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Politica

Deputada Doutora Jane expõe sobre seu compromisso em defesa das mulheres

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Escrito por Beatriz Vieira, Camila Dutra, Laura Caixeta, Leticia Leite, Leticia Martins, Leticia Vitória e Talita dos Reis

Combate à Violência Doméstica: Jornada de uma Deputada e Avanços Legislativos

Em entrevista para o Elas Reportam, a deputada distrital Jane Klebia (MDB) começou apresentando sua jornada até a política. Sua trajetória conta com experiências na área policial, da saúde e educação.

A deputada Jane Klebia expõe sobre seu compromisso em defesa das mulheres e as novas leis aprovadas, na última semana, no Brasil oferecem esperança para vítimas de violência doméstica.

“Minha mãe tinha uma fé absurda na educação, ela acreditava que só a educação poderia resgatar a gente, ela dizia ‘sem educação vocês não vão a lugar nenhum, se tem algo que posso entregar a vocês é a educação’, isso salvou a gente”, declarou.
Quando começou a trabalhar na delegacia do Paranoá, percebeu que poderia fazer um pouco mais do que só o trabalho burocrático. Contou que gostava das operações e, em especial, do trabalho com as mulheres vítimas de violência doméstica.
“Elas tinham o meu telefone, se eu tivesse a notícia que uma mulher estava sofrendo violência doméstica, eu iria na casa dela”, disse.
A deputada contou uma história que ficou marcada na sua experiência como delegada. Em 2018, uma menina chamada Isabela, na cidade do Paranoá, foi morta por um rapaz chamado Matheus.
Ela tinha uma irmã, que considerava como mãe, pois a biológica havia falecido. Matheus e Isabela não eram casados, mas tinham filhos gêmeos e cuidavam das crianças juntos.
Depois de um tempo, ela resolveu terminar o relacionamento, porém ele não aceitou e começou a ameaça-la e persegui-la. Um dia, ao ir ao trabalho da ex-companheira, presenciou a mesma conversando com uma pessoa, um amigo. Porém, ele não sabia se era apenas amizade ou namoro.
“Ele viu ela feliz e sorrindo com outro homem, fez uma filmagem dela e foi à casa da irmã (de Isabela) mostrar o vídeo e dizer _ ‘olha aqui a vagabunda da sua irmã, já está com outro…’. Absolutamente revoltado por ela estar se relacionando com outra pessoa, no qual ele nem sabia se de fato era um relacionamento amoroso.”, complementou.
A partir desse momento, Matheus começou a busca por uma arma de fogo. O homem foi para São Sebastião, intencionado a conseguir algo para mata-la.
No domingo foi até a casa dela, justificando querer falar com as crianças. Ao entrar na casa, se deparou com ela segurando uma das crianças no colo. Em seguida, pede para a ex-cunhada retirar a criança da sala. Isabela tomou um tiro e, logo após, Matheus tirou a própria vida.
“Ela tinha 22 anos e ele tinha 21. Duas vidas, dois jovens. Ela teria um futuro pela frente, com a expectativa de vida em um país que já passa dos 76 anos. Tinha muita coisa pra viver e teve a vida ceifada”, completou Jane.
Ela ainda expressou sua indignação dizendo: “Essa história me marcou pela crueldade e pela covardia! Por simbolizar todo o restante e por nunca aceitarem o não da mulher! Os homens não estão preparados para frustrações”.
Ao ser questionada sobre seus projetos relacionados a violência contra a mulher e, além disso, frear a quantidade de feminicídios no país, a deputada relatou:
“Como parlamentar, eu me senti na obrigação de fazer alguma coisa a mais com relação à violência, então falo de violência todos os dias, tenho buscado os mais diversos projetos sociais, esses que estão nas cidades, de ajudar mulheres para fomentar. A partir do emprego de emenda parlamentar que é recurso financeiro que deputado tem a disposição para fazer a fomentação, e auxiliar estas instituições e organismos que estão aí para ajudar as mulheres”.
Ela revelou que a parte mais importante de um parlamentar é a legislativa, então menciona que já propôs, até o momento, onze projetos de lei diferentes, que tratam da defesa da mulher.
“Acho que a minha atuação mais importante é essa, em defesa da mulher, de ser esse ouvido. Hoje estamos trabalhando em um aplicativo que facilite a denúncia”.
Expressou também a honra em ser vista como uma referência, quando o tema é violência doméstica.
“E eu quero colocar essa minha visibilidade, essa credibilidade que eu alcancei, para que seja também um canal de recebimento de denúncia para fazer essa interlocução, da vítima que precisa com os meios de apuração, com as delegacias ou com as varas de violência”, concluiu.
Em Brasília, apenas até o mês de setembro, há 26 mulheres mortas com histórias que são muito semelhantes com a de Isabela.
Projeto de Lei
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou, nesta quinta-feira (14/9), o Projeto de Lei 4.875/2020, que garante o direito a auxílio-aluguel para vítimas de violência doméstica em situação de vulnerabilidade social e econômica. Essa medida representa um avanço significativo na proteção das mulheres que sofrem com a violência em seus lares.
O projeto é uma alteração na Lei Maria da Penha e estabelece a inclusão do auxílio-aluguel como uma medida protetiva de urgência. Agora, as vítimas terão o direito de receber um benefício financeiro para custear uma moradia própria, afastando-se assim do agressor. A duração desse auxílio pode chegar a até seis meses, com o valor a ser definido pelo juiz responsável pelo caso, levando em consideração a situação da vítima. A fonte de recursos desse benefício virá do Fundo do Sistema Único de Assistência Social (SUAS).
