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Orgulho de ser Fernanda Montenegro
 
																								
												
												
											Torres foi indicada a Melhor Atriz no Oscar 2025 pelo papel em Ainda estou aqui, repetindo o feito da mãe, Fernanda Montenegro, 26 anos depois – (crédito: Robyn Beck/AFP)
De repente todos passaram a ser a atriz indicada para o Oscar pelo filme “Ainda estou aqui”, mas a satisfação maior só pouco mais de 500 mil podem ter: são as xarás da artista que brilhou em Hollywood
Bem-humorada, Fernanda Torres sempre brinca com o fato de a mãe ser Fernanda Montenegro, embora o nome de batismo seja Arlette Pinheiro Monteiro Torres, e o pai, Fernando Torres. “Meu irmão se chama Cláudio, tá? Meus filhos, Joaquim e Antônio”, responde a atriz, soltando uma gargalhada em seguida.
Porém, para suas xarás, a sensação é outra. A advogada Fernanda Aparecida Miranda, 46 anos, confessa que se sentiu duplamente representada com a indicação da atriz. “Foi um momento incrível! Ver uma mulher brasileira e ainda ‘Fernanda’ no Oscar me trouxe um orgulho enorme e uma sensação de reconhecimento”, contou. “Fernanda, para mim, representa força, modernidade e personalidade. Já estudei com várias ‘Fernandas’ e muitas tinham essa mesma energia: determinadas, autênticas e cheias de presença.”
Para a recepcionista Fernanda Diniz Nery, 35, as mulheres que têm esse nome reúnem qualidades fortes. “A Fernanda Torres não representou apenas as ‘Fernandas’, mas todos os brasileiros. Para mim, Fernanda significa alguém que não desiste fácil, que busca crescimento e que tem um coração forte, mas sensível nos momentos certos”, disse. “Tenho muito orgulho de ser Fernanda. Ser Fernanda não é para qualquer um.”
Fernanda Lopes Correia, jornalista, 38, afirmou que ficou profundamente emocionada com a indicação da Fernanda Torres ao Oscar. “Foi um momento grandioso não só pelo reconhecimento ao talento dela, mas porque, de certa forma, me senti duplamente representada pelo meu nome e por ser brasileira”, enfatizou.
“Desde criança, sempre achei curioso e progressista o fato de Fernanda Montenegro ter dado seu próprio nome à filha, algo comum entre homens, mas raro entre mulheres. Cresci admirando as duas e lembro claramente da indicação da Fernanda Montenegro ao Oscar, quando eu era pequena, e da expectativa de assistir àquela cerimônia. Este ano, revivi essa sensação, torcendo novamente, com o coração acelerado, como se fosse uma final de Copa do Mundo”, disse.
A jornalista Fernanda Valente, 28, concorda com a xará Diniz Nery. “Nosso nome, que é tão forte e imponente, foi levado mundo afora por uma atriz madura e autêntica, que tratou com sensibilidade um tema tão cruel da nossa história. O significado de Fernanda é isso: força, compaixão, sensibilidade. Agora, o mundo inteiro sabe disso”, frisou. “Que orgulho de ser mulher brasileira, falante da língua portuguesa e ainda compartilhar o mesmo nome que a Fernanda Torres. Com certeza, ela representa muito o Brasil. E, nesse momento, só vejo uma outra Fernanda à altura para essa representação: a própria Fernanda Montenegro, a mãe.”
Lenda ou fato
A escolha de Fernanda Montenegro que muito jovem, quando começou no rádio, deixou de ser Arlette Pinheiro Monteiro tem várias versões. Em uma delas, ela conta ter se inspirado numa bela dama da noite, de vida livre e espontânea, famosa nos anos 50, e no médico “mais inteligente” e famoso que atendia a sua família e os vizinhos do bairro: “Doutor Montenegro”. Dessa junção, teria surgido Fernanda Montenegro.
Uma outra explicação, mais romântica, é que Fernanda, de acordo com a própria Dama do Teatro, seria um nome clássico e que bem representa os autores que ela tanto admira — em homenagem ao personagem Fernando, da peça Cyrano de Bergerac, do francês Edmond Rostand, uma de suas favoritas. Independentemente da verdade por trás da escolha, o certo é que essa senhora é reverenciada no Brasil e no mundo entre as melhores atrizes.
