Social
Mais de 70% dos lares brasilienses têm a mãe como principal cuidadora das crianças

Foto: José Cruz/Agência Brasil
A pesquisa, do IPEDF, conta com informações sobre o desenvolvimento de 284 mil crianças de até 6 anos
71,6% dos lares do DF têm a mãe como principal cuidadora de crianças até 6 anos de idade. É isso que revela um estudo do Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF), apresentado nesta terça-feira (18). De acordo com a pesquisa Desenvolvimento Infantil e Parentalidades no DF, apenas 8,5% dos pais exercem a função de cuidadores.
Desenvolvida em parceria entre o Conselho de Direitos da Criança e do Adolescente e a Secretaria de Justiça e Cidadania do DF, com o apoio das secretarias de Saúde, Educação e Desenvolvimento Social, a pesquisa conta com informações sobre o desenvolvimento de 284 mil crianças de até 6 anos, os processos de cuidados relacionados a esse desenvolvimento, os atores envolvidos e suas demandas por apoio.
Alguns dados relevantes trazidos pelo levantamento são os de que 96,3% das crianças moram com a mãe no mesmo domicílio, 69,1% moram com o pai no mesmo domicílio, 41,5% dos lares o pai é responsável pela renda familiar, e 22,2% dos lares a mãe é responsável pela renda familiar.
Quanto ao nível de escolaridade desses genitores, 35,2% das mães possuem ensino médio completo contra 31,1% dos pais. Em questão de nível superior, o das mães também é maior, sendo de 21,5%, enquanto o dos pais é de 19,1%.
A diferença, contudo, é realmente significativa quando se trata de desemprego. 54,9% das mães estavam desempregadas, enquanto apenas 14,4% dos pais se encontravam na mesma situação. 46,7% recebiam algum benefício social, sendo que, desse número, 58,9% dos lares estão localizados em regiões de renda baixa.
Sobre sua percepção desses cuidadores quanto ao desenvolvimento da criança, 93,2% entendem que o desenvolvimento da criança está adequado à idade. As principais ações adotadas pelos responsáveis são dar carinho e promover estímulo por meio de conversas, leituras e músicas. Essas estratégias, de acordo com o estudo, é utilizada por 90,6% dos responsáveis, para contribuir positivamente com o desenvolvimento das crianças.
A respeito desse desenvolvimento, entre as crianças com até 5 anos, 14,2% possuem desenvolvimento infantil inadequado, na avaliação pela escala de mensuração do Desenvolvimento Infantil (QAD-Pipas). Entre as crianças de até 3 anos, 59,1% frequentam berçário, creche ou escola pública. Esse percentual sobre para 74,8% entre as crianças de 4 a 6 anos.
Em frente as telinhas
A pesquisa também mensurou quanto tempo as crianças brasilienses ficam expostas às telas (TV, celular, computador). Os números, por sua vez, são relevantes. 53% das crianças com menos de 1 ano ficam expostas por mais de 2h por dia. Ao passar dessa idade, esse número fica ainda maior, passando para 80,6%.
A partir dos dois anos de idade, esse número sobe para 95% nas regiões de renda mais baixa e permanece na casa dos 80% nos locais de renda mais alta.
As atividades de estímulo às crianças ficaram divididas da seguinte forma:
- 86% disseram que jogam ou brincam com a criança;
- 89,2% levam as crianças para passear;
- 76,8% cantam músicas, incluindo canções de ninar;
- 65,9% leem livros ou olham figuras de livros;
- 65,4% contam histórias;
- 65,4% nomeiam, contam ou desenham para a criança.
Apesar de 94% dos pais que responderam a pesquisa afirmarem que têm momentos carinhosos e especiais com as crianças, as atividades de repreensão violenta visando a disciplina não são insignificantes. Em 4,4% dos lares entrevistados a criança é “muitas vezes/sempre” segurada com força quando é desobediente. Já em 5,6% dos domicílios, os cuidadores disseram ter “muitas vezes/sempre” explosões de raiva com a criança.
A pesquisa ressalta também que, aproximadamente 90% dos cuidadores indicaram que o pai deve atuar ativamente na criação dos filhos. Quanto à participação do pai na gestação, 76,9% dos moradores das regiões de baixa renda e 88,4% nas de renda alta concordaram com a afirmação.
Rede de apoio
81,4% dos cuidadores disseram que podem contar com familiares que moram no mesmo endereço, enquanto 55% disseram que contam com outros parentes, que não moram no mesmo endereço. Por sua vez, 20% dos entrevistados contaram ter apoio de amigos e 13% disseram que contam com vizinhos. O tipo de apoio mencionado com maior frequência é na rotina de cuidados com a criança.
Fonte: Jornal de Brasilia

Social
Prêmio Potências exalta a força da voz negra e homenageia o cantor Péricles

