Esporte
Corinthians busca virada e conquista o quinto Brasileiro feminino com Arthur Elias

Time de Araraquara abriu o placar logo no início do jogo, mas levou a virada das comandadas de Arthur Elias
LUCIANO TRINDADE
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)
O Corinthians aumentou ainda mais a sua hegemonia no Campeonato Brasileiro feminino. Neste domingo (10), o time alvinegro venceu a Ferroviária, de virada, por 2 a 1, e conquistou o torneio nacional pela quinta vez em sua história, todas sob o comando de Arthur Elias.
Recém-anunciado como novo técnico da seleção brasileira feminina, o treinador fez a sua última partida à frente da equipe corintiana na Neo Química Arena, que recebeu um público de 42.326 pessoas.
Antes de se dedicar exclusivamente ao novo cargo, Elias ainda vai dirigir o time na Copa Libertadores, em outubro, na Colômbia, onde a formação preta e branca vai buscar o tetracampeonato.
Elias foi o escolhido para o lugar da sueca Pia Sundhage justamente pelo histórico vencedor com a equipe do Parque São Jorge, a mais vitoriosa do futebol feminino brasileiro.
O Corinthians ostenta, agora, os títulos do Brasileiro de 2018, 2020, 2021, 2022 e 2023. Somente a própria Ferroviária, de 2018 para cá, conseguiu desbancar as corintianas, na edição de 2019, em final decidida nos pênaltis.
O time de Araraquara é o segundo maior vencedor da competição, com dois troféus, em 2014 e 2019. Até a decisão deste domingo, o clube havia vencido todas as finais que havia chegado.
Por outro lado, o Corinthians também defendia uma invencibilidade.
A equipe feminina nunca perdeu uma partida jogando em Itaquera. Agora, são 11 vitórias em 11 jogos.
O Corinthians chegou à final com a melhor campanha geral do nacional, mandando seus jogos no Parque São Jorge. Nas quartas de final, as alvinegras tiraram o Cruzeiro e, na semifinal, eliminaram o Santos.
No primeiro confronto da decisão, houve um empate por 0 a 0 em Araraquara. Já durante boa parte do primeiro tempo do segundo duelo, o time alvinegro viveu uma situação que não é comum à equipe em duelos na arena corintiana, atuando com o placar adverso.
Aos 9 minutos, Mylena Carioca fez inaugurou o marcador, de cabeça.
Embora tenha ficado mais com a bola, sobretudo no campo de ataque, a postura do Corinthians deixava o Arthur Elias incomodado. Aos 34 minutos, ele resolveu tirar uma jogadora do meio de campo para reforçar o ataque. Sacou Jaque Ribeiro e lançou Gabi Portilho.
Foi com uma bola parada, no entanto, que as donas da casa conseguiram chegar ao empate nos minutos finais da etapa inicial.
Depois de uma sequência de boas defesas da goleira Luciana, Jheniffer marcou de cabeça, aos 41, após cobrança de escanteio.
Depois do intervalo, porém, aos 12 minutos, Tamires recebeu a bola de Millene e marcou o segundo gol do Corinthians.
Empurrado pela torcida, o time alvinegro criou uma série de chances de ampliar o marcador, mas só não conseguiu uma vitória por um placar ainda mais elástico porque a goleira Luciana fez ótimas defesas e, apesar da derrota de sua equipe, saiu de campo bastante elogiada.
FICHA TÉCNICA
CORINTHIANS 2×1 FERROVIÁRIA
Data: 10 de setembro de 2023
Hora: 16h (de Brasília)
Local: Neo Química Arena, São Paulo (SP)
Árbitra: Edina Alves Batista (SP) – Fifa
Assistentes: Neuza Ines Back (SP) – Fifa e Fabrini Belivaqua Costa (SP) – Fifa
VAR: Daiane Muniz (SP) – Fifa
Cartões amarelos: Millene, Mariza (COR), Raquel, Eudimilla, Luana Sartório (FER)
Cartões vermelhos: Jéssica de Lima – técnica (FER)
Gols: Mylena Carioca (aos 9 minutos do primeiro tempo), Jheniffer (aos 41 minutos do primeiro tempo), Tamires (aos 12 minutos do segundo tempo)
Público: 42.326 pessoas
Corinthians: Lelê; Paulinha (Katiuscia), Tarciane, Mariza e Yasmin; Duda Sampaio, Jaqueline (Gabi Portilho), Gabi Zanotti (Juliana Ferreira) e Tamires (Fernandinha); Millene (Vic Albuquerque) e Jheniffer. Técnico: Arthur Elias.