É importante destacar que o financiamento desse auxílio será realizado pelos estados e municípios, por meio de recursos destinados à assistência social. Essa medida visa oferecer apoio às mulheres que, em muitos casos, não têm condições financeiras de deixar os lares onde sofrem agressões. Muitas vezes, elas se encontram em uma situação de vulnerabilidade extrema e ficam reféns da violência.
A secretária executiva do ministério, Maria Helena Guarezi, como ministra em exercício, ressaltou que essa é mais uma ferramenta dentro da lei Maria da Penha para assegurar os direitos das mulheres.
“É mais um instrumento dentro da lei Maria da Penha que vem garantir mais direitos para as mulheres. As mulheres que hoje não tem onde ficar nos espaços domésticos, não podem ficar no mesmo ambiente que o agressor”, disse a ministra.
A sanção dessa lei é um passo adicional rumo à reparação das mulheres vítimas de violência doméstica. Ela reconhece a importância de combater a dependência financeira como obstáculo para que essas mulheres denunciem a violência e busquem apoio do Estado. A Lei do Auxílio-Aluguel busca romper o ciclo de violência e proporcionar às vítimas a oportunidade de reconstruir suas vidas em um ambiente seguro e longe do agressor.
“A vítima pode pedir quando ela precisar, quem vai definir pode ser o juiz, pode ser uma articulação com a assistência social, isso passa inclusive pela avaliação se o município tem ou não casa abrigo”, apontou Guarezi.
A senadora Margareth Buzetti (PSD-MT), relatora do projeto, enfatiza que essa iniciativa fortalece a proteção já prevista na Lei Maria da Penha, proporcionando moradia segura às vítimas, especialmente quando há dependência financeira do agressor. O auxílio poderá ser ajustado de acordo com a vulnerabilidade de cada vítima.
Programa SER Família Mulher
Além do Projeto de Lei, O Programa SER Família Mulher, que oferece apoio financeiro a mulheres vítimas de violência doméstica, completou seu primeiro mês de implementação em setembro. Este programa envolve uma rede coordenada de diversos setores, incluindo saúde, assistência social, segurança pública, sistema judiciário e educação. A identificação das vítimas em situação de vulnerabilidade é realizada pela Polícia Judiciária Civil, e a Secretaria de Assistência Social e Cidadania verifica as informações antes de conceder os créditos.
O estado de Mato Grosso se destaca como o primeiro estado do Brasil a oferecer assistência temporária a mulheres com medidas protetivas por meio do cartão “SER Família Mulher”. Até o momento, 58 mulheres estão recebendo um auxílio mensal no valor de R$ 600, que pode ser concedido por até 12 meses, dependendo da vigência da medida protetiva. Essa iniciativa representa um passo importante na proteção das mulheres em situação de violência doméstica no estado.
Para se qualificar para o auxílio-moradia, as mulheres em situação de violência precisam ter medida protetiva, atender aos limites de renda (até um terço do salário mínimo) e, preferencialmente, ter filhos com idade entre zero e cinco anos.
Inicialmente, o programa atende a cinco municípios de Mato Grosso, além de Cuiabá, com planos de expansão para todo o estado. A manutenção do benefício está sujeita à validade da medida protetiva, podendo ser prorrogada com base em justificativa técnica, mas pode ser revogada em determinadas circunstâncias, incluindo o retorno da vítima ao convívio com o agressor ou o uso inadequado do cartão.
Vítimas
Em 2022, a violência contra a mulher no Brasil registrou um aumento alarmante, de acordo com o relatório “Visível e Invisível: a Vitimização de Mulheres no Brasil” do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Os números revelam um cenário preocupante, com crescimento nos feminicídios, agressões, ameaças e até mesmo no assédio sexual.
O relatório aponta para várias possíveis causas desse aumento, incluindo o desfinanciamento das políticas de proteção à mulher, o impacto da pandemia de COVID-19, e a influência de movimentos ultraconservadores na política brasileira. Além disso, a teoria do “backlash” sugere que, à medida que as mulheres buscam mais igualdade de gênero, podem enfrentar reações violentas de homens que buscam manter sua superioridade.
Esse aumento é confirmado pelos registros administrativos, incluindo boletins de ocorrência, acionamentos ao 190 e solicitações de medida protetiva ao Judiciário.
Há também desafios no acesso à justiça para mulheres que buscam medidas protetivas de urgência (MPUs). Embora essas medidas sejam fundamentais para proteger vítimas de violência, o relatório destaca que nem todas as MPUs solicitadas são concedidas, destacando a necessidade de melhorias nesse processo. O cenário atual enfatiza a urgência de políticas públicas de prevenção, proteção e acolhimento das vítimas de violência de gênero.
Segundo o Anuário de Segurança Pública, o perfil das vítimas de violência letal no Brasil destaca o impacto do racismo nas estatísticas. Entre as vítimas de feminicídio, 61,1% eram negras e 38,4% brancas. Esse cenário reflete o alto risco de feminicídio, cujo racismo permanece sendo um fator subjacente em todas as modalidades criminosas no país.
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Politica

