Epreendedorismo
“Não há crise de crédito, mas o aperto atual é duro”, diz economista do Banco Inter
Para Rafaela Vitória, do Banco Inter, atual seca de recursos no mercado pode levar a uma queda ainda maior da atividade econômica no país
Divulgação
E que mais? “No limite, o Brasil pode entrar numa recessão, ainda que técnica”, diz a mineira Rafaela Vitória, economista-chefe do Banco Inter. Figura em ascensão no rol dos analistas econômicos brasileiros, Rafaela, ou Rafa, como é chamada, só representa uma novidade para as pessoas que começaram a segui-la recentemente nas redes sociais ou a veem com frequência cada vez maior na mídia. Quem a conhece, porém, sabe que ela atua no mercado financeiro há 28 anos.
Nesse período, acumulou passagens pelo BankBoston e pela agência de classificação de riscos Standard & Poor’s. A seguir, em entrevista ao Metrópoles, Rafa, de 49 anos, trata de um dos temas que fazem parte do seu dia a dia: justamente, a atual situação do mercado de crédito no Brasil. Para ela, ele não está numa crise do tipo sistêmica, mas o “aperto” em curso é “duro” e já se faz sentir pesadamente.
Você diz que o mercado de crédito mudou muito nos últimos anos no Brasil? Em que aspecto isso aconteceu?
Hoje, boa parte do crédito obtido pelas empresas não vem apenas dos bancos, mas também do mercado de capitais. Ele vem direto dos investidores que compram títulos dessas companhias como é o caso das debêntures. Para dar uma ideia de como isso mudou, basta dizer que a soma da emissão desses títulos foi de cerca de R$ 100 bilhões, em 2015. No ano passado, ela chegou a R$ 600 bilhões. Ou seja, multiplicou muito rapidamente.
Como ocorreu essa mudança?
Muitas coisas aconteceram. Uma delas foi o fim dos empréstimos altamente subsidiados, e com custo elevadíssimo para o Tesouro, que eram concedidos a empresas pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) até 2016. Desde então, o mercado passou a ocupar parte desse espaço. Houve ainda o surgimento de plataformas digitais e corretoras independentes que ampliaram o número de investidores.
E como está o mercado de crédito hoje no Brasil?
Ele caiu nos últimos meses. Quando você compara os dados de janeiro e fevereiro vê um aperto significativo. As emissões no mercado de capitais tiveram uma queda expressiva nesse período.
Qual foi o tamanho dessa queda?
As emissões de títulos, por exemplo, somaram cerca de R$ 13 bilhões em fevereiro. Na média mensal do ano passado, elas foram além de R$ 40 bilhões. Assim, no mês passado, reduziram em quase dois terços.
E qual a situação do mercado de crédito dos bancos?
Em janeiro, o último dado disponível, houve queda na concessão de crédito, principalmente, para empresas. Mas o mais impressionante foi o aumento do custo dos empréstimos. A taxa média de juros cobrada das companhias subiu dois pontos percentuais. Em um único mês, isso é bastante atípico.
Existe uma crise no mercado de crédito?
Não há crise do tipo sistêmica, mas o aperto atual é duro.
Qual foi a causa desse problema?
Foi o caso da Americanas. Ele pegou muita gente de surpresa e fez com que os bancos revisitassem suas análises. Os especialistas estão querendo entender o que deixaram de ver nesse episódio, para não cometer o mesmo erro novamente.
Mas alguns bancos já vinham enfrentando problemas com o crédito por causa do avanço da inadimplência.
Sim. Boa parte dos empréstimos bancários são indexados pela Selic (a taxa básica de juros do Brasil). Quando ela aumenta (saiu de 2% ao ano, em agosto de 2020, e permanece em 13,75% ao ano, desde agosto de 2022.), a inadimplência cresce. Mas o caso da Americanas foi o fator preponderante do atual aperto do crédito. Ele acelerou o problema.
Há outros fatores que agravam o aperto do crédito?
Existe o componente internacional. O mundo também vive um momento de aperto monetário. Antes disso, grandes empresas brasileiras poderiam recorrer ao mercado externo para obter recursos tanto de empréstimos como de emissões. Agora, ele está fechado. O investidor estrangeiro também não tem apetite para risco neste momento.
