Diversas
Sobrepeso na gravidez pode trazer riscos para gestantes, diz estudo

Mulheres têm de redobrar os cuidados com a balança durante os nove meses – (crédito: Arteida MjESHTRI on Unsplash)
Estudo da Universidade Northwestern, nos Estados Unidos, mostra que gestantes acima do peso têm maior probabilidade de desenvolvimento de problemas cardíacos anos após o parto e que podem ser evitados
O sobrepeso em mulheres, que tiveram complicações durante a gestação, como pré-eclâmpsia e diabetes gestacional, pode explicar o aumento de risco das mães desenvolverem doenças cardíacas. O estudo, realizado por uma equipe de pesquisadores da Universidade Northwestern, nos Estados Unidos, identificou que a obesidade antes ou durante a gravidez é fator determinante na saúde feminina.
De acordo com o artigo, publicado na revista Circulation Research, os cientistas buscam compreender qual fator de risco — se a obesidade ou as complicações durante a gravidez — se sobrepõe, estimulando o surgimento de doenças cardíacas anos após o período gestacional.
“Demonstramos, pela primeira vez, que os resultados adversos da gravidez são principalmente indicadores -e não a causa raiz de futuros problemas cardíacos. Isso significa que a gravidez apenas revela o risco de doenças cardíacas que já existem”, narra em nota, Sadiya Khan, professora da Universidade Northwestern e autora correspondente do artigo.
A pesquisa
Os cientistas usaram dados de outro ensaio, o nuMoM2b Heart Health Study, para acompanhar 4.216 mulheres gestantes. O monitoramento começou nos estágios iniciais da gravidez e durou uma média de 3,7 anos após o parto. Na primeira consulta do estudo, a idade média das mães era de 27 anos, e 53% tinham índice de massa corporal (IMC) normal, 25% estavam com sobrepeso e 22% tinham obesidade.
Comparadas àquelas com IMC normal, as mulheres com sobrepeso ou obesidade mostraram maior risco de desenvolver distúrbios hipertensivos na gravidez. Nenhuma das voluntárias tinham histórico de hipertensão ou diabetes pré-gestacional.
A equipe notou que aproximadamente 15% de todas as participantes apresentaram complicações relacionadas à hipertensão. Entre outros problemas, 11% tiveram bebês com baixo peso ao nascer, 8% passaram pelo parto prematuro e 4% sofreram de diabetes gestacional. Nos anos seguintes à gravidez, as mulheres com complicações relacionadas à pressão tinham 97% mais probabilidade de ter pressão arterial alta e 31% eram mais propensas a ter colesterol elevado.
“O sistema cardiovascular da gestante se adapta todo, aumenta muito o volume circulante de sangue e os vasos vão ficar mais cheios e mais flexíveis para acomodar esse volume e o coração vai trabalhar numa frequência maior. Se você agrega isso à obesidade, que já causa alterações, a situação tende a piorar”, diz o médico. Segundo ele, a melhor alternativa é a prevenção e acompanhar a paciente na gestação e no pós-parto.
Estresse
Khan destaca a relevância do estudo para garantir qualidade de vida às mães. “Essas descobertas são importantes porque se a obesidade pré-gravidez for a culpada ou a causa do risco, deveríamos direcionar isso com intervenções. Não queremos apenas esperar até que as pessoas tenham estes eventos cardiovasculares, queremos impedir que isso aconteça”, enfatizou o cientista.
Para os pesquisadores, a intervenção na obesidade antes da gravidez é fundamental. Um eixo fundamental da pesquisa é baseado no chamado “trimestre zero”, que representa a saúde pré-gestação. Segundo o ensaio, ao melhorar o vigor durante essa fase, é possível evitar problemas de saúde a longo prazo. Todavia, os autores consideram que pode ser difícil realizar essa abordagem.
Rosangeles Konrad, cardiologista, coordenadora da Linha de Cuidados Cardiológicos do Hospital Anchieta, em Brasília, reforça que o ideal seria transmitir as orientações à gestante antes da gravidez. “O que conta mesmo é a prevenção, conversar com a paciente antes dela engravidar. Mas na maioria das vezes isso não acontece. Orientar a paciente ficaria a cargo da ginecologia obstetrícia, sugerir que ela perca peso por conta das consequências: para o feto, complicações durante a gravidez e, agora, a doença cardiovascular.”
O trabalho frisa que o início da gravidez é um momento oportuno para aconselhar sobre hábitos saudáveis para o coração, como dieta e exercício. “Definitivamente não queremos recomendar a perda de peso durante a gravidez, mas queremos recomendar aconselhamento e monitorização para um ganho de peso gestacional adequado. É uma das poucas vezes na vida em que você vai ao médico com frequência enquanto está saudável”, destacou a autora correspondente, em comunicado.
Questão de saúde pública
“Está cada vez mais consolidado que o excesso de peso traz malefícios à saúde por si só e que essa condição não deve ser negligenciada. Há diversos tratamentos medicamentosos e não medicamentosos que podem ajudar o paciente a vencer essa doença, a depender da característica de cada indivíduo. É importante o acompanhamento de uma equipe multi-disciplinar, tais como médicos, nutricionistas, educadores físicos, psicólogos, dentre outros. Estudos como o da Universidade Northwestern, ampliados para populações de diversos países e etnias, são importantes para que possamos direcionar programas de saúde pública e consolidar evidências que contribuam com a saúde cardiovascular das futuras mães.”
Ricardo Cals, cardiologista do Hospital Santa Lúcia.
Fonte: Correio Brasiliense

