Moda
Mulheres negras voltam a alisar cabelos após críticas e relatam pressão sobre a própria imagem

Brasilia – A estudante Brenda Araújo Soares (sentada) é cliente de Rosemeire de Oliveira (de pé) desde criança. Foto: Renato Araújo/ABr
Embora não seja uma tendência generalizada, aquelas que abrem mão dos crespos e cacheados alegam praticidade e busca por aceitação
GABRIELLA SALES
SÃO PUALO, SP
Aos 25 anos, Luany Airão não lembra exatamente quando começou a alisar o cabelo. Ela se recorda perfeitamente, porém, da situação que a levou a tomar essa decisão. “Estava descendo as escadas da escola com alguns colegas quando um menino da minha sala puxou meu cabelo e chamou de cabelo duro.”
Luany ainda era criança quando ofensas como essas a levaram a pedir ajuda da mãe para realizar alisamentos térmicos no cabelo, com secador e chapinha. “Antes dos 15 anos [eu] já estava usando química”, conta.
Mas depois de anos de alisamento, decidiu usar o cabelo natural. Em 2022, porém, uma ocorrência semelhante àquela que enfrentou na infância a motivou a retomar o uso de secador e chapinha de forma constante em seu cabelo, que estava cacheado.
“Comecei a me sentir mal quando passei a conviver em certos grupos em que as pessoas usavam termos como cabelo duro, cabelo ruim”, conta Luany, que se mudou de Feira de Santana (BA) para Foz do Iguaçu (PR) para dar aulas de português para refugiados. Para ela, o incômodo maior não se deve à decisão de alisar, mas ter feito a escolha em decorrência dos julgamentos que ouviu. “Quero me permitir ter a liberdade de fazer o que eu quiser com o meu cabelo, considerando o que gosto e o que é melhor para mim, e não por causas externas.”
Luany é uma das mulheres que, após anos usando o cabelo natural, decidiram voltar a usar técnicas de alisamento por desconforto pessoal ou comentários alheios. O movimento é relatado por internautas e foi percebido em salões de beleza consultados pela reportagem. Embora não seja uma tendência generalizada, aquelas que abrem mão dos crespos e cacheados alegam praticidade e busca por aceitação, além de afirmar seu direito em escolher a textura que preferem -e reclamam de seus cabelos e suas decisões sobre a própria imagem estarem sempre em pauta.
A dificuldade de aceitação é enfrentada por muitas mulheres negras que decidem manter a textura natural de seus cabelos. A recepcionista mineira Zaine Regina, 26, também passou a alisar o cabelo após experiências negativas na infância, em Belo Horizonte (MG). Seu cabelo crespo era associado a marcas de palha de aço pelos colegas.
A decisão por deixa de fazer o alisamento ocorreu em um momento em que estava desempregada e não queria mais gastar dinheiro com os procedimentos químicos. Durante o processo, aprendeu a apreciar seu cabelo natural e a buscar referências de beleza que se identificava.
Contudo, a satisfação pessoal não foi suficiente para blindá-la de situações difíceis. “Recentemente, fiz uma entrevista de emprego em que a ficha perguntava quantas vezes por semana eu estaria disposta a trabalhar com o cabelo preso ou liso. Como precisava do emprego, respondi ‘todos’”, afirma. “Apesar disso, não me vejo voltando à rotina de alisamento e ao constate pânico que eu sentia de que vissem meu cabelo natural.”
A dificuldade de lidar com a pressão estética, porém, continua sendo um problema mesmo para mulheres que escolhem o cabelo liso. É o caso de Cinthya Santos, 26, moradora do bairro de Cidade Tiradentes, na capital paulista.
Desde criança, a proximidade com a mãe, que é cabeleireira, facilitou o acesso a produtos de relaxamento e alisamento. Quando lançamentos chegavam ao salão de beleza, a matriarca oferecia para a filha, que realizava os procedimentos.
Ela relata que gostava de seu cabelo natural, mas se incomodava com o volume, além de ouvir críticas dos colegas da escola.
Aos 12 anos começou a fazer escova progressiva e passou a gostar da textura lisa. Apesar do incômodo com o processo químico, que é demorado e, na época, incluía produtos com grandes quantidades de formol, Cinthya se acostumou com o cabelo liso e a nova aparência.
A pandemia fez com que ela ficasse um longo período sem fazer o alisamento, o que foi um estímulo para lidar com os cachos completamente naturais. Chegou à conclusão, porém, que não tem paciência para cuidar da forma que julga necessária para manter o cabelo cacheado da maneira que gosta. “Hoje, minha escolha pela progressiva é pela praticidade”, afirma.
Cinthya, que trabalha com marketing, utiliza um produto que considera “mais fraco” e, com os intervalos longos entre os procedimentos químicos, consegue usar o cabelo com uma textura mais cacheada quando deseja. Para ela, porém, voltar ao cabelo completamente natural não é uma opção, mesmo que muitas vezes se sinta cobrada por isso. “O que me incomoda é o meu cabelo sempre ser colocado em pauta.”
Fonte: Jornal de Brasilia

Moda
Catarinense Sofia Schaadt conquista o Brasil e desponta no mercado de luxo

A jovem de apenas 13 anos é uma estrela em ascensão que conquistou as redes sociais e marcas consagradas do mundo fashion |
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Créditos: Sofia Schaadt / Acervo pessoal |
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Sofia Schaadt tem que se desdobrar entre as tarefas comuns de uma adolescente e os compromissos de trabalho. A carreira precoce da celebridade digital começou depois dela postar vídeos que viralizaram no Tiktok e no Instagram, onde acumula mais de 2,7 MM de seguidores nas duas plataformas. A fama repentina fez de Sofia uma das queridinhas do mercado de luxo nas redes sociais. Entre as marcas de prestígio que apostam no talento da jovem influenciadora estão Gyvenchi, Cremy e Drunk Elephant, entre outras que promovem campanhas com a imagem da jovem, como foi o caso do evento que lançou a primeira máscara liquida lamelar para cabelo, da marca Haskell, em São Paulo. Sofia tem sido convidada com frequência para eventos de norte a sul do Brasil e ainda está se acostumando com o assédio das fãs. “muitas vezes eu me surpreendo com as meninas e até adultos que se aproximam pedindo para tirar fotos, fazer uma selfie, seja onde quer que eu esteja “, revela. Natural de Balneário Camboriú, Sofia compartilha nas redes sociais dicas de maquiagem, moda e calçados, conectando seu público também. Pela beleza e carisma. A naturalidade com que se comunica com os seus seguidores, 90% do público feminino que vai desde crianças a mulheres adultas, impressiona aqueles que veem os seus vídeos. Filha dos empresários Fabio e Amanda Schaadt, naturais de Brusque. “A Sofia sempre demonstrou uma natureza empreendedora e se dedica a tudo que faz. Acho que isso contribuiu muito para que as marcas procurem por ela não só para publis, mas para participação em eventos e como modelo dos seus produtos”, afirma Amanda, que está sempre ao lado da filha. A jovem estrela é um orgulho para os catarinenses e promete brilhar cada vez mais no mercado de luxo. “Eu estou muito feliz com tudo que está acontecendo, com o carinho das pessoas e o interesse das marcas. Tudo tem sido tão especial e tão rápido que eu só tenho que agradecer por tudo isso”, finaliza. Redes sociais: Instagram: Link: https://www.instagram.com/ TikTok: Link: https://www.tiktok.com/@sofia. Site: Link: https://sofiaschaadt.com.br/ Canal no YouTube: Link: https://www.youtube.com/@ Baixe a foto clicando no link logo abaixo. |
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