E quais as consequências desse aperto do crédito?
Uma delas é uma atividade econômica ainda mais fraca do que a gente previa, lembrando que as estimativas de crescimento do PIB para este ano giram em torno de 1%. No curto prazo, ele pode colocar o país numa recessão técnica (quando o PIB é negativo por dois trimestres seguidos; isso já ocorreu no quatro trimestre de 2022, quando o indicador caiu 0,2%).
Essa recessão técnica, se vier, terá algum impacto concreto?
A queda da atividade é sempre ruim. No cenário atual, o que ameniza essa situação é o fato de ainda termos um mercado de trabalho robusto, com crescimento da renda média registrado no quarto trimestre do ano passado. Por isso, caso aconteça uma recessão, ela vai ser mais suave. Não vai haver uma aceleração da taxa de desemprego no país num prazo curto de tempo.
Em reunião com ministros na sexta (10/3), o presidente Lula disse que o governo “não pode aceitar a ideia de que o PIB não vai crescer”. A pergunta é: o PIB de fato pode avançar de forma expressiva em 2023?
Difícil. Temos uma inflação ainda alta e, por isso, estimular o crescimento, o que também exerceria uma pressão inflacionária, seria um erro de política econômica. Na verdade, o que o governo deveria fazer é construir o caminho para o crescimento no futuro. Talvez, a partir de 2024. Em 2023, o melhor seria definir um bom arcabouço fiscal, reduzir a inflação, definir marcos regulatórios, fazer a reforma tributária.
O que mais a preocupa no atual quadro econômico brasileiro?
Sem dúvida, é o cenário fiscal (dado pela relação entre gastos e receitas do governo). Até agora, de acordo com as últimas declarações dos ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Simone Tebet (Planejamento) parece que o plano do novo arcabouço fiscal (que deve ser anunciado neste mês) é retomar o equilíbrio das contas públicas. Mas o ponto final do tem de ser a redução da dívida. Para isso, precisamos de superávit.
Qual a melhor forma de ter superávit?
No mundo ideal, fazer superávit cortando apenas gastos seria muito bom. Mas no mundo real, no “mundo Brasil”, é muito difícil cortar gastos. Então, vamos ter algum aumento de arrecadação e ele pode vir pela reforma tributária.
E quais são suas previsões para os juros no Brasil?
O aperto do crédito e a consequente redução da atividade econômica pode levar a uma queda da inflação, algo que ainda não está acontecendo. Se ocorrer, isso pode abrir espaço para uma diminuição da taxa básica de juros antes do esperado. Na nossa avaliação, ela talvez chegue a 12% em junho (hoje, está em 13,75%). Nós acreditávamos que isso só iria acontecer a partir de agosto.
E a inflação?
O IPCA de fevereiro veio acima do esperado. Para mim, esse é um ponto de atenção, uma luz amarela diante de um governo que quer promover gastos, um sinal de alerta contra uma política fiscal expansionista.
Fonte: Metropoles
Epreendedorismo
Do laboratório ao pulso: a tecnologia pioneira da Samsung em monitoramento nutricional para o Galaxy Watch
Índice de Antioxidantes
Tudo começou com uma pergunta simples: e se fosse possível medir sua nutrição em tempo real, diretamente do seu pulso?
O Índice de Antioxidantes1 da Samsung no Galaxy Watch8 transforma o que antes parecia ficção científica em tecnologia cotidiana. Em cinco segundos, uma leitura do polegar retorna níveis precisos de carotenoides – o primeiro índice nutricional mensurável da indústria.
Ao miniaturizar a tecnologia de sensores de nível laboratorial com precisão excepcional, o recurso transforma sua dieta em uma métrica prática para um envelhecimento mais saudável2. Estabelecer esse novo padrão em monitoramento de saúde por wearables exigiu anos de pesquisa e desenvolvimento intensivos, incontáveis protótipos e determinação inabalável.
Inovando no rastreamento nutricional
Em 2018, a Samsung identificou uma lacuna nos wearables: podíamos contar cada passo e caloria, mas não havia uma forma simples de medir como nossa alimentação afetava nossa saúde. Insights nutricionais mais profundos estavam presos a exames laboratoriais caros e demorados, inacessíveis para a maioria das pessoas.