Diversas
Cresce índice de satisfação da população com respostas do Detran-DF

Além da redução de 26% no número de registros de Ouvidoria, satisfação com as respostas da autarquia sobe para 57% em 2024
Zélia Ferreira
(Brasília – 11/3/2025) – A Ouvidoria do Departamento de Trânsito do Distrito Federal registra redução na quantidade de demandas recebidas em 2024 e aumento no índice de satisfação do cidadão com as respostas dadas. Enquanto em 2023 foram registradas 22.371 manifestações, em 2024 esse número caiu para 16.509, representando uma redução de 26% e mudando a autarquia da 5ª para a 6ª posição no ranking dos órgãos mais demandados do Governo do Distrito Federal. Em 2022, o Detran-DF chegou a ocupar o 3º lugar em demandas.
Outro dado interessante a ser observado está na qualidade da resposta dada ao cidadão. Em 2023, a Ouvidoria do Detran-DF criou o manual de procedimentos que permitiu diminuir o tempo médio de resposta e ganhar na qualidade das devolutivas, aumentando o índice de satisfação do usuário de 35% para 57% em 2024 e atingindo a marca de 9 dias no tempo médio de resposta.
“Nosso objetivo é melhorar cada vez mais a experiência do cidadão que busca os serviços da Ouvidoria. Esse canal de comunicação direto com o usuário serve de termômetro para que possamos melhorar cada vez mais a prestação de serviços à população do DF. Estamos empenhados nisso. Já reestruturamos o setor, ampliamos o quadro de servidores, desenvolvemos procedimentos para otimizar o trabalho de apuração e resposta de forma ágil e implementamos análises dos relatórios estatísticos dos registros para orientar internamente o trabalho das áreas mais demandadas”, explica o diretor-geral, Takane Kiyotsuka.
Pesquisa de satisfação
Depois que o cidadão recebe a resposta da Ouvidoria, há uma pesquisa de satisfação a ser respondida. Esse feedback do cidadão é muito importante para que a autarquia possa replanejar suas ações e melhorar cada vez mais os serviços prestados.
Dados da pesquisa respondida pelos usuários, em 2024, apontam uma resolutividade de 30% e a satisfação com a resposta em 57%. O número de reclamações caiu de 19.009 em 2023 para 14.140 em 2024, uma redução de 26%.
Sigilo e conforto
O cidadão pode fazer uso dos canais da Ouvidoria no conforto de sua casa, pelo telefone 162 e site ParticipaDF (participa.df.gov.br), para registrar: reclamação de serviços que não foram atendidos a contento; elogios; e denúncias. Vale destacar que o registro de denúncias é sigiloso e seguro, mas é importante colocar todos os elementos que possibilitem que a corregedoria possa apurar corretamente e punir o servidor denunciado, como data, local, provas documentais e outros. Informações completas agilizam o trâmite.
“Quando a manifestação for anônima, é importante destacar que o órgão não tem como retomar o contato para complementar as informações e, às vezes, as informações contidas no registro da denúncia não são suficientes para identificar corretamente o servidor e comprovar a prática do delito”, esclarece a Ouvidora, Ana Carolina de Almeida. Ela ainda reforça que, ao optar por fazer uma manifestação anônima, o cidadão fica ciente de que está renunciando ao direito de resposta, já que o órgão não tem como identificá-lo. Nos casos de demandas identificadas, o cidadão deve ficar atento ao e-mail cadastrado porque a movimentação da demanda será informada por lá.
Outra observação importante é que, desde março 2024, a base da Receita Federal foi integrada ao ParticipaDF – se o cadastro do CPF não estiver atualizado, o cidadão não consegue ter sua demanda registrada no sistema.
Histórico
A pandemia de Covid-19 e a revolução digital geraram grande impacto no volume de demandas de Ouvidoria e a equipe reduzida não conseguia cumprir os prazos. Com as demandas vencidas, a caixa era bloqueada e acabava impactando as demandas que ainda estavam no prazo, gerando um acúmulo de demandas vencidas.
Foi assinado um Acordo de Cooperação com a Ouvidoria-geral, onde a caixa de demandas foi desbloqueada para que fossem tratadas e respondidas. A equipe da Ouvidoria do Detran-DF realizou vários plantões para dar vazão às demandas. “Eram quase três mil demandas vencidas em janeiro de 2023. Com a ampliação da equipe, adoção do manual de procedimentos e reuniões com as áreas técnicas para que passassem a priorizar as demandas de Ouvidoria, conseguimos reduzir para 900 demandas vencidas já em maio e, em julho de 2023, já havíamos zerado as demandas vencidas.”, destacou a Ouvidora do Detran-DF, Ana Carolina de Almeida.
Áreas mais demandadas
Os assuntos mais demandados junto à Ouvidoria do Detran-DF em 2024 foram: fiscalização (4.327), sinalização/engenharia (2.418), veículos (2.199) e habilitação (513). A maioria das reclamações são pedindo a presença do órgão, como a fiscalização de estacionamento irregular (1.424) e som automotivo (494), por exemplo. A solicitação de sinalização de trânsito ocupa o segundo lugar das demandas, com destaque para quebra-molas (836) e faixa de pedestre (546). Transferência de propriedade e emissão de ATPV-e somaram 1.123 demandas e 1.076 demandas por emissão do CRLV. No primeiro semestre de 2023, a emissão de Carteira Nacional de Habilitação era o assunto mais reclamado, seguido de emissão de CRLV e transferência de veículos. Atualmente, as demandas sobre emissão de CNH registram apenas 3,1% das ocorrências (513).
Fonte: Ascom Detran
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