Esporte
Maior goleadora do Mané, Marta é atração do Brasil contra o Chile

Autora de seis gols no estádio, Rainha estará presente na despedida do elenco tupiniquim antes do embarque para a Copa do Mundo na Austrália e na Nova Zelândia
Quando a bola rolar para o amistoso entre Brasil e Chile, neste domingo (2/7), às 10h30, no Estádio Nacional Mané Garrincha, a atacante Marta fará, possivelmente, a última partida com a camisa verde e amarela em Brasília. Na partida, a última do time tupiniquim antes do embarque para a Copa do Mundo, a Rainha do futebol consolidará um legado de poucos jogos na capital federal, mas apresentações suficientes para comemorar títulos e se consagrar como a maior artilheira do principal estádio brasiliense desde a reinauguração do palco, em 2013.
No espaço temporal de 10 anos desde a reforma do Mané Garrincha, nenhuma jogadora comemorou tantas vezes em solo brasiliense como a maior de todos os tempos. Foram seis gols marcados nas campanhas dos títulos da Seleção Brasileira no extinto Torneio Internacional de Brasília. Em 2013, foram três bolas na rede, o mesmo número de 2014. No total, Marta atuou em oito partidas, somadas as duas disputas. O número de apresentações é baixo, mas somada a pouca utilização do estádio em jogos de futebol feminino, foi suficiente para colocar a Rainha no pedestal de principal artilheira da arena local.
Os Estados Unidos foram as maiores vítimas, com três gols sofridos. As boas lembranças de Marta em Brasília, porém, também têm uma ligação direta com a seleção do Chile. As sul-americanas, rivais do novo compromisso na capital federal, foram castigadas duas vezes pela camisa 10. Um dos gols, inclusive, foi na final de 2013, quando o Brasil ganhou a taça no Mané Garrincha com uma sonora goleada por 5 x 0 sobre as chilenas diante de 15.262 brasilienses, até hoje o maior público de um jogo feminino no palco brasiliense.
Existe, inclusive, a expectativa de quebra desta marca no compromisso de despedida do time tupiniquim antes da Copa do Mundo — o embarque no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek será às 5h de amanhã. O preço salgado dos ingressos, porém, deixará boa parte das cadeiras inferiores vazias. Até ontem, pouco mais de 12 mil das 30 mil entradas colocadas à venda haviam sido comercializadas. Os brasilienses não devem ver Marta começar a partida como titular. Porém, a camisa 10 da equipe tupiniquim deve ter alguns minutos em campo para tentar ampliar a marca de maior artilheira do Mané Garrincha.
A concorrência para manter o posto de goleadora em Brasília, entretanto, estará forte até mesmo no compromisso de hoje. Principal arma ofensiva do esquema da técnica Pia Sundhage, a atacante Debinha segue Marta de perto com cinco gols marcados. Outra convocada para a partida contra o Chile e a Copa do Mundo, Andressa Alves tem um tento no Mané Garrincha. Até na seleção adversária existem jogadoras com boas lembranças da cidade. Camila Sáez e Yanara Aedo são as chilenas com bola na rede na passagem pela capital federal, em 2013.
Porém, mais uma vez, todos os holofotes da capital federal estarão centrados na jogadora eleita seis vezes a melhor do mundo. Ontem, no derradeiro treino na cidade antes do amistoso contra o Chile, Marta pôde sentir o carinho dos brasilienses. Última a subir ao gramado do Mané Garrincha, a Rainha recebeu aplausos e afagos dos poucos convidados que ocupavam as arquibancadas do estádio da capital federal. Hoje, em campo e com a bola no pé, poderá deixar uma nova boa lembrança em um lugar onde reinou sempre que jogou.
Fonte: Correio Brasiliense

Esporte
Rebeca Andrade e Caio Bonfim são os melhores atletas de 2024; veja todos os premiados

Rebeca, que se tornou em Paris a maior medalhista da história do Brasil em Jogos Olímpicos, superou a judoca Beatriz Souza e a canoísta Ana Sátila para levar o prêmio.