À medida que as pessoas vivem mais, o foco muda de simplesmente aumentar a longevidade para melhorar a qualidade desses anos adicionais.
“É nesse contexto que a antioxidação naturalmente ganha atenção como um método para retardar o envelhecimento”, explica a Dra. Hyojee Joung, especialista em nutrição em saúde pública da Universidade Nacional de Seul3, que orientou partes do desenvolvimento da tecnologia. “Se o gerenciamento de antioxidantes for negligenciado, as Espécies Reativas de Oxigênio (ROS) se acumulam no corpo, aumentando o risco de doenças crônicas como cardiovasculares, diabetes e câncer”.
Essa constatação fez dos antioxidantes o pilar da missão da Samsung. Engenheiros e cientistas concentraram-se nos carotenoides – antioxidantes-chave e indicadores comprovados da ingestão de frutas e vegetais – para criar um dispositivo pequeno o suficiente para caber no pulso, mas poderoso o bastante para transformar dados complexos em informações simples e acionáveis de saúde para todos.
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Desafio nº 1: como miniaturizar a tecnologia de sensores laboratoriais
Desde o primeiro dia, o sonho de um wearable capaz de rastrear nutrição enfrentou um obstáculo imediato: métodos tradicionais de medição de carotenoides, como a espectroscopia Raman, são a laser, não invasivos e precisos, mas dependem de equipamentos volumosos – nada vestíveis. Assim, a primeira missão da equipe foi reduzir a tecnologia de nível laboratorial para o tamanho de um sensor de pulso.
Após sete anos de testes rigorosos e otimização desde o primeiro protótipo, a equipe desenvolveu o Sensor BioActive — uma tecnologia inovadora que combina LEDs multicomprimento de onda com um conjunto de fotodetectores personalizados, proporcionando leituras precisas de carotenoides em um design compacto.
“Nossa inovação foi integrar a espectroscopia de refletância com LEDs, o que nos permitiu miniaturizar a tecnologia mantendo alta precisão”, explica Jinyoung Park, desenvolvedor da equipe de Saúde Digital da Samsung Electronics.
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Ao contrário dos lasers, que emitem um comprimento de onda estreito e específico, os LEDs emitem uma faixa mais ampla. Ao analisar quanta luz é absorvida pela pele em múltiplos comprimentos de onda por meio de fotodiodos4, o relógio estima os níveis de carotenoides com precisão impressionante. Algoritmos avançados que calibram continuamente em tempo real também garantem precisão e oferecem insights personalizados a cada usuário.
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Desafio nº 2: como garantir que a tecnologia seja acessível a todos
Criar um sensor de carotenoides do tamanho de uma moeda foi um grande marco, mas o próximo desafio era garantir que ele funcionasse com precisão e confiabilidade em diferentes tons de pele – tornando-o verdadeiramente acessível.
Para superar interferências, como a da melanina em tons de pele mais escuros, os engenheiros da Samsung optaram por usar a ponta do dedo para as medições, já que essa área possui menor quantidade de melanina em todos os grupos étnicos. Pequenos ajustes, como aplicar leve pressão durante a leitura, ajudam a reduzir temporariamente o fluxo sanguíneo e a interferência da hemoglobina, tornando os resultados mais precisos.
Extensos testes realizados no Samsung Medical Center5, com centenas de participantes, validaram o desempenho do sensor. Isso abriu caminho para um recurso que passou com fluidez do laboratório para o uso cotidiano, oferecendo uma solução inclusiva projetada para a vida real.
Como funciona
Os carotenoides são pigmentos naturais vermelhos, amarelos e verdes encontrados em frutas e vegetais. Como o corpo humano não os produz, seus níveis indicam claramente a ingestão de frutas e vegetais.
É aqui que entra o seu Índice de Antioxidantes, que reflete os níveis de carotenoides com base nas seguintes categorias:
- Muito baixo: menos de 50% da recomendação diária da OMS de 400 g por dia
- Baixo: entre 50% e 100%
- Otimizado: 100% ou mais
“Os carotenoides se acumulam e se metabolizam nos tecidos gradualmente, portanto, mudanças de curto prazo na ingestão de frutas e vegetais não aparecem imediatamente no índice”, explica a Dra. Joung. “Nossa pesquisa mostra que o aumento da ingestão de carotenoides leva a um crescimento significativo nos níveis de carotenoides na pele após cerca de 1 a 2 semanas, tornando o Índice uma ferramenta valiosa para monitorar hábitos alimentares consistentes e de longo prazo”.
