao adotar a metodologia “Em Um Piscar de Olhos”, que visa agilizar o atendimento oftalmológico para mais de 56 mil estudantes do ensino público.
Nesta quinta-feira, 15, Planaltina foi palco do lançamento dessa iniciativa integrada, que proporciona triagem oftalmológica nas unidades escolares sem a necessidade de dilatação de pupilas, diagnósticos oftalmológicos completos em formato de mutirão e óculos gratuitos, quando necessários e por fim todas as etapas integradas dentro de SISO (sistema integrado de saúde oftalmológica).
Com o foco em promover a inclusão educacional e melhorar a saúde ocular dos alunos, a metodologia aborda o diagnóstico precoce e o atendimento humanizado, refletindo a preocupação com o bem-estar escolar.
Dados indicam que aproximadamente 23% da evasão escolar no ensino fundamental está relacionada a problemas de visão. O evento contou com a presença de autoridades como o secretário-adjunto de Saúde, Valmir Lemos, a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, e o deputado federal Rafael Prudente. Leonardo Figueiredo, criador da metodologia ressalta a previsão do Conselho Brasileiro de Oftalmologia de que um terço dos alunos no Brasil tem problemas de visão, destacando a importância do atendimento rápido para as crianças. “Estamos felizes em estar presentes nas escolas, oferecendo um atendimento rápido e eficaz. Acreditamos que, ao identificar problemas de visão precocemente, podemos garantir que cada criança tenha a oportunidade de aprender sem barreiras. Esse é o grande objetivo do Em Um Piscar de Olhos”, disse.
A secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, destacou a importância de expandir a metodologia “Em Um Piscar de Olhos” para todas as 14 regionais de ensino. Isso inclui desde a educação infantil até o EJA, assegurando não apenas consultas oftalmológicas e a distribuição de óculos, mas também a coleta de dados essenciais para orientar futuras políticas públicas.
“Queremos implementar essa metodologia em todas as regionais, garantindo que cada aluno, desde a infância até a educação de jovens e adultos, tenha acesso ao cuidado oftalmológico necessário. Isso nos permite não só cuidar da saúde dos estudantes, mas também coletar dados valiosos para melhorar nossas políticas educacionais”, completou.
O secretário-adjunto de Saúde, Valmir Lemos, enfatizou a importância de oferecer atenção oftalmológica também às crianças, principalmente durante a fase de aprendizado. “Essa atenção é crucial para proporcionar condições iguais de aprendizado, abordando diretamente os problemas de visão que podem afetar o desempenho escolar dos alunos”, destacou.
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