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Concerto Negro celebra a cultura afro-brasileira em Brasília com diálogo entre o erudito e o popular

Publicado em

Foto: Coral Família Alcântara/Divulgação

Evento reúne grandes nomes da música para celebrar as raízes afro-brasileiras em espetáculos gratuitos

Maria Eduarda Lima

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Neste sábado (16) e domingo (17), o Complexo Cultural Ibero-Americano, em Brasília, será o palco da segunda edição do Concerto Negro. O evento, com entrada gratuita, faz parte das comemorações do Mês da Consciência Negra e traz uma mistura única de música erudita e popular em homenagem à cultura afro-brasileira. Com curadoria do maestro Fabiano Medeiros e regência do maestro Leonardo Bruno, o espetáculo reúne grandes nomes da música brasileira, como Martinho da Vila, Lia de Itamaracá, Dhi Ribeiro, além da Orquestra Zumbi dos Palmares e do Coral Família Alcântara.

O Concerto Negro se destaca pela integração entre a tradição erudita e os ritmos afro-brasileiros, proporcionando uma experiência musical rica e diversificada. No repertório, estão presentes clássicos da música erudita de compositores como Padre José Maurício e Alberto Nepomuceno, além de obras populares que resgatam a herança africana no Brasil. O evento se apresenta como uma ponte entre o passado e o presente, celebrando a ancestralidade e a cultura negra de maneira vibrante e contemporânea.

maestro leonardo
Maestro Leonardo Bruno. – Foto: Divulgação

Uma das figuras centrais do Concerto Negro é o maestro Leonardo Bruno, que reflete sobre a importância do projeto. Em entrevista, ele destacou o valor do evento para a preservação e difusão da cultura afro-brasileira: “Minha família, minha mãe e minha bisavó eram negras. Meu pai nasceu 23 anos depois da abolição da escravatura. Então, nós vivemos nesse ambiente. O Concerto Negro é uma forma de trazer à tona essa riqueza cultural que muitas gerações mais novas não tiveram a oportunidade de conhecer profundamente”, explica o maestro.

orquestra zumbi dos palmares
Orquestra Zumbi dos Palmares com Leonardo Bruno e Martinho da Vila Foto: Divulgação

Leonardo também relembra o início do projeto, que nasceu de uma parceria com Martinho da Vila, ícone do samba brasileiro e um dos idealizadores do evento. “Em 1986, eu e Martinho começamos esse trabalho e, em 1989, fizemos a primeira apresentação com a Orquestra Sinfônica do Espírito Santo. O repertório foi sendo organizado a partir das nossas conversas, que resgatavam memórias de canções lindas do Brasil escravocrata”, conta.

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A regência do maestro Leonardo Bruno à frente da Orquestra Zumbi dos Palmares é uma das grandes atrações do evento. Segundo ele, o conceito sinfônico do Concerto Negro é essencial para realçar a beleza da música negra brasileira.

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“É importantíssimo para as gerações atuais vivenciarem e apreciarem essa beleza transmitida pela orquestra e conduzida por artistas maravilhosos, como Martinho da Vila”, destaca.

Celebração das raízes e da ancestralidade

O evento também será uma oportunidade de celebrar nomes históricos da música e da cultura afro-brasileira. Lia de Itamaracá, patrimônio vivo da ciranda, trará sua presença marcante, enquanto o Coral Família Alcântara, com mais de 60 anos de história, trará ao palco as tradições quilombolas em performances emocionantes.

Com o objetivo de ampliar o diálogo cultural, o Concerto Negro também promoverá atividades como a Roda de Saberes, reunindo artistas e gestores culturais negros em uma troca de experiências. O evento também reforça seu compromisso com a inclusão, oferecendo intérpretes de Libras e audiodescrição para pessoas com deficiência visual.

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“Eu amo Brasília. Não sou daqui, mas adoro o cerrado, a beleza, a arquitetura. Este é um lugar moderno e apaixonante. Voltar para regê-lo em um evento como este é um privilégio”, finaliza o maestro Leonardo Bruno, que promete fazer do Concerto Negro uma experiência inesquecível para todos os presentes.

Serviço
Concerto Negro 
Data: Sábado (16) às 20h e Domingo (17) às 19h.
Local: No Complexo Cultural Ibero-Americano
Entrada gratuita
Classificação livre.

Roda de Saberes
Dia 14 de novembro às 15h
Local: Escola de Música de Brasília
Entrada gratuita
Classificação livre.
Ensaio Aberto
Dia 15 de novembro às 20h
Local: No Complexo Cultural Ibero-Americano
Entrada gratuita
Classificação livre.

