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Advogada de Brasília é indicada por Lula para o STJ; conheça Daniela Teixeira

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Daniela Teixeira tem de passar por sabatina na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado e em votação no plenário – (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)

Presidente escolhe Daniela Teixeira para vaga aberta na Corte com a aposentadoria do ministro Félix Fischer

Foto de perfil do autor(a) Ana Maria Campos

Ana Maria Campos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu indicar a advogada Daniela Teixeira para a vaga do quinto constitucional do Superior Tribunal de Justiça (STJ), aberta com a aposentadoria do ministro Félix Fischer. Apesar dos méritos pessoais da escolhida, a decisão alivia a pressão do meio jurídico para que a sucessão da ministra Rosa Weber, em setembro, leve em conta a questão de gênero, para, no mínimo, manter a atual representatividade feminina no Supremo Tribunal Federal (STF).

Lula tem outras opções para a vaga na Suprema Corte: o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, e o advogado-geral da União (AGU), Jorge Messias. Mas vem sendo pressionado a escolher uma mulher depois que nomeou o próprio advogado, Cristiano Zanin, para a vaga de Ricardo Lewandowski. Com Daniela, o petista uniu uma estratégia política com uma identificação política.

A advogada, de 51 anos, recebeu respaldo de políticos progressistas, é próxima do grupo Prerrogativas, que apoiou a anulação do processo que levou Lula à prisão em Curitiba e tem uma relação de amizade com Jorge Messias. Na campanha do ano passado, eles se uniram para organizar um ato de apoio à democracia e dar aval ao petista.

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Daniela Teixeira também teve embate com o ex-presidente Jair Bolsonaro, quando ele ainda era deputado federal. Foi em 2016. Durante uma sessão no plenário, ela fez referência ao fato de que Bolsonaro era réu por incitação ao estupro e por injúria, por ter dito que a deputada Maria do Rosário (PT-RS) não merecia ser estuprada porque era “muito feia”.

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TSE

Na gestão de Bolsonaro no Planalto, a advogada integrou lista tríplice para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas não foi indicada.

Na disputa pelo STJ, era considerada favorita desde o ano passado, antes mesmo de passar pelas primeiras fases de seleção, entre advogados e ministros da Corte.

Ela ficou em primeiro lugar na lista que partiu do STJ e era a única mulher. Compunham a seleção de advogados que chegou ao presidente Lula.

Com 20 anos de experiência, Daniela vem de uma família em que é a primeira advogada e, portanto, progrediu por mérito próprio, sem se apoiar em parentes com sobrenomes famosos no mundo jurídico.

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Determinada, tem um perfil voltado às questões de combate à violência contra a mulher e busca abrir espaços femininos nas estruturas de poder. Trabalhou pela aprovação de uma lei federal que libera grávidas e lactantes de passarem por aparelhos de raio-X ao entrarem nas cortes de Justiça. A exposição pode prejudicar os bebês.

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Uma outra lei foi batizada de Júlia Mattos, nome da filha de Daniela. A norma concede direitos às advogadas grávidas, adotantes e lactantes, como suspensão de prazos e preferência em audiências.

A história de Júlia foi a motivação para a lei, uma vez que Daniela, quando estava gestante, passou horas esperando o julgamento de um processo no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e saiu de lá direto para o hospital onde a bebê nasceu prematura.

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Por sua luta no combate à violência doméstica, a advogada foi homenageada na Câmara dos Deputados com a maior honraria dedicada às mulheres, a Medalha Mulher Cidadã Carlota Pereira de Queirós, em 2017.

Com esse perfil, Daniela certamente terá um olhar especial para as causas femininas. A última ministra escolhida para o STJ foi Regina Helena Costa, indicada há 10 anos pela então presidente Dilma Rousseff.

Pelo Twitter, a primeira-dama Janja Lula da Silva se manifestou sobre a escolha: “Como tenho dito com frequência, é extremamente importante que mulheres ocupem cada vez mais espaços de decisão e poder. Parabéns, Daniela!”

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A brasiliense agora precisa passar por sabatina na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado e em votação no plenário. Após a aprovação, será nomeada pelo presidente Lula.