Potência Experience. Crédito: Jordan Vilas
Evento que será realizado em novembro celebra os 40 anos de carreira do cantor e reforça seu papel como símbolo da ancestralidade e da resistência negra no Brasil
Péricles e Julio Beltrão. Crédito: Jordan Vilas
Com o tema “A celebração da voz negra”, o Prêmio Potências deste ano reforça seu papel como a maior exaltação da cultura negra no Brasil. A edição de 2025 presta uma homenagem especial a um dos maiores nomes da música brasileira: Péricles, que celebra 40 anos de uma trajetória marcada por talento, resistência e representatividade.
Voltado à valorização de pessoas pretas que impactam e transformam o mercado, o Prêmio acontecerá em 24 de novembro, na imponente Sala São Paulo, com realização do Ministério da Cultura. A noite promete ser um marco de reconhecimento, emoção e orgulho coletivo. Após bater recordes de patrocínio em 2024, o Potências reafirma sua missão de amplificar vozes negras e promover pluralidade, inclusão e visibilidade no cenário nacional.
O grande homenageado da edição, Péricles, é reconhecido como o rei da voz e por sua contribuição inestimável à cultura brasileira. Mais do que um artista, é símbolo vivo da potência da voz negra que emociona e transforma.
“Neste ano, celebramos a voz negra como instrumento de força, potência e transformação. E ninguém representa melhor essa essência do que o rei da voz, Péricles, um artista que há quatro décadas ecoa ancestralidade e resistência por meio de sua arte”, afirma Julio Beltrão, CEO do Prêmio Potências.
“Ser homenageado no Prêmio Potências é uma vitória gigantesca. Tem um impacto imenso não só pra mim, mas pra todos que vieram comigo nessa caminhada. O que a gente planta com verdade chega longe, e eu sigo muito feliz por poder usar a minha voz para dar voz a tantos outros. Com quase 40 anos de trajetória, me sinto como se estivesse apenas começando. Momentos como esse renovam a força e fazem a gente comemorar cada conquista como se fosse a primeira.” comenta Péricles.
Produzido pela Mynd, o Prêmio Potências vai além de uma premiação, é um movimento de valorização da cultura negra em vida. A cada edição, personalidades são reconhecidas não apenas por suas trajetórias, mas pelo impacto real que promovem na sociedade. O evento também atua como plataforma de visibilidade para carreiras negras e fortalecimento de narrativas historicamente invisibilizadas.
“Nosso compromisso é com a valorização da cultura negra em sua pluralidade. O Potências é um espaço de consagração e também de futuro, onde talentos são reconhecidos, histórias são contadas e novas possibilidades são criadas”, reforça Beltrão.
Potência Experience. Crédito: Jordan Vilas
Na edição anterior, realizada em 2024 no Teatro Santander, em São Paulo, o Prêmio Potências teve como grande homenageada a cantora Ludmilla. Um dos destaques da noite foi o reconhecimento de lideranças negras no mercado, com categorias como Liderança Negra, que premiou Débora Moura, do Grupo Dreamers; Potência Jovem, com Luiza Vidal, da Droga5; e Profissional do Ano, entregue a Thaís Soares, da Ambev. A cerimônia contou com apresentação de Preta Gil, Thiago Oliveira e Rita Batista, além de performances marcantes de Liniker, Duquesa e da icônica Erykah Badu. Foram premiadas personalidades como Xamã, Preto Zezé, Bia Souza, Juan Paiva e Rebeca Andrade, em um total de 14 categorias. O evento também bateu recorde de patrocínio, com 15 marcas envolvidas, reafirmando sua força e relevância no mercado.
Com curadoria afiada e uma programação que mistura arte, emoção e relevância social, o Prêmio Potências se consolida como o maior espaço de celebração da cultura negra no país, reconhecendo nomes fundamentais da cultura brasileira e impulsionando os protagonistas do agora e do futuro.
Sobre o Prêmio Potências
Criado por Julio Beltrão, o Prêmio Potências é uma celebração anual que reconhece, homenageia e impulsiona personalidades negras que transformam o Brasil por meio da arte, cultura, comunicação, empreendedorismo e inovação. Com edições marcadas por homenagens em vida e pelo fortalecimento da representatividade negra, o evento se firmou como o mais importante espaço de valorização e celebração da cultura negra no país.
Sobre a Mynd:
Dos sócios Fátima Pissarra, Preta Gil, Carlos Scappini e Marcus Buaiz, a Mynd é a maior agência de marketing de influência e entretenimento da América Latina. Ela auxilia empresas e agências na identificação de oportunidades, planejamento de estratégias e execução de projetos publicitários, unindo música, entretenimento, artistas e influenciadores. Também conta com um casting exclusivo, composto por mais de 400 grandes nomes do cenário nacional e internacional, e atua com gestão de imagem e desenvolvimento de estratégias individuais dos artistas, identificando oportunidades no mercado publicitário com marcas que tenham fit com os perfis. Em 2025, ela completa oito anos no mercado.
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