Diversas
Mulheres comandam Enem e são maioria e isso tem muitos significados; entenda

Por Nathália Maciel
Mulheres são maioria na prova do Enem e isso tem muitos significados; entenda
Segundo o boletim do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIESSE), em relação a rendimentos, as mulheres ganharam 21% a menos do que os homens por setor de atividades, mesmo quando as mulheres eram maioria
Mulheres compõem a maioria no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) neste ano, representando 61,3% dos mais de 3 milhões de inscritos. Já os homens representam 38,7%, totalizando 1,5 milhão.
A busca pela igualdade de gênero deve ser pelo caminho da educação. Para a professora e especialista em direitos humanos, Gina Vieira (Foto), a educação é uma das chaves para incentivar a liderança feminina, porém esse caminho ainda tem muito o que avançar.
Conforme destacado pela professora Gina, as mulheres atualmente enxergam o Enem como uma oportunidade de investir em seu futuro, impulsionadas principalmente pela necessidade de conquistar maior autonomia financeira.
“Ter uma formação em nível superior aumenta significativamente as chances de a mulher, tanto ter acesso ao mundo do trabalho, quanto ter uma remuneração melhor, o que certamente colabora para maior autonomia e maior qualidade de vida”, diz a professora.
Segundo o boletim do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIESSE), em relação a rendimentos, as mulheres ganharam 21% a menos do que os homens por setor de atividades, mesmo quando as mulheres eram maioria.
A especialista explica que, para que as mulheres ocupem cargos mais elevados no trabalho com salários mais altos, é fundamental que o Estado ofereça oportunidades de educação de qualidade.
“A presença de um maior número de mulheres fazendo o Enem para mim é um forte indicador de que as mulheres tomaram ainda mais consciência do poder que a educação tem quanto a permitir que elas sejam protagonistas de suas histórias. Elas não vão parar, e é ótimo que não parem. Acredito que, de fato, o futuro é feminino” afirma a educadora.
A moradora de Ceilândia, Nathalia Lara Gomes, hoje com 25 anos, vai prestar a prova e diz que para ela, alcançar um diploma de ensino superior é uma oportunidade para mudar a sua situação financeira. A estudante assegura que o Enem tem sido uma das portas que ela tem para alcançar a sua realização profissional.
Nathalia também relata que em suas experiencias no mercado de trabalho percebeu que as mulheres sempre precisavam se esforçar mais do que homens, principalmente para subir de cargo. “Percebi o machismo mais ainda quando comecei a trabalhar. Todas as mulheres que conheci em cargos altos de uma empresa sempre precisavam ser grossas ou falar mais alto para que fossem respeitadas”, diz a estudante.
Além disso, a especialista diz que investir em mulheres pode gerar grandes avanços tanto para economia, quanto para a sociedade. “Nós já temos pesquisas suficientes que sinalizam que investir em mulheres e em grupos historicamente excluídos traz muitos ganhos não só para as mulheres e para estes grupos, mas para as famílias, as comunidades, o território onde estas pessoas têm incidência, portanto, os ganhos são para a sociedade como um todo”.
Supervisão de Luiz Claudio Ferreira
Fonte: Jornal de Brasilia

Diversas
Excesso de velocidade esteve presente em 36 sinistros de trânsito com morte

Imprudência do pedestre, perda de controle do veículo, desobediência à sinalização e uso de álcool completam o ranking dos fatores de risco mais frequentes nos 223 sinistros fatais de 2024 nas vias do DF
Zélia Ferreira
(Brasília – 4/2/2025) – Estudo realizado pelo Departamento de Trânsito do Distrito Federal acerca dos 223 sinistros de trânsito com vítimas fatais, ocorridos em 2024, aponta que 36 deles tiveram como fator de risco o excesso de velocidade, o que corresponde a 16,14% das ocorrências com morte no trânsito do DF. Outros fatores como imprudência do pedestre (53) e perda de controle do veículo (47) compõem o trio de riscos mais presentes nos sinistros de trânsito que resultaram em morte no ano passado.
Apesar da imprudência do pedestre estar presente no maior número de ocorrências, a perda de controle de veículo e o excesso de velocidade contribuem muito para que o condutor não consiga evitar o sinistro, não apenas em casos de atropelamentos (79), mas também nas colisões (97), no choque com objeto fixo (20) e nos capotamentos (13).
Além disso, a quantidade de condutores flagrados transitando acima da velocidade máxima permitida para as vias é preocupante: 1.868.693 só em 2024. Desses, 30.377 estavam em velocidade superior à máxima permitida para o local em mais de 50%, configurando infração gravíssima com fator multiplicador três, penalizada com multa de R$ 880,41 e suspensão do direito de dirigir por prazo de 2 a 8 meses e, na reincidência dentro de 12 meses, a suspensão será de 8 a 18 meses.
“Os limites de velocidade de uma via são definidos com base em critérios de segurança e garantem que o fluxo de veículos e pedestres ocorra sem prejuízos para a fluidez e com segurança para todos. É muito importante que os condutores tenham sempre isso em mente. Respeitar esses limites é respeitar a vida”, define o diretor-geral do Detran-DF, Takane Kiyotsuka.
Educação
O excesso de velocidade tem sido uma preocupação constante dos órgãos de trânsito de todo o país e, por isso, o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) definiu o slogan “Desacelere. Seu bem maior é a vida.” para nortear as campanhas educativas de 2025. A frase consta em todos os materiais educativos distribuídos pela Diretoria de Educação de Trânsito do Detran-DF. Ações específicas da autarquia buscam sensibilizar os condutores de que o excesso de velocidade pode trazer consequências graves, como a perda de vidas e danos materiais, além de não resultar em ganho significativo de tempo no trânsito.
Crime de trânsito
Quem trafega em velocidade incompatível com a segurança nas proximidades de escolas, hospitais, estações de embarque e desembarque de passageiros, logradouros estreitos, ou onde haja grande movimentação ou concentração de pessoas, gerando perigo de dano, comete crime de trânsito, conforme definido no artigo 311 do Código de Trânsito Brasileiro, e está sujeito a detenção, de seis meses a um ano, ou multa arbitrada pelo juiz.
Ranking dos fatores de risco
1º – Imprudência do pedestre: 53 ocorrências
2º – Perda de controle do veículo: 47 ocorrências
3º – Excesso de velocidade: 36 ocorrências
4º – Falha em obedecer a sinalização: 29 ocorrências
5º – Uso de álcool ou suspeita: 25 ocorrências
Fonte: Ascom Detran
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