Politica
Tebet sobre Rotas de Integração Sul-Americanas: “Mais emprego, mais renda, mais qualidade de vida”
A ministra Simone Tebet durante o Bom Dia, Ministra: responsabilidade fiscal conjugada com compromisso social. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
No “Bom Dia, Ministra” desta quinta-feira (18), titular do Planejamento e Orçamento destacou importância da conectividade do Brasil com países fronteiriços para o desenvolvimento sustentável do país
As Rotas de Integração e Desenvolvimento Sul-Americano estiveram entre os temas centrais da participação da ministra Simone Tebet (Planejamento e Orçamento) no “Bom Dia, Ministra” desta quinta-feira, 18 de julho. O Governo Federal desenhou cinco rotas após consulta aos 11 estados que fazem fronteira com países da América do Sul. As rotas têm o duplo papel de incentivar e reforçar o comércio do Brasil no continente e de reduzir o tempo e o custo do transporte de mercadorias entre Brasil e os mercados asiáticos.
Estamos falando de tornar os nossos produtos mais competitivos. Dependendo da distância aqui do Brasil, para a gente exportar para a China ou trazer produtos de lá, estamos falando em reduzir a distância em 7 mil quilômetros. Estamos falando em reduzir o tempo dessa carga em torno de 10 dias. É um cenário que, a partir de 2026, vai mudar a cara do Brasil”
Simone Tebet, ministra do Planejamento e Orçamento
“Essa rota é tudo o que queremos para o Brasil. Significa mais emprego, mais renda, mais qualidade de vida. A gente não consegue combater a desigualdade social sem diminuir a desigualdade regional. Então, como resolver? Levando desenvolvimento aos estados de fronteira. Foi aí que elaboramos as Rotas de Integração. Fazer com que estados do norte, do centro-oeste e do sul que estão nas fronteiras possam se desenvolver beneficiando todo o Brasil”, disse a ministra.
Entre os mais de 9,7 mil projetos do Novo PAC, 190 foram identificados com potencial de contribuir com a integração regional. As obras vão facilitar o comércio com os países da América do Sul e com a Ásia, fazendo com que o dinheiro circule mais dentro do Brasil.
“Estamos falando de tornar os nossos produtos mais competitivos. Por exemplo, dependendo da distância aqui do Brasil, para a gente exportar para a China ou trazer produtos de lá para cá, estamos falando em reduzir a distância em 7 mil quilômetros. Estamos falando em reduzir o tempo dessa carga, ou de pessoas que vão viajar, de algo em torno de 10 dias. É um cenário que, a partir de 2026, vai mudar a cara do Brasil”, disse.
Segundo a ministra, a intenção é, já na COP-30, ano que vem, em Belém, inaugurar a Rota 2, Amazônica. “É a que liga o Norte, especialmente a Zona Franca de Manaus (AM) e o Pará, o Porto de Santarém, à tríplice fronteira com Colômbia e Peru. Isso vai ligar não só os estados amazônicos à América do Sul, mas vai interligar o maior investimento da China na América do Sul, que é o porto de Chancay, a 60 quilômetros de Lima, no Peru.
PANTANAL — Durante uma hora de conversa com radialistas de várias regiões do país, a ministra também detalhou a Medida Provisória que liberou crédito extraordinário de R$ 137,6 milhões para atender ações emergenciais no combate aos incêndios e a escassez hídrica no Pantanal. “O Pantanal é nosso patrimônio. É patrimônio da humanidade. É a maior planície alagável do mundo. Está sofrendo muito por efeitos climáticos, por uma mudança do tempo, é natural que a gente tenha que reforçar, redobrar esforços. Então, sim, o dinheiro está na conta. O presidente Lula disse: ‘Crie quantos créditos extraordinários forem necessários, ministra Simone. Você conhece a realidade, é do estado, não pode faltar recursos’. E não estão faltando”, pontuou.
QUEM PARTICIPOU – O “Bom dia, Ministra” é um programa semanal, realizado pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC) e a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom). Participaram da edição desta quinta as rádios Guaíba (Porto Alegre/RS), Nacional (Brasília/DF), FM Morena (Campo Grande/MS), Dom Bosco (Fortaleza/CE), Bandeirantes (Campinas/SP), Norte FM (Manaus/AM), CBN (Belém/PA), Tribuna FM (Petrópolis/RJ), Jornal (Recife/PE).