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Fonte: Correio Brasiliense

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CDH realiza audiência pública sobre os desafios e as boas práticas na proteção dos direitos da pessoa idosa

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CDH realiza audiência pública sobre os desafios e as boas práticas na proteção dos direitos da pessoa idosa

A Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado Federal realiza, na próxima segunda-feira, 16 de junho, às 9h30, no Plenário 2 da CDH, audiência pública com o tema: “Desafios e boas práticas para a efetivação dos direitos humanos da pessoa idosa”.

O debate foi proposto pela senadora Damares Alves (Republicanos-DF), advogada, ex-Ministra de Estado da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos e atual presidente da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado Federal. A iniciativa tem como base a Política Nacional do Idoso (Lei nº 8.842/1994) e o Estatuto da Pessoa Idosa (Lei nº 10.741/2003). O objetivo é discutir caminhos concretos para garantir a autonomia, dignidade, segurança e participação social da população idosa no Brasil.

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“Estamos diante de um cenário alarmante. Os dados revelam um aumento expressivo da violência contra idosos, especialmente dentro de casa e cometida por familiares. É urgente propor medidas mais efetivas e integradas para a proteção da pessoa idosa”, declarou a senadora Damares Alves.

Dados da Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos (ONDH), do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, revelam que, em 2023, foram registradas 143,5 mil denúncias de violência contra idosos, resultando em 841,6 mil violações.

O crescimento da violência foi de 38%, apenas no primeiro semestre de 2023, em comparação com o mesmo período do ano anterior, segundo o Senado Notícias.

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A análise da relação entre suspeito e vítima aponta os filhos como os principais agressores, representando 56,29% dos casos declarados. Mais de 67% das vítimas são mulheres, e as agressões ocorrem, majoritariamente, dentro da residência da vítima ou do suspeito, reforçando o caráter doméstico e familiar da violência. Em 2024, até o momento, a Ouvidoria já recebeu mais de 179 mil denúncias envolvendo violações dos direitos da pessoa idosa. Entre os tipos de violência mais relatados estão: negligência (17,5%), risco à saúde (14,6%), tortura psíquica (12,8%) e maus-tratos (12,2%).

O Brasil tem hoje mais de 32 milhões de pessoas com 60 anos ou mais, representando 15,6% da população, de acordo com o Censo 2022. O crescimento dessa parcela da população exige respostas coordenadas entre Estado, sociedade e organizações da área.

A audiência contará com a participação de especialistas, autoridades públicas e representantes da sociedade civil organizada, e integra um ciclo de debates promovido pela CDH para fortalecer as políticas públicas voltadas à população idosa.

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Expositores confirmados:

* Renata Gil de Alcântara Videira – Conselheira do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e presidente da Comissão Permanente de Políticas de Prevenção às Vítimas de Violências, Testemunhas e de Vulneráveis.

* Monize da Silva Freitas Marques – Juíza de Direito, auxiliar da Corregedoria e Coordenadora da Central Judicial da Pessoa Idosa do TJDFT.

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* Raphael Castelo Branco – Presidente do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa e representante do Conselho Federal da OAB.

* Maurício Gehlen – Prefeito de Paranavaí (PR) e presidente do Instituto Maurício Gehlen.

* Marco Túlio Gualberto Cintra – Presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG).

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* Egídio Dórea – Diretor da Universidade Aberta da Terceira Idade da USP e coordenador do Programa Envelhecimento Ativo do Hospital das Clínicas de São Paulo.

* Mauro Moreira Freitas – Presidente da Associação Brasileira de Cidadão Sênior (ABRACS).

Como participar

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O evento será interativo: os cidadãos podem enviar perguntas e comentários pelo telefone da Ouvidoria do Senado (0800 061 2211) ou pelo Portal e‑Cidadania, que podem ser lidos e respondidos pelos senadores e debatedores ao vivo. O Senado oferece uma declaração de participação, que pode ser usada como hora de atividade complementar em curso universitário, por exemplo. O Portal e‑Cidadania também recebe a opinião dos cidadãos sobre os projetos em tramitação no Senado, além de sugestões para novas leis.

 

Assessoria de Comunicação

Senadora Damares Alves

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Tel: (61) 993797625

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