Desta vez, Rebeca não foi à cerimônia porque está fora do País, em viagem a lazer com as colegas da ginástica. Mas gravou um recado sucinto em vídeo. “Quero agradecer a todos que fizeram que o ano da ginástica fosse histórico”, comentou ela.
Outra vitória da ginástica na cerimônia foi a eleição de Francisco Porath, o Chico, como melhor técnico. É ele o responsável pelo sucesso da ginástica brasileira. “Muiitas pessoas aposentaram essas meninas”, desabafou ele. “Mas agora tem fila de meninas querendo fazer ginástica. O Brasil tem que ser o país da ginástica”.
Entre os homens, Caio Bonfim, que fez história nas ruas de Paris, conquistou seu o prêmio pela primeira vez ao superar o multimedalhista Isaquias Queiroz, da canoagem, e Edival Pontes, do taekwondo. O brasiliense de 33 anos ganhou na capital francesa a medalha de prata na marcha atlética de 20 km para o Brasil – a primeira da história para o país.
Carismático, brincalhão e emocionado, ele repassou seu início acidentado no esporte até festejar a primeira medalha em sua quarta Olimpíada. “Não desisti, fui para mais um ciclo, tentei de novo e acho que fui o primeiro a ganhar a medalha na quarta edição. Saí de Paris com a melhor das lições: acredite no sonho de vocês e trabalhe. Vale a pena”, afirmou o grande vencedor da noite.
Caio também foi escolhido, por voto popular, o Atleta da Torcida. Outras duas categorias foram escolhidas por meio de voto popular: Atleta Revelação e o Prêmio Inspire. Os vencedores foram, respectivamente. Gustavo “Bala Loka” (ciclismo BMX freestyle) e Ana Sátila (canoagem).
Lenda do vôlei, José Roberto Guimarães foi condecorado com o Troféu Adhemar Ferreira da Silva, destinado, segundo o COB, a personalidades do esporte que representam os valores que marcaram a carreira e a vida do bicampeão olímpico no salto triplo, como ética, eficiência técnica e física, esportividade, respeito ao próximo, companheirismo e espírito coletivo.
Homenagens e despedidas
Zé Roberto é um dos maiores vencedores do esporte nacional, responsável por levar as seleções de vôlei a cinco medalhas olímpicas. É o único brasileiro tricampeão olímpico, embora nunca tenha sido premiado com medalhas em razão das regras dos Jogos Olímpicos, que premiam apenas os jogadores.
“Agradeço cada sorriso, cada aperto de mão, a solidariedade, principalmente quando a gente perdeu para os Estados Unidos (nas semifinais dos Jogos de Paris)”, discursou Zé Roberto, que aceitou renovar seu contrato por mais quatro anos. Caso leve o Brasil aos Jogos Olímpicos de Los Angeles 2028, ele completará 25 anos ininterruptos como treinador da seleção feminina, feito histórico.
“O que me faz continuar é representar 220 milhões de pessoas. É vestir essa camisa, é ver meu time no pódio, é sentir a energia que é incalculável. Difícil dizer como é esse sentimento”, disse o treinador.
Outros homenageados da noite foram Erlon Souza (canoagem velocidade), Bruno Fratus (natação), Ágatha Rippel (vôlei de praia) e Isabel Swan (vela). Eles foram lembrados por suas carreiras bem-sucedidas. Fratus, aliás, decidiu anunciar oficialmente sua aposentadoria na premiação.
Ele disse ter sido convencido pelo também ex-nadador Gustavo Borges de que o atleta, quando para, não morre duas vezes, e sim nasce duas vezes, contrariando o conhecido aforismo. “A mensagem que deixou para quem nos assiste é: pratique esporte porque muda vidas, e, com certeza, mudou a minha”, falou o ex-nadador.
Não somente atletas se despediram. No último mês à frente do COB, o presidente Paulo Wanderley fez um discurso longo para elencar os seus feitos à frente da entidade. “Considero cumprida minha missão”, afirmou o dirigente, que será sucedido em janeiro por Marco La Porta, eleito presidente com apoio maciço dos atletas há dois meses.