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Fonte: Jornal de Brasilia

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Na Trilha do Teatro leva riso, música e escuta para seis escolas do DF

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De outubro a novembro, projeto de arte-educação transforma a rotina escolar em experiência sensorial com mediação, espetáculo teatral e laboratório de musicalização.

Do campo ao ensino especial, seis escolas do DF recebem o projeto Na Trilha do Teatro para fazer do horário de aula um encontro com o riso, a curiosidade e o som do próprio corpo. Voltado a crianças de 6 a 10 anos, o programa articula três ações gratuitas e complementares: uma mediação teatral que prepara o olhar do público, a apresentação do espetáculo “Seu Cocó e as Caixas-surpresa” e um laboratório de musicalização infantil. A iniciativa é realizada com recursos do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal.

O projeto aposta na formação de espectadores e na presença qualificada de artistas dentro da escola. A proposta é criar pontes entre obra e plateia, ativando repertórios sensoriais e afetivos. Na prática, a visita movimenta toda a comunidade escolar: professores, equipes pedagógicas, estudantes e famílias, que veem pátios e salas se transformarem em palco; e a rotina, em experiência.

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“É muito importante poder retomar com esse projeto de arte-educação, as escolas são espaços fundamentais para a formação de espectadores e cidadãos, afinal educação e cultura são pilares para uma sociedade justa”, conta o ator Pedro Caroca.

A trilha começa com a mediação teatral: uma conversa leve e provocadora, antes do espetáculo, que apresenta referências, convida à escuta e à participação das crianças. Nessa etapa, é distribuída uma cartilha pedagógica e lúdica com o material de apoio, para que a experiência siga ecoando em sala de aula depois da apresentação.

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Em seguida é a vez do espetáculo “Seu Cocó e as Caixas-supresa”. E entra em cena Seu Cocó, um palhaço que “toca sem saber que toca” e convida o público a passear por um acervo de incertezas e descobertas: canções inventadas, poesias invisíveis, trava-línguas dançados, adivinhas misteriosas e cantigas de roda. O humor e a brincadeira abrem espaço para que cada criança reconheça seu próprio jeito de perceber ritmos, silêncios e histórias.

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“O espetáculo é sobre a beleza de transformar o comum no extraordinário. Cada caixa é uma porta que se abre para a poesia e a imaginação compartilhada com o público. Meu maior desejo é que cada jogo e cada descoberta tragam a leveza e o encantamento que só a palhaçaria consegue provocar”, afirma a diretora Ana Vaz.

Para fechar, o laboratório de musicalização infantil, conduzido por Pedro Caroca, transforma o corpo em instrumento e a turma em orquestra. Por meio de jogos e dinâmicas, as crianças experimentam tempo, pulso, timbre e harmonia de modo prático e lúdico, uma iniciação ao universo sonoro que fortalece a escuta coletiva e a autonomia criativa.

Após as visitas escolares, será lançada uma exposição virtual com o olhar e a voz dos estudantes participantes. Ilustrações e depoimentos vão compor o acervo, ao lado de registros fotográficos e audiovisuais da equipe. A mostra, com curadoria do museólogo Marino Alves, ficará disponível permanentemente no site www.natrilhadoteatro.com.br.

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“A exposição apresentará o processo de concepção e realização do projeto, destacando como as ações propostas impactaram os públicos, quais memórias foram evocadas e quais sentimentos vieram à tona. O teatro toca e emociona, e a museologia pode compartilhar e discutir as relações criadas entre artista e públicos ”, explica o curador Marino Alves.

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Esta é a segunda edição de Na Trilha do Teatro. Em 2023, a iniciativa passou por 11 escolas públicas em diferentes regiões administrativas do DF. Agora, amplia o compromisso com a acessibilidade, oferecendo interpretação em LIBRAS, audiodescrição e material pedagógico acessível.

Programação

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28 de outubro – Escola Classe Kanegae no Riacho Fundo

29 de outubro – Centro de Ensino Especial de Deficientes Visuais (CEEDV) Asa Sul

30 de outubro – Escola Classe Itapeti no Paranoá

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05 de novembro – Escola Classe Guariroba em Samambaia

06 de novembro – Escola Classe Córrego das Corujas em Ceilândia

07 de novembro – Escola Bilíngue de Taguatinga

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Baú Comunicação Integrada

www.baucomunicacao.com.br

Camila Maxi – (61) 98334-4279

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Michel Toronaga – (61) 98185-8595

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