Social
Cras Paranoá retoma atendimento presencial
A impressão ruim, no entanto, durou uma única visita. Em sua segunda passagem pela unidade, ela ficou surpresa
Quando esteve pela primeira vez no Centro de Referência de Assistência Social (Cras) do Paranoá, em dezembro do ano passado, a dona de casa Olga Viana, 34, não se sentiu confortável. Apesar do atendimento acolhedor, o ambiente deixava a desejar, com portas desgastadas, janelas pequenas e infiltrações. A impressão ruim, no entanto, durou uma única visita. Em sua segunda passagem pela unidade, ela ficou surpresa.
“Vim atualizar o meu cadastro porque minha filha nasceu no mês passado, e quase não reconheci o Cras”, conta Olga, beneficiária dos programas Prato Cheio e Bolsa Família. “O espaço está bonito e muito mais confortável, fora que agora temos mais privacidade durante os atendimentos; as mesas estão separadas por divisórias que deixam a gente mais à vontade na hora da entrevista.”
Acessibilidade
O Cras Paranoá estava funcionando de forma remota desde março, quando fechou as portas para ser aperfeiçoado. Nesta segunda-feira (12), o espaço, já totalmente reformulado, retomou os atendimentos presenciais. A unidade, com 16 servidores, recebe cerca de 2 mil pessoas por mês.
A estrutura do prédio ganhou pintura nova, modernização da parte elétrica, instalação de lâmpadas de LED, troca do forro do teto e da caixa-d’água, mobiliário novo e adaptação para acessibilidade. Para permitir a passagem de cadeirantes, uma rampa com corrimão foi construída na entrada da unidade e as portas aumentaram de largura.
Gerente do Cras Paranoá, Irvana Teixeira explica que o ambiente de atendimento impacta diretamente a relação com os usuários: “Essas pessoas chegam aqui em situação de vulnerabilidade social, com demandas bastante estressoras. Encontrar um espaço pouco convidativo pode ser desanimador. A premissa do atendimento social é o acolhimento, e isso começa pelo ambiente da unidade”.
Melhorias
Os efeitos da remodelação também são sentidos pelos servidores do trabalham no Cras Paranoá. Técnico em assistência social da unidade há três anos, Gabriel Henrique da Silva comemora a reforma do prédio. “É mais prazeroso trabalhar em um local confortável, decorado e bem-equipado”, garante. “Dá gosto trazer o usuário para dentro das salas, melhora ainda mais nosso atendimento”.
Os mais de 100 imóveis da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) contam com um investimento total de aproximadamente R$ 25 milhões para serem aperfeiçoados. Em 2022, a pasta contratou três empresas para a prestação dos serviços de manutenção predial. O Cras Paranoá foi o primeiro a ser entregue.
“Essa unidade era uma das demandas mais antigas e emergenciais”, lembra a secretária de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra. “Vamos elencar as prioridades para seguir levando melhorias à população que mais precisa dos serviços socioassistenciais no DF.”
Sobre o Cras
O Cras é a porta de entrada da população para os programas socioassistenciais oferecidos pelo GDF. Atualmente, 29 unidades estão instaladas nas regiões de maior vulnerabilidade do Distrito Federal. Para ter acesso aos benefícios sociais, é preciso estar inscrito no Cadastro Único. O atendimento é feito com data e horário agendados pelo telefone 156 ou pelo site da Sedes.
No dia marcado, a pessoa é recebida por um agente social no Cras mais próximo de sua casa para uma entrevista, momento em que a situação e as necessidades da família serão avaliadas. A escuta qualificada ajudará a definir quais os benefícios sociais vão melhor atender o cidadão.
Entre os benefícios concedidos após atendimento socioassistencial no Cras, destacam-se Cartão Prato Cheio, Cartão Gás, Bolsa Família e DF Social, além dos auxílios natalidade, por morte, para pessoas em situação de vulnerabilidade temporária e em situação de desastre ou calamidade pública.
*Com informações de Carolina Caraballo, da Agência Brasília
Fonte: Jornal de Brasilia
Social
Na Trilha do Teatro leva riso, música e escuta para seis escolas do DF
De outubro a novembro, projeto de arte-educação transforma a rotina escolar em experiência sensorial com mediação, espetáculo teatral e laboratório de musicalização.