Governo lança 2ª Estratégia Brasileira de Educação Midiática e ganha destaque na semana global da UNESCO sobre o tema

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O secretário de Políticas Digitais da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, João Brant, anunciou o lançamento da 2ª Estratégia Brasileira de Educação Midiática, que aprofunda ações voltadas à promoção de habilidades críticas para acessar e analisar informações, à formação de professores e à cooperação internacional. Foto: Secom-PR

Durante Global MIL Week, em Cartagena, na Colômbia, Secom apresentou os principais resultados da política nacional de educação midiática e reforçou a cooperação com países da América Latina e com a França

Os avanços brasileiros em educação midiática estiveram em destaque na Global Media and Information Literacy Week 2025, conferência mundial da UNESCO realizada em Cartagena, na Colômbia, entre os dias 22 e 25 de outubro. A delegação brasileira apresentou as principais políticas e experiências nacionais no tema, reforçando o compromisso do país com a construção de um ecossistema informacional mais democrático, confiável e participativo.

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Representando o ministro da Secom, João Brant, secretário de Políticas Digitais, participou da mesa de encerramento da conferência ao lado do Vice-ministro de Transformação Digital da Colômbia, Oscar Alexander Ballén e Tawfik Jelassi, Diretor-Geral Adjunto de Comunicação e Informação da UNESCO. No painel, Brant anunciou o lançamento da 2ª Estratégia Brasileira de Educação Midiática, que aprofunda ações voltadas à promoção de habilidades críticas para acessar e analisar informações, à formação de professores e à cooperação internacional.
“A educação midiática é essencial para fortalecer a democracia. Quando as pessoas têm ferramentas para compreender e participar criticamente do ambiente informacional, o debate público se torna mais justo e mais plural. Essa nova Estratégia aprofunda esse compromisso do Brasil com uma sociedade que valoriza o diálogo e enfrenta a desinformação de forma coletiva.”, afirmou João Brant.

