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Epreendedorismo

Brasil está entre os países que mais usam IA: oportunidade ou alerta?

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O país ocupa o 4º lugar global em acessos a sites de IA. O que esse dado revela sobre nossa educação?

Joice Leite*

O protagonismo brasileiro no uso da IA
O Brasil registrou 468,6 milhões de acessos a sites de inteligência artificial em fevereiro de 2024, de acordo com relatório da AI Tools. Isso nos coloca em 4º lugar no mundo, atrás apenas de Estados Unidos, Índia e Quênia — à frente de potências como China, Alemanha e Reino Unido. A palavra-chave aqui é clara: inteligência artificial. Estamos entre os maiores usuários globais dessa tecnologia e isso pode parecer, à primeira vista, motivo de comemoração.
O entusiasmo brasileiro se confirma em outro levantamento, feito pelo Google e pela Ipsos: 54% dos brasileiros já usam ferramentas de IA generativa, um índice acima da média global (48%). E 65% acreditam que a tecnologia contribui positivamente em várias áreas da vida, da educação ao mercado de trabalho. O dado nos posiciona como uma sociedade aberta à inovação — mas também nos convida a refletir: o que isso revela sobre o acesso à tecnologia, a inclusão digital e o papel das escolas nesse cenário?
Estamos preparados para usar a inteligência artificial?
A resposta exige olhar para dentro da realidade brasileira. Se por um lado temos milhões de pessoas acessando plataformas de IA, por outro lado sabemos que a infraestrutura digital ainda é precária em grande parte do país. O uso da inteligência artificial, nesses casos, pode ser superficial, reprodutivo e, muitas vezes, desinformado. O risco de aprofundar desigualdades é real.
No Colégio Visconde de Porto Seguro, por exemplo, temos observado o interesse genuíno dos estudantes pelas ferramentas de IA. Eles usam a tecnologia para pesquisar, organizar ideias e aprimorar seus projetos — sempre acompanhados por uma mediação pedagógica que prioriza o pensamento crítico e a ética no uso da tecnologia. Mas essa é a exceção, não a regra. O desafio é garantir que essa experiência se torne comum em mais escolas, públicas e privadas, urbanas e rurais.
O crescimento da inteligência artificial precisa ser acompanhado por políticas públicas voltadas à inclusão digital de fato — com internet de qualidade, formação docente, infraestrutura e currículo alinhado às novas demandas.
Como a inteligência artificial impacta o futuro do trabalho e da educação?
A pesquisa do Google e da Ipsos também mostrou que 60% dos brasileiros acreditam que a inteligência artificial pode aumentar suas chances de ganhos no trabalho — número bem acima da média global, de 49%. Ainda segundo o estudo, áreas como ciências, medicina, agricultura e segurança cibernética são vistas como grandes beneficiadas pela IA. E 64% da população avalia que os benefícios da tecnologia superam os riscos.
Na educação, esse impacto também é sentido no dia a dia. O levantamento apontou que 74% dos brasileiros já utilizam a inteligência artificial como apoio aos estudos. É uma ferramenta poderosa, mas que exige responsabilidade. O papel da escola é fundamental: formar estudantes capazes de ir além do uso técnico, desenvolvendo consciência crítica, ética digital e autonomia intelectual.
Não se trata apenas de ensinar como usar a IA, mas de refletir sobre os impactos sociais, econômicos e culturais dessa tecnologia. É assim que contribuímos para formar cidadãos preparados para um futuro cada vez mais moldado pela inteligência artificial.
O que a educação brasileira pode aprender com esse dado?
Estar entre os maiores usuários de inteligência artificial do mundo é, sim, uma oportunidade. Revela uma sociedade curiosa, aberta à experimentação e otimista quanto às possibilidades da tecnologia. Mas esse dado também é um alerta. Mostra que precisamos investir com urgência em políticas educacionais que incluam todos — e que preparem os jovens para muito mais do que consumir tecnologia: para transformá-la.
A inteligência artificial já faz parte do cotidiano de milhões de brasileiros, mas seu impacto será determinado pela forma como ela será integrada às escolas, universidades e ao projeto de país que desejamos construir. O dado nos orgulha, mas nos cobra responsabilidade.

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* Joice Leite é Mestre em Educação, Currículo e Novas Tecnologias e diretora de Educação Digital do Colégio Visconde de Porto Seguro.

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Epreendedorismo

Autocuidado, longevidade feminina e qualidade de vida em debate no mês da mulher

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Encontro gratuito reúne cinco profissionais inspiradoras numa roda de conversa sobre os impactos da saúde mental, emocional, financeira e estética na autoestima da mulher moderna

postado em 21/03/2025

Apresentado por
 
     -  (crédito:    )
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*Este conteúdo é um informe publicitário.

Pelo segundo ano consecutivo, especialistas voltam a debater temas como gestão de tempo, planejamento financeiro, desafios emocionais, equilíbrio mental, cuidados bucais para assegurar perfeita cognição em todas as fases da vida, o envelhecimento, a independência física e qualidade de vida.

A iniciativa mobiliza mulheres de diferentes origens, histórias e gerações para participar de discussões multiprofissionais sobre o protagonismo feminino. O objetivo da 2ª edição do Moreti Talks é promover trocas, conexões, compartilhamento de experiências e a ampliação na rede de contatos entre as convidadas, que também interagem durante um farto café da manhã.

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“São encontros transformadores que se propõem a inspirar mulheres no sentido de investir em si mesmas de forma consciente e estratégica. Juntas, refletimos sobre futuro, dignidade emocional e bem-estar”, explica a dentista Soraya Moreti, idealizadora do movimento, que já conta com a adesão imediata de 50 mulheres, inscritas pelo aplicativo Sympla.

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Palestras, café da manhã e roda de conversa aconteceram no Centro Médico Júlio Adnet. Entre os destaques, Cris Calegaro abordou o envelhecimento ativo, Sane Alessandra falou sobre gestão do tempo, Yasmin Rossete trouxe insights sobre planejamento financeiro, e Rosângela Macedo lançou seu livro “O que quer uma mulher”. Soraya Moreti destacou a relação entre saúde bucal, cognição e autoestima.

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“Nosso foco é incentivar as mulheres a investirem em si mesmas de forma estratégica”, afirmou Soraya. Com lotação máxima e grande engajamento, o Moreti Talks reafirma seu papel como um espaço de inspiração e empoderamento feminino.

 

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