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Saúde

São 11 milhões de mães solo no Brasil: Como fica a saúde mental dessas mulheres?

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Na minha família materna, composta por mulheres negras vindas do Nordeste, sou pelo menos a terceira geração de mães solo. Minha avó foi mãe solo, depois dela minha mãe, depois das duas eu também me tornei mãe solo. O saldo da maternidade solo é extremamente negativo, tanto para as mães quanto para os filhos. No entanto, talvez umas das questões mais silenciadas nesta discussão seja a saúde mental desta mulher que cuida sozinha dos filhos.

Segundo a pesquisa do Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o número de mães solo no Brasil aumentou na última década. Entre 2012 e 2022, foram mais 1,7 milhão de mulheres nessas condições, sendo 90% mães negras.

Em nosso país, 11 milhões de mulheres brasileiras criam seus filhos sozinhas, sem um pai ou estrutura familiar de suporte, como aponta a pesquisa da FGV. Entre elas, 72,4% não têm nenhuma rede de apoio próximo. Ao todo, as mães solo representam 15% das famílias brasileiras, a maioria na região Norte e Nordeste, segundo dados da pesquisa realizada pela especialista Janaína Feijó.

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Falta de suporte social, seja de políticas públicas, ou de divisão das tarefas de cuidado, discriminação no mercado de trabalho, salários mais baixos, romantização da exaustão. Como fica a saúde mental das mães solo?

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A sobrecarga financeira por criar e custear a vida dos filhos sem divisão equilibrada com os pais nos impede de acessar cuidados importantes com a saúde, como acompanhamento médico, psicoterapia, exames e tratamentos medicamentosos, quando necessários. A necessidade de cuidar dos filhos nos tira do mercado de trabalho quando não temos rede de apoio.

Criar pessoas, uma tarefa imensa de natureza essencialmente coletiva, tem sido a maior barreira ao desenvolvimento e realização da vida de mulheres que são mães solo, especialmente mulheres negras nestas condições, que vivem com menos renda e atravessadas por mais violência.

A saúde mental das mães solo exige uma abordagem social. Não é possível falar sobre saúde mental dessas mulheres sem falar das políticas públicas falhas e insuficientes, sem falar da ausência dos homens nas demandas do cuidado de forma equitativa, sem falar da responsabilidade que a sociedade brasileira precisa ter em redistribuir renda e a riqueza produzida massivamente por essas mulheres, mas destinada sempre a outros cofres.

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A saúde mental das mães solo exige a participação de todos os setores da sociedade, a intersetorialidade das políticas públicas e o comprometimento ético em reconhecer que estamos doentes e exaustas por carregar gerações de problemas sociais invisibilizados nas costas.

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* Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do IstoÉ.

Fonte: IstoÉ

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Saúde

IgesDF reforça ética e integridade na UPA do Riacho Fundo com Projeto Café com Compliance

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Autora Pollyana Cabral
Foto Divulgação/ IgesDF
Equipe do Instituto visita unidade de saúde para orientar lideranças e fortalecer a cultura de conduta ética e respeito nas relações de trabalho
Por Pollyana Cabral
Nesta quinta-feira (16), a UPA do Riacho Fundo recebeu uma visita especial da Coordenação de Governança e Integridade do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF). A ação faz parte do Projeto Café com Compliance, iniciativa que visa reforçar o Programa de Integridade da instituição, alinhando equipes às políticas internas e ao Código de Ética e Conduta.
“O compromisso da gestão é um alicerce do Programa de Integridade do Instituto. O Café com Compliance é um momento de reforçar a temática, bem como compartilhar experiências e orientações”, afirma Eduardo Corrêa, Coordenador de Governança e Integridade do IgesDF.
A visita integra a Semana de Compliance, Controle Interno e Transparência do IgesDF, que tem como propósito consolidar uma cultura de ética e integridade, destacando a importância do cumprimento das normas institucionais.
“A visita da equipe à UPA do Riacho Fundo reforçou o compromisso da unidade com a ética, a integridade e o respeito nas relações de trabalho, promovendo um importante momento de orientação e alinhamento entre as lideranças sobre condutas, políticas institucionais e mediação de conflitos”, destaca Carolina Gomes, Gerente da UPA do Riacho Fundo.
Sobre o programa
O Programa de Integridade e Governança do IgesDF atua para promover a ética, a integridade e a transparência em todas as unidades do Instituto. Entre suas atribuições estão o fortalecimento do Código de Ética e Conduta, o suporte à alta gestão e a implementação de treinamentos e orientações que garantam o cumprimento das normas institucionais.
É um pilar de treinamento e comunicação do Programa de Integridade e prevê visitas a todas as unidades do Instituto, garantindo que todos os colaboradores recebam orientação contínua sobre boas práticas de conduta e ética.
“Nosso objetivo é consolidar uma cultura de integridade em todas as unidades do Instituto. Esse programa de conformidade e boas práticas é uma oportunidade de orientar, esclarecer e reforçar boas condutas entre as equipes”, afirma Eduardo Corrêa, Coordenador de Governança e Integridade do IgesDF.
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