“A educação midiática é essencial para fortalecer a democracia. Quando as pessoas têm ferramentas para compreender e participar criticamente do ambiente informacional, o debate público se torna mais justo e mais plural. Essa nova Estratégia aprofunda esse compromisso do Brasil com uma sociedade que valoriza o diálogo e enfrenta a desinformação de forma coletiva”

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João Brant, secretário de Políticas Digitais
ATUALIZAÇÃO DA ESTRATÉGIA – Lançada em 2023 e coordenada pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), a primeira Estratégia Brasileira de Educação Midiática apresentou eixos de atuação e prioridades da política, como formação de professores, enfoque na educação básica e nas temáticas relacionadas ao uso de telas e dispositivos por crianças e adolescentes. Em sua segunda edição, a Estratégia destaca os instrumentos de implementação da política e os principais resultados alcançados, especialmente em articulação com o Ministério da Educação, tais como:

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  • Inserção da Educação Midiática nos editais do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), fazendo com que o tema integre, pela primeira vez, o conteúdo dos livros didáticos que chegam às escolas brasileiras;
  • Primeira coleção de cursos sobre Educação Digital e Midiática, com 80 cursos disponibilizados na plataforma AVAMEC do Ministério da Educação, totalizando mais de 340.000 certificações gratuitas;
  • Primeiras diretrizes nacionais do Conselho Federal de Educação sobre o uso de dispositivos digitais em ambientes escolares e a integração curricular da educação midiática, prevendo que todas as escolas do país tenham o tema nos seus currículos até 2026;

A nível internacional, a Estratégia Brasileira de Educação Midiática também oportunizou a realização de projetos com França, Dinamarca, Finlândia e países membros da Rede Latinoamericana de Cidadania Digital da UNESCO. Além disso, a temática da educação midiática compõe um dos eixos da Iniciativa Global para a Integridade da Informação sobre Mudanças Climáticas liderada pelo governo brasileiro em parceria com a Organização das Nações Unidas e UNESCO.

GLOBAL MIL WEEK 2025 – Na semana global da UNESCO em Cartagena, a Secom participou de três painéis temáticos. O primeiro apresentou iniciativas-modelo de educação midiática, com foco na inserção do tema nos currículos escolares brasileiros e na mobilização social. A mesa reuniu representantes do Instituto Palavra Aberta, da Secretaria de Comunicação de Alagoas, representada pelo secretário Wendel Palhares, da Secretaria de Educação da Bahia, e do CEIBAL, do Ministério da Educação do Uruguai, parceiro da Secom no desenvolvimento de currículos em educação midiática e cidadania digital.

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Em outro painel, o Brasil apresentou, em parceria com o CLEMI (Centro para Educação Midiática da França), os resultados do projeto MídiaCOP, que qualificou professores da região Norte para a cobertura jornalística e crítica da COP30 por estudantes. O projeto inaugura um modelo inovador de formação de educadores voltado à sustentabilidade em articulação com a educação midiática.

A terceira mesa destacou a primeira Estratégia Brasileira de Educação Midiática no contexto da Rede Latino-Americana de Cidadania Digital, coordenada pela UNESCO Montevidéu. A discussão reforçou o papel do Brasil como referência regional no desenho de políticas públicas que combinam formação docente, pesquisa e participação social.

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Durante o evento, Brasil e França também anunciaram a segunda fase da cooperação bilateral iniciada com o projeto MídiaCOP. A nova etapa ampliará a formação de professores em educação midiática e climática para todos os estados brasileiros, com o apoio do CLEMI e da Embaixada da França no Brasil.

“Essa parceria é um exemplo de como a cooperação internacional pode fortalecer a educação e a democracia. O diálogo entre Brasil e França, com apoio da UNESCO, mostra que enfrentar a desinformação exige redes de confiança e de conhecimento”, completou Brant.
SBEM – No contexto da Global MIL Week, o governo brasileiro realiza, desde 2023, a Semana Brasileira de Educação Midiática (SBEM). Promovida em parceria entre a Secom e o Ministério da Educação com apoio da UNESCO, a edição de 2025 da Semana tem início nesta terça-feira (28) com uma abertura presencial em Brasília e se estende até sexta-feira com atividades online e presenciais em todos os estados do Brasil, promovidas por escolas e universidades. Saiba mais sobre a Semana aqui.

 

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Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República

CONTATOS:
ATENDIMENTO
E-mail: secom.imprensa@presidencia.gov.br
Tel.: (61) 3411-1601/1044

FOTOGRAFIA
E-mail: seaud.secom@presidencia.gov.br
Tel.: (61) 98100-1993 (apenas por mensagem via Whatsapp)

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