“Vamos ter que cortar gastos, mas vamos cortar gastos naquilo que efetivamente está sobrando, em fraudes, em erros”, disse a ministra, ao falar sobre a agenda de revisão de gastos. “Vamos fazer revisão de gastos com justiça social”, explicou.
— Ministério do Planejamento e Orçamento (@MinPlanejamento) July 18, 2024
Confira os principais trechos da entrevista:
CONTROLE FISCAL — O Brasil não pode gastar mais do que arrecada. Se gasta mais do que arrecada, quem paga a conta, inclusive, são os mais pobres. Porque você não passa credibilidade, segurança de que o país vai cumprir os compromissos no futuro. Os juros sobem. Mas, ao mesmo tempo, não podemos gastar menos do que o necessário. Não podemos esquecer que o Brasil saiu empobrecido da pandemia. Muitas políticas foram abandonadas. Tivemos que, em 2023, repor políticas públicas. Só que você não repõe da noite para o dia. Então, o grande exercício é equilibrar, é não gastar demais a ponto de, depois, o pobre comprar comida mais cara, mas também não gastar de menos. Essa é a determinação do presidente Lula.
RIO GRANDE DO SUL — Nós não só estamos autorizados a criar tantos créditos extraordinários quantos forem necessários, como não precisamos colocar na conta dessa questão de receita versus despesa, ou seja, não temos que ter preocupação com o impacto no primário, de cumprir meta fiscal. É uma das poucas exceções que nos foram dadas por lei, pelas medidas provisórias, pelo Congresso Nacional, então dinheiro não vai faltar para o Rio Grande do Sul. Mais de R$ 90 bilhões já foram anunciados, porque não só na parte emergencial, que foi Defesa Civil, socorrer as pessoas, salvar vidas, doar alimentos, água, transporte, as Forças Armadas foram fundamentais, junto com todo o voluntariado Brasil afora. Essa parte emergencial está passando e envolveu vários custos, mas o que fica foi uma terra arrasada. É preciso recursos na mão dos gaúchos, e isso não vai faltar pelo Governo Federal. Foram pagos até agora R$ 19 bilhões, mas já foram empenhados mais R$ 25 bilhões.
FERROVIAS — Eu sou apaixonada por ferrovias de modo geral, metrôs, ferrovias. O Brasil é o único país de dimensão continental que praticamente não tem ferrovias. Ferrovia é mais barato, mais seguro, ecologicamente falando é mais sustentável e o Brasil não consegue investir em ferrovia. Eu mexo com orçamento, cuido do orçamento brasileiro, e sei que nós não temos dinheiro para fazer ferrovias no Brasil enquanto não acabarmos com analfabetismos, enquanto não tivermos saúde de qualidade, dando casa para quem precisa. Então, sou entusiasta das parcerias públicas e privadas. Ou você coloca para a iniciativa privada, através de concessões, ou faz parcerias público-privadas. Eu acredito que o caminho do governo vai ser esse, e isso gera emprego, gera renda.
AMAZÔNIA — Nós sabemos da importância do Rio Amazonas, do Rio Solimões, do Rio Madeira, para o bioma amazônico, e a importância do bioma amazônico para o Brasil e para o mundo. Estamos trabalhando de forma enfática para trazer benefícios econômicos, financeiros para os brasileiros com o maior ativo que temos, que é a floresta amazônica. A floresta em pé significa termos duas responsabilidades: manter a floresta em e dar dignidade a 28 milhões de amazônidas que moram, precisam de emprego e precisam de renda. Então, a floresta em pé precisa valer mais do que a árvore deitada. E isso temos condições de fazer e apresentar na COP 30, um grande projeto elaborado por vários ministérios de crédito de carbono, de títulos verdes, de trazer recursos do mundo que precisa da floresta para que possa ser investido na população mais humilde, para que possa ser investido nos estados amazônicos, a fim de fomentar o desenvolvimento sustentável. A Amazônia não precisa de indústria com chaminé, mas precisa da indústria verde, que pode extrair o que há de bom das florestas sem precisar derrubar nenhuma árvore, mas gerando emprego a quem está ali também.
