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Turismo de luxo: segredos e oportunidades de um mercado de expansão

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O depoimento de Rogéria Pinheiro, líder do curso “Donas de Agências Ricas”, traduz a valiosa experiência de quem aprendeu na prática, e hoje ministra workshops disputados para mulheres que querem se consolidar no turismo de luxo. São mais de 150 participantes no curso que começou ontem, no Tivoli Mofarrej, e vai até amanhã.

Há mais de 22 anos no mercado de viagens de luxo, Rogéria trabalhou por dez anos na Teresa Perez Tours até encarar a maternidade solo e decidir empreender, fundando a RP Travel Education:
“Eu queria estar mais perto do meu filho, o que hoje as pessoas chamam de liberdade geográfica e financeira. A liberdade é um valor inegociável pra mim. Não segui nenhum propósito altruísta de transformar ninguém, precisava pagar os meus boletos, e assim empreendi de forma intuitiva, e por necessidade.”

No início da carreira, Rogéria tinha consciência de que seu método de trabalho lhe causava sofrimento, mas não sabia para quem pedir ajuda:

“Tive muitas noites de choro, de frustração, me sentindo incapaz e inadequada. A única coisa que não me fazia desistir eram os boletos, era a escola do meu filho.”

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A chave virou quando Rogéria deu as mãos para pessoas que lhe abriram os olhos. Uma amiga que já era gestora de uma grande agência e um amigo da área financeira lhe apresentaram o mundo do marketing e da administração.

Estava com 40 anos, e começou a olhar com mais seriedade para suas finanças pessoais e profissionais. “Mergulhei em planilhas, metas, na reeducação financeira”, ela lembra, “achava que só sabia treinar pessoas, mas me dei conta de que ser apenas executora não ía manter o meu negócio.”

Desde 2010 Rogéria se dedica exclusivamente a ajudar profissionais do turismo e donas de agências de viagens, para que possam reestruturar seus negócios:

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“Nós somos uma empresa de educação corporativa, e durante a pandemia me coloquei ainda mais nesse lugar. Comecei a olhar para o negócio de maneira sistêmica, integrativa, entendendo que precisamos nos doar por inteiro para consolidar nossos empreendimentos”.

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Ser uma mulher preta, e referência no mercado de luxo, torna Rogéria um marco ainda mais especial nesse segmento: “qual a probabilidade de chegar onde cheguei? É muito pequena! Quando outras mulheres me vêem nesse lugar, tão improvável, podem perceber que também existe essa possibilidade para elas”.

Para Luiza Del Papa, da Andorin Travel, abrir sua agência dependeu exclusivamente do algoritmo do Instagram funcionar e lhe apresentar o perfil da Rogéria Pinheiro:

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“Eu já era freelancer do segmento, sempre gostei, mas fui mãe de três em um espaço curto e me dediquei a eles em tempo integral. Depois que meus filhos foram para a escola, tomei coragem para abrir minha agência e, ao ver o anúncio do curso da Rogéria no Instagram, nunca mais larguei dela!”

Os três tipos de mercado e a intencionalidade

Durante o curso, Rogéria aborda os diferentes tipos de mercado do turismo e as oportunidades de cada segmento:

Convencional

No turismo convencional existe muita competitividade, com o mercado que foca no preço, que vende a commodity, a mercadoria: tudo aquilo que é básico, que é de massa, facilmente encontrável na Internet.

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Rogéria explica que este é um mercado de baixa fidelização, que tende a não valorizar os serviços. Para alcançar sucesso nesse segmento, é necessário ter altíssimo volume de clientes e, para agências de viagem pequenas, a concorrência acaba sendo desleal, um oceano vermelho.

Luxo

Baseado em marcas e conceitos tradicionais, o mercado de luxo é pautado em relacionamentos e ultra personalização. “Não vai ser uma cartinha no quarto que vai fazer este consumidor feliz”, comenta Rogéria, “o mercado de luxo tem a ver com experiência e acessos exclusivos”.
Foi esse o mercado em que Rogéria se tornou especialista, segmento que dita as regras do que o mercado premium vai vender daqui a um ou dois anos, e o convencional daqui a cinco anos.

Premium

“Nesse segmento temos o grande oceano azul a ser desbravado”, explica Rogéria, onde acredita que existam oportunidades mais significativas nesse momento do turismo.
O mercado premium foca no melhor preço e não no menor preço, valorizando o serviço agregado, com alto índice de fidelização, conquistando o consumidor que está em ascensão.

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Serviços exclusivos para o turismo, através da Entre Pay e da WMoney

Com o objetivo de expandir o acesso a produtos e soluções financeiras para mais brasileiros e latinos americanos, a Entre Investimentos se consolida como um parceiro vantajoso também no segmento do turismo, pela extraordinária gama de serviços que oferece.

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Dentre os serviços, destaque para as máquinas de cartão e links exclusivos de pagamento, capazes de sistematizar uma gestão totalmente integrada dentro da plataforma da Entre Pay.
A Wealth Money tem o propósito de conectar pessoas que necessitam de empréstimos com outras dispostas a investir seu capital, através do impulsionamento de uma modalidade de transação financeira inovadora conhecida como peer-to-peer, ou empréstimo entre pares.

Em 2023, a empresa foi adquirida pelo grupo Entre Investimentos e teve a abrangência de seus serviços expandida. Agora, as oportunidades para investimento disponibilizadas também envolvem requisições feitas por pessoas jurídicas e antecipações de recebíveis de cartão de crédito.