Ferroviária: Luciana; Moniquinha (Daiane Rodrigues), Day Silva, Luana, Gessica (Ingryd), e Barrinha; Raquel, Suzane (Sochor) e Mylena Carioca (Aline Gomes); Laryh (Lelê) e Eudimilla. Técnica: Jéssica de Lima.
Fonte: Jornal de Brasilia

Esporte
Rebeca Andrade e Caio Bonfim são os melhores atletas de 2024; veja todos os premiados

Rebeca, que se tornou em Paris a maior medalhista da história do Brasil em Jogos Olímpicos, superou a judoca Beatriz Souza e a canoísta Ana Sátila para levar o prêmio.
Desta vez, Rebeca não foi à cerimônia porque está fora do País, em viagem a lazer com as colegas da ginástica. Mas gravou um recado sucinto em vídeo. “Quero agradecer a todos que fizeram que o ano da ginástica fosse histórico”, comentou ela.
Outra vitória da ginástica na cerimônia foi a eleição de Francisco Porath, o Chico, como melhor técnico. É ele o responsável pelo sucesso da ginástica brasileira. “Muiitas pessoas aposentaram essas meninas”, desabafou ele. “Mas agora tem fila de meninas querendo fazer ginástica. O Brasil tem que ser o país da ginástica”.
Entre os homens, Caio Bonfim, que fez história nas ruas de Paris, conquistou seu o prêmio pela primeira vez ao superar o multimedalhista Isaquias Queiroz, da canoagem, e Edival Pontes, do taekwondo. O brasiliense de 33 anos ganhou na capital francesa a medalha de prata na marcha atlética de 20 km para o Brasil – a primeira da história para o país.
Carismático, brincalhão e emocionado, ele repassou seu início acidentado no esporte até festejar a primeira medalha em sua quarta Olimpíada. “Não desisti, fui para mais um ciclo, tentei de novo e acho que fui o primeiro a ganhar a medalha na quarta edição. Saí de Paris com a melhor das lições: acredite no sonho de vocês e trabalhe. Vale a pena”, afirmou o grande vencedor da noite.
Caio também foi escolhido, por voto popular, o Atleta da Torcida. Outras duas categorias foram escolhidas por meio de voto popular: Atleta Revelação e o Prêmio Inspire. Os vencedores foram, respectivamente. Gustavo “Bala Loka” (ciclismo BMX freestyle) e Ana Sátila (canoagem).
Lenda do vôlei, José Roberto Guimarães foi condecorado com o Troféu Adhemar Ferreira da Silva, destinado, segundo o COB, a personalidades do esporte que representam os valores que marcaram a carreira e a vida do bicampeão olímpico no salto triplo, como ética, eficiência técnica e física, esportividade, respeito ao próximo, companheirismo e espírito coletivo.
Homenagens e despedidas
Zé Roberto é um dos maiores vencedores do esporte nacional, responsável por levar as seleções de vôlei a cinco medalhas olímpicas. É o único brasileiro tricampeão olímpico, embora nunca tenha sido premiado com medalhas em razão das regras dos Jogos Olímpicos, que premiam apenas os jogadores.
“Agradeço cada sorriso, cada aperto de mão, a solidariedade, principalmente quando a gente perdeu para os Estados Unidos (nas semifinais dos Jogos de Paris)”, discursou Zé Roberto, que aceitou renovar seu contrato por mais quatro anos. Caso leve o Brasil aos Jogos Olímpicos de Los Angeles 2028, ele completará 25 anos ininterruptos como treinador da seleção feminina, feito histórico.
“O que me faz continuar é representar 220 milhões de pessoas. É vestir essa camisa, é ver meu time no pódio, é sentir a energia que é incalculável. Difícil dizer como é esse sentimento”, disse o treinador.
Outros homenageados da noite foram Erlon Souza (canoagem velocidade), Bruno Fratus (natação), Ágatha Rippel (vôlei de praia) e Isabel Swan (vela). Eles foram lembrados por suas carreiras bem-sucedidas. Fratus, aliás, decidiu anunciar oficialmente sua aposentadoria na premiação.