ESTRATÉGIA 2050 — A Estratégia 2050 tem uma única pergunta a ser feita para o povo brasileiro: que Brasil vocês querem para os próximos anos? E que Brasil sonham ter daqui 20, 25 anos para os seus filhos? Já começando agora, porque não é um Brasil que iremos construir em 2050. É um Brasil que temos que construir passo a passo, em todas as áreas, de desenvolvimento humano, educação, saúde, geração de emprego, cuidado com a economia, com o meio ambiente, segurança pública, políticas sociais. E como chegaremos lá? De que forma? E como estaremos em 2050? Então, é um projeto feito por diversas mãos. É uma estratégia onde vamos ouvir todos os entes da Federação. Estados, municípios através das suas confederações. As sociedades civis organizadas, as academias, as universidades, o setor produtivo e todas as faixas etárias, da juventude à nossa melhor idade. E aí faremos a projeção até 2050 com metas.
LDO — A Lei de Diretrizes Orçamentárias direciona todo o trabalho do orçamento brasileiro. O orçamento é a reunião de todas as receitas, tudo aquilo que arrecadamos, e de todas as despesas, ou seja, para onde vai o dinheiro do povo brasileiro, dos impostos, o arrecadado na área da saúde, da educação, da segurança pública, das obras, por exemplo, como Minha Casa Minha Vida. Então a lei de diretrizes orçamentárias direciona, diz como, quando, de que forma, o que pode, o que não pode, porque até o presidente da República, embora tenha muito poder, tem regras a cumprir. Mas estamos tranquilos, a LDO foi muito bem elaborada, por diversas mãos. Vai ser votada entre agosto e setembro, sem problema. Enquanto isso, nós temos outra missão, que é a elaboração do orçamento. Aí sim, onde vai, em cada ação, em cada política, cada centavo dos recursos. É uma ginástica um pouco difícil, porque é uma conta matemática que parece ser simples, mas não é. É uma equação onde a receita menos despesa tem que dar igual a zero. Significa o seguinte: temos um compromisso com o país de não gastar mais do que arrecada. Então o nosso orçamento do ano que vem tem que trazer as despesas necessárias para atender todas as demandas, mas elas não podem passar daquilo que arrecadamos, porque o Brasil não pode seguir devendo, porque isso tem um impacto grande na vida das pessoas. O país que entra, anos seguidos, gastando mais do que arrecada, compromete juros, inflação, dólar, e isso significa preços mais caros para a vida das pessoas.
Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República
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Governo lança 2ª Estratégia Brasileira de Educação Midiática e ganha destaque na semana global da UNESCO sobre o tema
O secretário de Políticas Digitais da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, João Brant, anunciou o lançamento da 2ª Estratégia Brasileira de Educação Midiática, que aprofunda ações voltadas à promoção de habilidades críticas para acessar e analisar informações, à formação de professores e à cooperação internacional. Foto: Secom-PR
Durante Global MIL Week, em Cartagena, na Colômbia, Secom apresentou os principais resultados da política nacional de educação midiática e reforçou a cooperação com países da América Latina e com a França
Os avanços brasileiros em educação midiática estiveram em destaque na Global Media and Information Literacy Week 2025, conferência mundial da UNESCO realizada em Cartagena, na Colômbia, entre os dias 22 e 25 de outubro. A delegação brasileira apresentou as principais políticas e experiências nacionais no tema, reforçando o compromisso do país com a construção de um ecossistema informacional mais democrático, confiável e participativo.
Representando o ministro da Secom, João Brant, secretário de Políticas Digitais, participou da mesa de encerramento da conferência ao lado do Vice-ministro de Transformação Digital da Colômbia, Oscar Alexander Ballén e Tawfik Jelassi, Diretor-Geral Adjunto de Comunicação e Informação da UNESCO. No painel, Brant anunciou o lançamento da 2ª Estratégia Brasileira de Educação Midiática, que aprofunda ações voltadas à promoção de habilidades críticas para acessar e analisar informações, à formação de professores e à cooperação internacional.
“A educação midiática é essencial para fortalecer a democracia. Quando as pessoas têm ferramentas para compreender e participar criticamente do ambiente informacional, o debate público se torna mais justo e mais plural. Essa nova Estratégia aprofunda esse compromisso do Brasil com uma sociedade que valoriza o diálogo e enfrenta a desinformação de forma coletiva.”, afirmou João Brant.