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Expositores e parceiros

Entre os parceiros e expositores presentes no workshop realizado no Tivoli Mofarrej, nos Jardins, estão marcas que trabalham diretamente no turismo de luxo como Belmond, CCHotels, Campo Bahia Villas Spa, Design Hotels, Grupo Presidente, Sandals Resorts e Circuito Elegante.
A Copa Airlines, líder no transporte aéreo na América Latina, é uma das companhias aéreas que também participa do evento, junto a facilitadores como a CT Operadora, Geni Travel, Indômita Collection, Interep, Just Tur, Kangaroo Tours, Nau Tourism Collection, Universal Assistance, Tyller Consolidadora e Sariri Terras, entre outras.
A Beyond Destinations, empresa especializada em expandir o mercado brasileiro para produtos turísticos e destinos com o grupo de hotéis Katikies, também participa do evento, como Os Sonevas, com hotéis nas Maldivas e Tailândia, os hotéis Nayara, com propriedades na Costa Rica, Panamá e Chile, e o Hotel Magnolia, em Santiago.
Agência especializada em Curaçao, uma ilha que encanta os visitantes com sua arquitetura autêntica e cores vibrantes, a Tourism Board Curaçao Brasil é outra empresa participante do workshop.

Fonte: IstoÉ

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Brasil está entre os países que mais usam IA: oportunidade ou alerta?

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O país ocupa o 4º lugar global em acessos a sites de IA. O que esse dado revela sobre nossa educação?

Joice Leite*

O protagonismo brasileiro no uso da IA
O Brasil registrou 468,6 milhões de acessos a sites de inteligência artificial em fevereiro de 2024, de acordo com relatório da AI Tools. Isso nos coloca em 4º lugar no mundo, atrás apenas de Estados Unidos, Índia e Quênia — à frente de potências como China, Alemanha e Reino Unido. A palavra-chave aqui é clara: inteligência artificial. Estamos entre os maiores usuários globais dessa tecnologia e isso pode parecer, à primeira vista, motivo de comemoração.
O entusiasmo brasileiro se confirma em outro levantamento, feito pelo Google e pela Ipsos: 54% dos brasileiros já usam ferramentas de IA generativa, um índice acima da média global (48%). E 65% acreditam que a tecnologia contribui positivamente em várias áreas da vida, da educação ao mercado de trabalho. O dado nos posiciona como uma sociedade aberta à inovação — mas também nos convida a refletir: o que isso revela sobre o acesso à tecnologia, a inclusão digital e o papel das escolas nesse cenário?
Estamos preparados para usar a inteligência artificial?
A resposta exige olhar para dentro da realidade brasileira. Se por um lado temos milhões de pessoas acessando plataformas de IA, por outro lado sabemos que a infraestrutura digital ainda é precária em grande parte do país. O uso da inteligência artificial, nesses casos, pode ser superficial, reprodutivo e, muitas vezes, desinformado. O risco de aprofundar desigualdades é real.
No Colégio Visconde de Porto Seguro, por exemplo, temos observado o interesse genuíno dos estudantes pelas ferramentas de IA. Eles usam a tecnologia para pesquisar, organizar ideias e aprimorar seus projetos — sempre acompanhados por uma mediação pedagógica que prioriza o pensamento crítico e a ética no uso da tecnologia. Mas essa é a exceção, não a regra. O desafio é garantir que essa experiência se torne comum em mais escolas, públicas e privadas, urbanas e rurais.
O crescimento da inteligência artificial precisa ser acompanhado por políticas públicas voltadas à inclusão digital de fato — com internet de qualidade, formação docente, infraestrutura e currículo alinhado às novas demandas.
Como a inteligência artificial impacta o futuro do trabalho e da educação?
A pesquisa do Google e da Ipsos também mostrou que 60% dos brasileiros acreditam que a inteligência artificial pode aumentar suas chances de ganhos no trabalho — número bem acima da média global, de 49%. Ainda segundo o estudo, áreas como ciências, medicina, agricultura e segurança cibernética são vistas como grandes beneficiadas pela IA. E 64% da população avalia que os benefícios da tecnologia superam os riscos.
Na educação, esse impacto também é sentido no dia a dia. O levantamento apontou que 74% dos brasileiros já utilizam a inteligência artificial como apoio aos estudos. É uma ferramenta poderosa, mas que exige responsabilidade. O papel da escola é fundamental: formar estudantes capazes de ir além do uso técnico, desenvolvendo consciência crítica, ética digital e autonomia intelectual.
Não se trata apenas de ensinar como usar a IA, mas de refletir sobre os impactos sociais, econômicos e culturais dessa tecnologia. É assim que contribuímos para formar cidadãos preparados para um futuro cada vez mais moldado pela inteligência artificial.
O que a educação brasileira pode aprender com esse dado?
Estar entre os maiores usuários de inteligência artificial do mundo é, sim, uma oportunidade. Revela uma sociedade curiosa, aberta à experimentação e otimista quanto às possibilidades da tecnologia. Mas esse dado também é um alerta. Mostra que precisamos investir com urgência em políticas educacionais que incluam todos — e que preparem os jovens para muito mais do que consumir tecnologia: para transformá-la.
A inteligência artificial já faz parte do cotidiano de milhões de brasileiros, mas seu impacto será determinado pela forma como ela será integrada às escolas, universidades e ao projeto de país que desejamos construir. O dado nos orgulha, mas nos cobra responsabilidade.

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* Joice Leite é Mestre em Educação, Currículo e Novas Tecnologias e diretora de Educação Digital do Colégio Visconde de Porto Seguro.

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