Ele disse ter sido convencido pelo também ex-nadador Gustavo Borges de que o atleta, quando para, não morre duas vezes, e sim nasce duas vezes, contrariando o conhecido aforismo. “A mensagem que deixou para quem nos assiste é: pratique esporte porque muda vidas, e, com certeza, mudou a minha”, falou o ex-nadador.
Não somente atletas se despediram. No último mês à frente do COB, o presidente Paulo Wanderley fez um discurso longo para elencar os seus feitos à frente da entidade. “Considero cumprida minha missão”, afirmou o dirigente, que será sucedido em janeiro por Marco La Porta, eleito presidente com apoio maciço dos atletas há dois meses.
Já Arthur Elias, eleito melhor treinador coletivo, citou os altos índices de violência contra a mulher e que as mulheres sejam respeitadas e valorizadas. O técnico da seleção brasileira feminina de futebol espera que o futebol feminino continue a ser apoiado por políticas públicas e pela iniciativa privada.
As homenagens póstumas foram apresentadas no telão. Zagallo, Maguila, Pampa e Luiz Onmura, além dos jornalistas Antero Greco, Silvio Luiz, foram lembrados por anos de dedicação ao esporte.
O evento foi apresentado pela atriz Larissa Manoela, madrinha do Time Brasil, e pelo humorista Paulo Vieira, apresentador da TV Globo.
PRÊMIOS PRINCIPAIS
Atletas do Ano – Rebeca Andrade e Caio Bonfim
Atleta Revelação – Gustavo “Bala Loka” (ciclismo BMX freestyle)
Atleta Influenciador do Ano – Flávia Saraiva
Atleta da Torcida – Caio Bonfim (marcha atlética)
Prêmio Inspire – Ana Sátila (canoagem)
Destaques dos Jogos da Juventude – Giovana Fioromonte (judô) e Lucio Filho (natação)
Equipe do ano: futebol feminino
Melhor Equipe mista – judô
Melhor treinador individual – Francisco Porah (ginástica artística)
Melhor treinadora individual – Sarah Menezes (judô);
Melhor treinador coletivo – Arthur Elias
Troféu Adhemar Ferreira da Silva – José Roberto Guimarães (técnico da seleção brasileira feminina de vôlei)
Prêmio Espírito Olímpico – Christian Gebara (CEO da Vivo).
VENCEDORES POR MODALIDADE
Atletismo – Caio Bonfim
Águas Abertas – Ana Marcela Cunha
Badminton – Juliana Vieira
Basquete – Marcelinho Huertas
Basquete 3 x 3 – Luana Batista
Breaking – B-Girl Mini Japa
Boxe – Beatriz Ferreira
Canoagem Slalom – Ana Sátila
Canoagem Velocidade – Isaquias Queiroz
Ciclismo BMX Freestyle – Gustavo Bala Loka
Ciclismo BMX racing – Paola Reis
Ciclismo de estrada – Ana Vitória ‘Tota’ Magalhães
Ciclismo mountain bike – Ulan Galinski
Ciclismo de pista – Wellyda Rodrigues
Desportos na neve – Zion Bethonico
Desportos no gelo – Nicole Silveira
Escalada esportiva – Rodrigo Hanada
Futebol – Lorena
Ginástica Artística – Rebeca Andrade
Ginástica Rítmica – Bárbara Domingos
Ginástica de Trampolim – Ryan Dutra
Handebol – Bruna de Paula
Hipismo adestramento – João Victor Oliva
Hipismo CCE – Rafael Lozano
Hipismo saltos – Stephan Barcha
Hóquei Sobre a Grama – Lucas Varela
Judô – Beatriz Souza
Levantamento de Peso – Laura Amaro
Nado Artístico – Marina Postal e Eduarda Mattos
Natação – Guilherme Costa, o Cachorrão
Pentatlo moderno – Isabela Abreu
Remo – Lucas Verthein
Rugby Sevens – Thalia Costa
Saltos Ornamentais – Ingrid Oliveira
Skate – Rayssa Leal
Surfe – Tatiana Weston-Webb
Taekwondo – Edival Pontes, o Netinho
Tênis – Beatriz Haddad Maia
Triatlo – Miguel Hidalgo
Tênis de Mesa – Hugo Calderano
Tiro com Arco – Marcus D’Almeida
Tiro esportivo – Geovana Meyer
Vôlei – Gabi Guimarães
Vôlei de Praia – Duda Lisboa e Ana Patrícia
Vela – Bruno Lobo
Wrestling greco-romana – Joilson Junior
Wrestling livre – Giulia Penalber
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