“A educação midiática é essencial para fortalecer a democracia. Quando as pessoas têm ferramentas para compreender e participar criticamente do ambiente informacional, o debate público se torna mais justo e mais plural. Essa nova Estratégia aprofunda esse compromisso do Brasil com uma sociedade que valoriza o diálogo e enfrenta a desinformação de forma coletiva”
João Brant, secretário de Políticas Digitais
ATUALIZAÇÃO DA ESTRATÉGIA – Lançada em 2023 e coordenada pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), a primeira Estratégia Brasileira de Educação Midiática apresentou eixos de atuação e prioridades da política, como formação de professores, enfoque na educação básica e nas temáticas relacionadas ao uso de telas e dispositivos por crianças e adolescentes. Em sua segunda edição, a Estratégia destaca os instrumentos de implementação da política e os principais resultados alcançados, especialmente em articulação com o Ministério da Educação, tais como:
- Inserção da Educação Midiática nos editais do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), fazendo com que o tema integre, pela primeira vez, o conteúdo dos livros didáticos que chegam às escolas brasileiras;
- Primeira coleção de cursos sobre Educação Digital e Midiática, com 80 cursos disponibilizados na plataforma AVAMEC do Ministério da Educação, totalizando mais de 340.000 certificações gratuitas;
- Primeiras diretrizes nacionais do Conselho Federal de Educação sobre o uso de dispositivos digitais em ambientes escolares e a integração curricular da educação midiática, prevendo que todas as escolas do país tenham o tema nos seus currículos até 2026;
A nível internacional, a Estratégia Brasileira de Educação Midiática também oportunizou a realização de projetos com França, Dinamarca, Finlândia e países membros da Rede Latinoamericana de Cidadania Digital da UNESCO. Além disso, a temática da educação midiática compõe um dos eixos da Iniciativa Global para a Integridade da Informação sobre Mudanças Climáticas liderada pelo governo brasileiro em parceria com a Organização das Nações Unidas e UNESCO.
GLOBAL MIL WEEK 2025 – Na semana global da UNESCO em Cartagena, a Secom participou de três painéis temáticos. O primeiro apresentou iniciativas-modelo de educação midiática, com foco na inserção do tema nos currículos escolares brasileiros e na mobilização social. A mesa reuniu representantes do Instituto Palavra Aberta, da Secretaria de Comunicação de Alagoas, representada pelo secretário Wendel Palhares, da Secretaria de Educação da Bahia, e do CEIBAL, do Ministério da Educação do Uruguai, parceiro da Secom no desenvolvimento de currículos em educação midiática e cidadania digital.
Em outro painel, o Brasil apresentou, em parceria com o CLEMI (Centro para Educação Midiática da França), os resultados do projeto MídiaCOP, que qualificou professores da região Norte para a cobertura jornalística e crítica da COP30 por estudantes. O projeto inaugura um modelo inovador de formação de educadores voltado à sustentabilidade em articulação com a educação midiática.
A terceira mesa destacou a primeira Estratégia Brasileira de Educação Midiática no contexto da Rede Latino-Americana de Cidadania Digital, coordenada pela UNESCO Montevidéu. A discussão reforçou o papel do Brasil como referência regional no desenho de políticas públicas que combinam formação docente, pesquisa e participação social.
Durante o evento, Brasil e França também anunciaram a segunda fase da cooperação bilateral iniciada com o projeto MídiaCOP. A nova etapa ampliará a formação de professores em educação midiática e climática para todos os estados brasileiros, com o apoio do CLEMI e da Embaixada da França no Brasil.
“Essa parceria é um exemplo de como a cooperação internacional pode fortalecer a educação e a democracia. O diálogo entre Brasil e França, com apoio da UNESCO, mostra que enfrentar a desinformação exige redes de confiança e de conhecimento”, completou Brant.
SBEM – No contexto da Global MIL Week, o governo brasileiro realiza, desde 2023, a Semana Brasileira de Educação Midiática (SBEM). Promovida em parceria entre a Secom e o Ministério da Educação com apoio da UNESCO, a edição de 2025 da Semana tem início nesta terça-feira (28) com uma abertura presencial em Brasília e se estende até sexta-feira com atividades online e presenciais em todos os estados do Brasil, promovidas por escolas e universidades. Saiba mais sobre a Semana aqui.
Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República
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