Fatores como qualidade do sono, níveis de estresse e atividade física também influenciam o índice, tornando-o um indicador abrangente de saúde geral. Combinado a outros recursos do Galaxy Watch8 – como monitoramento de sono, acompanhamento de atividade e carga vascular -, o Índice de Antioxidantes oferece uma visão holística do bem-estar, promovendo decisões mais inteligentes para um envelhecimento saudável.
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Sua saúde, reimaginada
“Novos sensores vestíveis podem ajudar as pessoas a construir hábitos alimentares saudáveis ao acompanhar e incentivar o consumo diário adequado de frutas e vegetais”, afirma o professor Yoonho Choi, do Samsung Medical Center. “Com o tempo, essa prática simples pode ajudar a prevenir alguns tipos de câncer e outras doenças relacionadas à idade, tornando-se uma forma muito eficaz de apoiar a saúde a longo prazo”.
Os antioxidantes são uma área emergente de pesquisa, mas os estudos têm sido limitados devido aos desafios de medição precisa. O Índice de Antioxidantes do Galaxy Watch8 vai além dos avanços atuais do setor e entrega uma inovação significativa.
A capacidade da Samsung de medir níveis de antioxidantes com precisão — reconhecida por especialistas como referência para futuras pesquisas — representa um avanço no monitoramento de saúde. Ao ajudar os usuários a identificar riscos precocemente e tomar medidas proativas, a Samsung abre caminho para uma abordagem mais inteligente e cuidadosa de bem-estar, redefinindo o papel dos wearables na saúde preventiva.
Para mais informações sobre a linha Galaxy Watch8, visite a Samsung Newsroom Brasil ou Samsung.com/br.
1 Para realizar a medição, o usuário deve posicionar o centro do dedo sobre o sensor na parte traseira do relógio e mantê-lo pressionado por 5 segundos. Embora o Índice de Antioxidantes possa ser medido em qualquer dedo, recomenda-se o polegar para obter resultados mais precisos. Medições repetidas devido à textura irregular da pele podem causar resultados imprecisos.
2 Destinado exclusivamente para fins genéricos de bem-estar e condicionamento físico. Não se destina ao uso na detecção, diagnóstico, tratamento, monitoramento ou gerenciamento de nenhuma enfermidade ou doença. As informações relacionadas à saúde acessadas por intermédio do dispositivo e/ou aplicativo não devem ser consideradas orientação médica. Os usuários devem buscar aconselhamento de um médico. Alguns recursos podem variar de acordo com o mercado, operadora e dispositivo pareado.
3 A Universidade Nacional de Seul é uma das principais instituições acadêmicas da Coreia do Sul.
4 Fotodiodos são dispositivos semicondutores que convertem luz em sinais elétricos.
5 O Samsung Medical Center, em Seul, Coreia do Sul, é uma das principais instituições médicas do país, reconhecida por seu atendimento centrado no paciente, tecnologias médicas avançadas e centros especializados, como o Centro Integrado de Câncer e o Centro de Terapia por Prótons.
Sobre a Samsung Electronics Co. Ltd.
A Samsung inspira o mundo e molda o futuro com ideias e tecnologias transformadoras. A empresa está redefinindo os universos de TVs, sinalização digital, smartphones, vestíveis, tablets, eletrodomésticos e sistemas de rede, além de memória, sistemas LSI e semicondutores. A Samsung também avança em tecnologias de imagem médica, soluções de climatização e robótica, enquanto desenvolve produtos automotivos e de áudio inovadores por meio da Harman. Com o ecossistema SmartThings, a colaboração aberta com parceiros e a integração da Inteligência Artificial em todo o portfólio, a Samsung oferece uma experiência conectada, inteligente e fluida, além dos produtos e soluções de B2B, como a Linha Galaxy Robusta, Knox Suite e VXT. Para as notícias mais recentes da marca, acesse a Samsung Newsroom em news.samsung.com/br.
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