Saúde
Estratégia Saúde da Família leva “novo olhar” para comunidade do Recanto das Emas

Agna Santana Borges Xavier, 60, foi uma das mais de 50 pessoas que foram ao encontro destinado aos moradores da Quadra 106 do Recanto das Emas. “Parece que enxergam a gente de verdade”, afirma. Foto: Sandro Araújo, da Agência Saúde-DF.
Equipe da UBS 3 da região aposta em encontros com a comunidade para fazer escuta qualificada, orientar de forma mais precisa e garantir tratamento do início ao fim
“A gente pode confiar no senhor?”. Essa foi a pergunta que fizeram ao clínico geral do Programa Mais Médicos, Marcio Serrano, que atua na Unidade Básica de Saúde (UBS) 3 do Recanto das Emas. Dispostos a criar vínculo com cada paciente, médico e equipe apostam na essência da Estratégia Saúde da Família (ESF), por meio da proximidade com a população, para acolher demandas e tirar dúvidas além das paredes dos consultórios.
Para isso, a Equipe de Saúde da Família (eSF) da UBS concilia atendimentos e encontros com a comunidade como estratégia para alcançar ainda mais pessoas. Toda semana, às terças-feiras, são realizadas reuniões com os pacientes locais. Por meio desse processo, a equipe faz prevenção, diagnóstico, acompanhamento e cria vínculo.
Equipe de Saúde da Família (eSF) da UBS 3 do Recanto das Emas concilia atendimentos e encontros com a comunidade como estratégia para alcançar ainda mais pessoas. Foto: Sandro Araújo, da Agência Saúde-DF.
“É na construção dessa relação que conseguimos ouvir as queixas, acolher e entender as demandas, falar sobre o que devem fazer, onde devem ir, como funcionam os fluxos e assim otimizar todo o serviço de saúde”, explica o médico, que faz especialização em Medicina da Família e Comunidade.
Na reunião de terça (16), no Salão Paroquial São Miguel, no Recanto, a professora aposentada Agna Xavier, 60 anos, sentiu algo que há tempos não sentia. “Consegui ver algo, percebi uma atenção, a forma de falar, parece que enxergam a gente de verdade”, afirma. Agna foi uma das mais de 50 pessoas que foram ao encontro destinado aos moradores da Quadra 106. Ela foi diagnosticada com um câncer de pele há cinco anos. Do diagnóstico ao acompanhamento, tudo foi feito na UBS. “Agradeço imensamente por isso.”
Celi Fernandes Corrêa, 59 anos, também acredita que tem motivos para comemorar. Ela e as duas filhas fizeram todo o pré-natal na UBS e as consultas dos netos são todas na unidade. Hoje, para cuidar do corpo e da mente, Celi também faz atividade física por meio de serviços oferecidos no local. “Tudo que procurei sempre consegui, mas agora, com essas reuniões, com o médico aqui perto, é uma coisa que nunca tinha visto. Muito mais organizado”, comenta.
Segundo Ana Cláudia Rodrigues, presidente do Conselho de Saúde da região, a proximidade entre especialistas e comunidade é um passo à frente para melhorar o serviço de saúde. “É assim que vamos conseguir estar perto da população, ouvir o que eles precisam e fazer alguma coisa, porque muitas vezes, sem esse vínculo, os tratamentos ficam pelo meio do caminho. Nesse formato, a população tem mais segurança”, pondera.
A partir dessa proximidade, é possível orientar de forma mais precisa, transmitir informações adequadas de acordo com a escuta qualificada e com garantia da oferta de tratamento do início ao fim. “Estamos em um momento de abrir uma nova página, começar uma nova história, em que a gente possa fazer melhor”, completa o médico da ESF.
Estratégia Saúde da Família
Há sete anos, o Distrito Federal aderiu à ESF, que completou 30 anos no Sistema Único de Saúde (SUS) em abril de 2024. A taxa de cobertura no DF passou de 33,74%, em 2017, para 76,79%, em 2023. Somente em 2024, foram realizados mais de 1,1 milhão de atendimentos individualizados. Atualmente, 632 equipes fazem o atendimento de 2.177.510 de pessoas vinculadas.
Quem ainda não estiver cadastrado para receber os cuidados das equipes pode procurar a UBS mais próxima de casa.
Como parte da constante melhoria do trabalho realizado no atendimento à população, o Programa de Qualificação da Atenção Primária do Distrito Federal (Qualis-APS) já certificou 116 especialistas e 1.011 concluintes do curso de aperfeiçoamento em ESF. A iniciativa da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) tem também participação da Universidade de Brasília (UnB) e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Para mais informações, contate-nos pelo e-mail: entrevista.saudedf@saude.df.gov.br
Secretaria de Saúde do Distrito Federal | Assessoria de Comunicação

Saúde
Uso de cotonete pode causar problemas auditivos, alerta especialista

Crédito: Imagem de freepik
Médica explica como higienizar os ouvidos de forma segura e evitar complicações
O cotonete ainda é muito usado por quem acredita que ele ajuda na higiene dos ouvidos, mas o hábito pode trazer mais riscos do que benefícios. De acordo com a Dra. Priscilla Rego Barros da Silveira, médica otorrinolaringologista do HOPE – Hospital de Olhos de Pernambuco, a forma correta de higienizar os ouvidos não envolve o uso desse tipo de haste.
“A limpeza deve ser feita durante o banho, de maneira simples e segura. Basta colocar sabonete no dedo indicador e passar nas orelhas. Depois, ao enxaguar a cabeça, passar novamente o dedo. Fora do banho, é suficiente enxugar a região com a toalha”, explica a especialista.
O cerúmen, conhecido como cera do ouvido, é um mecanismo natural de proteção. Ele impede a entrada de poeira, sujeira e até micro-organismos. “O cotonete pode irritar a mucosa e, em vez de retirar, empurrar a cera para dentro, causando a sensação de ouvido tampado e até uma diminuição temporária da audição”, alerta a médica. Além disso, o uso inadequado pode provocar lesões sérias, como ferimentos na parede do canal auditivo ou até perfuração do tímpano.
Segundo a Dra. Priscilla, não há necessidade de limpar o ouvido internamente no dia a dia. “A limpeza diária no banho é suficiente. Esse cuidado simples já garante saúde e proteção ao ouvido”, reforça.
Em alguns casos, no entanto, pode haver acúmulo de cerúmen que precisa de atenção médica. “Quando o paciente sente uma sensação de plenitude, como se o ouvido estivesse tampado, ou percebe diminuição da percepção auditiva, é importante procurar um otorrinolaringologista. Só o especialista poderá avaliar e indicar o procedimento adequado, que pode ser lavagem, aspiração ou curetagem”, afirma a Dra. Priscilla.
O uso frequente de fones de ouvido também pode favorecer o problema. “Os fones funcionam como cotonetes, empurrando a cera e irritando a mucosa auricular”, explica a médica.
A orientação final da especialista é clara: nada de improvisos ou objetos dentro do ouvido. “A limpeza diária é simples e eficiente. Se houver acúmulo de cera, sempre busque um profissional habilitado para avaliar e tratar da forma correta”, finaliza a Dra. Priscilla Rego Barros da Silveira, médica otorrinolaringologista do HOPE – Hospital de Olhos de Pernambuco.
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