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Saúde mental é urgente para população de jovens pretos

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Crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press. Brasil. Brasília – DF – Vinicius Dias Cunha, psicólogo clínico e especialista em Gestão de Políticas Públicas em Gênero e Raça, é o entrevistado do CB.Saúde. – (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

Ao C.B Saúde, especialista falou da importância de políticas públicas voltadas à igualdade racial, especialmente, para jovens

Nathallie Lopes

Ações governamentais para a igualdade racial foi o tema do CB.Saúde — parceria entre o Correio e a TV Brasília — de ontem. À jornalista Carmen Souza, o psicólogo clínico e especialista em Gestão de Políticas Públicas em Gênero e Raça, Vinicius Dias Cunha, comentou sobre como a violência urbana afeta a saúde mental dos brasileiros pretos.

Qual a sua opinião sobre o aporte de R$ 70 milhões do governo para políticas públicas voltadas à igualdade racial?

Foi um passo gigante do governo Lula, eu nunca vi uma ação ser anunciada com tanta colaboração entre os ministérios. Isso me animou tanto pelo aporte financeiro, quanto pela questão da transversalidade. Sendo o racismo uma questão estrutural na nossa sociedade, nenhum ministério, nem mesmo o Ministério da Igualdade Racial consegue dar respostas ao tamanho do problema que enfrentamos enquanto sociedade. Não lembro na história tanta gente envolvida institucionalmente.

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De que forma a violência urbana afeta a saúde mental dos brasileiros pretos?

Isso é uma questão central para nós, profissionais da saúde mental. Inclusive, foi reconhecido pela ONU que o racismo é um determinante social da saúde. Esse é um grande problema que temos que estar discutindo no Brasil, são muitas pessoas negras mortas de forma violenta, então esse [aporte do governo] é mais um passo a ser comemorado.

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De onde vem essa dificuldade de entendimento do sofrimento da população preta no Brasil?

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Temos que, incansavelmente, recorrer à história do Brasil para não esquecermos que fomos o país na história da humanidade que mais escravizou pessoas negras, pelo maior tempo na história. Foram quase quatro séculos, e o maior contingente de pessoas trazidas de África, é inegável isso não ter um abalo nos dias atuais. Hoje nós somos uma das populações mais negras do mundo, e é a isso que nós estudiosos estamos sempre chamando atenção, para a evidência histórica que temos na nossa formação de sociedade. Também tem o outro lado da negação dessa história, e do “embranquecimento” dessa cultura, que é a grande luta de narrativa, e das ações políticas e de luta pela humanidade do povo negro, é o grande embate hoje, porque o Brasil se nega a olhar para essa história.

É importante ressaltar que, no DF, a maioria da população é negra, e a maior parte está localizada nas periferias. Então, segue o mesmo modelo do restante do país. Temos vários problemas que atingem a saúde dessa população, e quero destacar um problema que não é falado: a mobilidade urbana. O DF tem um sistema de transporte público muito deficitário, a limitação do metrô, e as cidades não terem interligação entre elas, isso tudo faz com que não se tenha um transporte para essa população, afetando a saúde mental.

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Estudos mostram que a escola é o lugar onde os jovens mais sofrem racismo. Qual é o desafio desses jovens e gestores?

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Sim, não basta racionalizarmos e apontar o racismo. Apesar de pesquisas como essas serem muito importantes, é preciso também alterar o funcionamento desses espaços. Ambientes escolares têm um formato de gerência e atividades que menosprezam a pessoa negra, é importante pensarmos no funcionamento e na gestão dos espaços escolares e dos profissionais. Cursos de letramento racial, são muito importantes, mas também representatividade e maiores oportunidade para pessoas negras em cargos decisórios, são muitas camadas.

O Ministério da Saúde indica uma taxa de suicídio de jovens negros 45% maior do que entre os jovens brancos. Esse também é um grande desafio…

O suicídio é um problema de doença mental, e não dá para olharmos para as pessoas responsabilizando-as, pois o suicídio é um indicativo de falha social. Na juventude, faz a gente perceber o quão grave estamos tratando os nossos jovens negros. Também é a fase que eles mais têm desistência escolar, também é a fase que mais se mata violentamente esses jovens, e também é uma fase em que encarceram muito esses jovens, tudo isso condicionado acarreta em problemas a longo prazo. Então, os que conseguem passar dessas barreiras serão adultos com sequelas, pois é difícil ter uma saúde plena sendo um jovem periférico negro.

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*Estagiária sob a supervisão de Suzano Almeida

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Fonte: Correio Brasiliense

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Saúde

IgesDF reforça ética e integridade na UPA do Riacho Fundo com Projeto Café com Compliance

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Autora Pollyana Cabral
Foto Divulgação/ IgesDF
Equipe do Instituto visita unidade de saúde para orientar lideranças e fortalecer a cultura de conduta ética e respeito nas relações de trabalho
Por Pollyana Cabral
Nesta quinta-feira (16), a UPA do Riacho Fundo recebeu uma visita especial da Coordenação de Governança e Integridade do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF). A ação faz parte do Projeto Café com Compliance, iniciativa que visa reforçar o Programa de Integridade da instituição, alinhando equipes às políticas internas e ao Código de Ética e Conduta.
“O compromisso da gestão é um alicerce do Programa de Integridade do Instituto. O Café com Compliance é um momento de reforçar a temática, bem como compartilhar experiências e orientações”, afirma Eduardo Corrêa, Coordenador de Governança e Integridade do IgesDF.
A visita integra a Semana de Compliance, Controle Interno e Transparência do IgesDF, que tem como propósito consolidar uma cultura de ética e integridade, destacando a importância do cumprimento das normas institucionais.
“A visita da equipe à UPA do Riacho Fundo reforçou o compromisso da unidade com a ética, a integridade e o respeito nas relações de trabalho, promovendo um importante momento de orientação e alinhamento entre as lideranças sobre condutas, políticas institucionais e mediação de conflitos”, destaca Carolina Gomes, Gerente da UPA do Riacho Fundo.
Sobre o programa
O Programa de Integridade e Governança do IgesDF atua para promover a ética, a integridade e a transparência em todas as unidades do Instituto. Entre suas atribuições estão o fortalecimento do Código de Ética e Conduta, o suporte à alta gestão e a implementação de treinamentos e orientações que garantam o cumprimento das normas institucionais.
É um pilar de treinamento e comunicação do Programa de Integridade e prevê visitas a todas as unidades do Instituto, garantindo que todos os colaboradores recebam orientação contínua sobre boas práticas de conduta e ética.
“Nosso objetivo é consolidar uma cultura de integridade em todas as unidades do Instituto. Esse programa de conformidade e boas práticas é uma oportunidade de orientar, esclarecer e reforçar boas condutas entre as equipes”, afirma Eduardo Corrêa, Coordenador de Governança e Integridade do IgesDF.
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