Do campo ao ensino especial, seis escolas do DF recebem o projeto Na Trilha do Teatro para fazer do horário de aula um encontro com o riso, a curiosidade e o som do próprio corpo. Voltado a crianças de 6 a 10 anos, o programa articula três ações gratuitas e complementares: uma mediação teatral que prepara o olhar do público, a apresentação do espetáculo “Seu Cocó e as Caixas-surpresa” e um laboratório de musicalização infantil. A iniciativa é realizada com recursos do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal.
O projeto aposta na formação de espectadores e na presença qualificada de artistas dentro da escola. A proposta é criar pontes entre obra e plateia, ativando repertórios sensoriais e afetivos. Na prática, a visita movimenta toda a comunidade escolar: professores, equipes pedagógicas, estudantes e famílias, que veem pátios e salas se transformarem em palco; e a rotina, em experiência.
“É muito importante poder retomar com esse projeto de arte-educação, as escolas são espaços fundamentais para a formação de espectadores e cidadãos, afinal educação e cultura são pilares para uma sociedade justa”, conta o ator Pedro Caroca.
A trilha começa com a mediação teatral: uma conversa leve e provocadora, antes do espetáculo, que apresenta referências, convida à escuta e à participação das crianças. Nessa etapa, é distribuída uma cartilha pedagógica e lúdica com o material de apoio, para que a experiência siga ecoando em sala de aula depois da apresentação.
Em seguida é a vez do espetáculo “Seu Cocó e as Caixas-supresa”. E entra em cena Seu Cocó, um palhaço que “toca sem saber que toca” e convida o público a passear por um acervo de incertezas e descobertas: canções inventadas, poesias invisíveis, trava-línguas dançados, adivinhas misteriosas e cantigas de roda. O humor e a brincadeira abrem espaço para que cada criança reconheça seu próprio jeito de perceber ritmos, silêncios e histórias.
“O espetáculo é sobre a beleza de transformar o comum no extraordinário. Cada caixa é uma porta que se abre para a poesia e a imaginação compartilhada com o público. Meu maior desejo é que cada jogo e cada descoberta tragam a leveza e o encantamento que só a palhaçaria consegue provocar”, afirma a diretora Ana Vaz.
Para fechar, o laboratório de musicalização infantil, conduzido por Pedro Caroca, transforma o corpo em instrumento e a turma em orquestra. Por meio de jogos e dinâmicas, as crianças experimentam tempo, pulso, timbre e harmonia de modo prático e lúdico, uma iniciação ao universo sonoro que fortalece a escuta coletiva e a autonomia criativa.
Após as visitas escolares, será lançada uma exposição virtual com o olhar e a voz dos estudantes participantes. Ilustrações e depoimentos vão compor o acervo, ao lado de registros fotográficos e audiovisuais da equipe. A mostra, com curadoria do museólogo Marino Alves, ficará disponível permanentemente no site www.natrilhadoteatro.com.br.
“A exposição apresentará o processo de concepção e realização do projeto, destacando como as ações propostas impactaram os públicos, quais memórias foram evocadas e quais sentimentos vieram à tona. O teatro toca e emociona, e a museologia pode compartilhar e discutir as relações criadas entre artista e públicos ”, explica o curador Marino Alves.
Esta é a segunda edição de Na Trilha do Teatro. Em 2023, a iniciativa passou por 11 escolas públicas em diferentes regiões administrativas do DF. Agora, amplia o compromisso com a acessibilidade, oferecendo interpretação em LIBRAS, audiodescrição e material pedagógico acessível.
Programação
28 de outubro – Escola Classe Kanegae no Riacho Fundo
29 de outubro – Centro de Ensino Especial de Deficientes Visuais (CEEDV) Asa Sul
30 de outubro – Escola Classe Itapeti no Paranoá
05 de novembro – Escola Classe Guariroba em Samambaia
06 de novembro – Escola Classe Córrego das Corujas em Ceilândia
07 de novembro – Escola Bilíngue de Taguatinga
Baú Comunicação Integrada
Camila Maxi – (61) 98334-4279
Michel Toronaga – (61) 98185-8595
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