Já Arthur Elias, eleito melhor treinador coletivo, citou os altos índices de violência contra a mulher e que as mulheres sejam respeitadas e valorizadas. O técnico da seleção brasileira feminina de futebol espera que o futebol feminino continue a ser apoiado por políticas públicas e pela iniciativa privada.
As homenagens póstumas foram apresentadas no telão. Zagallo, Maguila, Pampa e Luiz Onmura, além dos jornalistas Antero Greco, Silvio Luiz, foram lembrados por anos de dedicação ao esporte.
O evento foi apresentado pela atriz Larissa Manoela, madrinha do Time Brasil, e pelo humorista Paulo Vieira, apresentador da TV Globo.
PRÊMIOS PRINCIPAIS
Atletas do Ano – Rebeca Andrade e Caio Bonfim
Atleta Revelação – Gustavo “Bala Loka” (ciclismo BMX freestyle)
Atleta Influenciador do Ano – Flávia Saraiva
Atleta da Torcida – Caio Bonfim (marcha atlética)
Prêmio Inspire – Ana Sátila (canoagem)
Destaques dos Jogos da Juventude – Giovana Fioromonte (judô) e Lucio Filho (natação)
Equipe do ano: futebol feminino
Melhor Equipe mista – judô
Melhor treinador individual – Francisco Porah (ginástica artística)
Melhor treinadora individual – Sarah Menezes (judô);
Melhor treinador coletivo – Arthur Elias
Troféu Adhemar Ferreira da Silva – José Roberto Guimarães (técnico da seleção brasileira feminina de vôlei)
Prêmio Espírito Olímpico – Christian Gebara (CEO da Vivo).
VENCEDORES POR MODALIDADE
Atletismo – Caio Bonfim
Águas Abertas – Ana Marcela Cunha
Badminton – Juliana Vieira
Basquete – Marcelinho Huertas
Basquete 3 x 3 – Luana Batista
Breaking – B-Girl Mini Japa
Boxe – Beatriz Ferreira
Canoagem Slalom – Ana Sátila
Canoagem Velocidade – Isaquias Queiroz
Ciclismo BMX Freestyle – Gustavo Bala Loka
Ciclismo BMX racing – Paola Reis
Ciclismo de estrada – Ana Vitória ‘Tota’ Magalhães
Ciclismo mountain bike – Ulan Galinski
Ciclismo de pista – Wellyda Rodrigues
Desportos na neve – Zion Bethonico
Desportos no gelo – Nicole Silveira
Escalada esportiva – Rodrigo Hanada
Futebol – Lorena
Ginástica Artística – Rebeca Andrade
Ginástica Rítmica – Bárbara Domingos
Ginástica de Trampolim – Ryan Dutra
Handebol – Bruna de Paula
Hipismo adestramento – João Victor Oliva
Hipismo CCE – Rafael Lozano
Hipismo saltos – Stephan Barcha
Hóquei Sobre a Grama – Lucas Varela
Judô – Beatriz Souza
Levantamento de Peso – Laura Amaro
Nado Artístico – Marina Postal e Eduarda Mattos
Natação – Guilherme Costa, o Cachorrão
Pentatlo moderno – Isabela Abreu
Remo – Lucas Verthein
Rugby Sevens – Thalia Costa
Saltos Ornamentais – Ingrid Oliveira
Skate – Rayssa Leal
Surfe – Tatiana Weston-Webb
Taekwondo – Edival Pontes, o Netinho
Tênis – Beatriz Haddad Maia
Triatlo – Miguel Hidalgo
Tênis de Mesa – Hugo Calderano
Tiro com Arco – Marcus D’Almeida
Tiro esportivo – Geovana Meyer
Vôlei – Gabi Guimarães
Vôlei de Praia – Duda Lisboa e Ana Patrícia
Vela – Bruno Lobo
Wrestling greco-romana – Joilson Junior
Wrestling livre – Giulia Penalber
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