O inquestionável é que o nome Fernanda Montenegro ecoa como sinônimo de excelência no teatro, no cinema e na televisão brasileira. Já a filha “Nanda” conseguiu, com talento, profissionalismo e autenticidade, conquistar o próprio espaço, sem ficar na sombra da mãe e do pai, embora a linhagem de “Fernandos” seja marcante.
Às gargalhadas, Fernanda Torres adora contar que, quando começou no Teatro Tablado, a famosa preparadora de atores Maria Clara Machado comentou: “Ah, coitada, aquela ali é a filha da Fernanda Montenegro e do Fernando Torres, quer ser atriz”. Infelizmente, Maria Clara não viveu para ver o mundo reverenciar a “filha” brilhar no tapete vermelho em Hollywood.
De sanduíche grátis a entrada do cinema e drinks
Com a febre do filme Ainda estou aqui e a paixão arrebatadora provocada por Fernanda Torres, o comércio resolveu pegar carona. Então, desde a indicação ao Oscar, para o longa e de melhor atriz, salas de cinema, óticas, lanchonetes, cafés, barzinhos e até a Motorola ofereceram descontos, promoção e produtos de graça para as “Fernandas”. Às vezes, de quebra, uma outra loja incluía um “Oscar” e um “Marcelo”. Mas a moda foi mesmo a “Fernandinhamania” que se estendeu por todo país.
Em São Paulo, o cinema Reag Belas Artes distribuiu máscaras com o rosto da atriz para os espectadores que foram acompanhar a premiação. Já em Belém, uma hamburgueria ofereceu sanduíches gratuitos para clientes chamadas Fernanda, enquanto em Curitiba, um bar prometeu distribuir 200 chopes gratuitos, caso o Brasil ganhasse alguma das três estatuetas às quais concorria. A rede de Cinema Cineflix ofereceu ingresso de graça para quem se chamava “Fernanda”.
No ABC Paulista, o Grand Plaza Shopping liberou o estacionamento no domingo do Oscar para as visitantes com o nome da intérprete de Eunice Paiva. A rede de lanchonete Geléia Burger lançou a promoção “Sortudos da Vez”. O sanduíche ou combo grátis valia apenas para os detentores dos nomes “Fernanda” ou “Fernando”. E, era preciso que o acompanhante fizesse um pedido do cardápio.
Aula de política
O The One Sport Bar, em Bauru, em São Paulo, ofereceu uma super oferta de batatas fritas — com barbecue, classic, bacon e cheddar ou mushroom (opção vegetariana) — não só para aquelas que tinham o nome da artista como também para os Marcelos, em homenagem ao Marcelo Rubens Paiva.
A Motorola anunciou descontos de até R$ 500 nos celulares das linhas Edge e Razr para clientes chamadas Fernanda apenas para o último dia 2. As Drogarias Pacheco e São Paulo ofereceram 15% de desconto para compras acima de R$ 140 feitas pelas xarás da atriz indicada.
Em Brasília, o Vert Café presenteou as Fernandas com um cappuccino. O Bar Spoiler, em Pinheiros, na capital paulista, estendeu a brincadeira para todo o mês de março. “Todas as clientes com o nome Fernanda que pedirem um drink Plot Twist, na terça, quarta ou quinta e postarem a foto dele marcando o @barspoiler no Instagram, ganharão o drink cortesia”, diz o anúncio nas redes sociais.
Teve ainda promoção de óculos. Para a Fernanda ou o Oscar interessados em comprar um par, era só entrar no site da Lupa Road e teria R$ 130 de desconto. O anúncio da oferta incluiu aula de política: “Num momento em que a democracia segue sendo testada, que quase sofremos outra tentativa de golpe, um filme brasileiro sobre memória, resistência e identidade disputar a maior premiação do mundo é um lembrete poderoso: ‘É preciso dar um jeito, meu amigo’ (como na canção do Erasmo Carlos). E, acima de tudo, é preciso vigiar”. (colaborou Renata Giraldi)
 
																	
																															Social
Na Trilha do Teatro leva riso, música e escuta para seis escolas do DF
 
														De outubro a novembro, projeto de arte-educação transforma a rotina escolar em experiência sensorial com mediação, espetáculo teatral e laboratório de musicalização.
Do campo ao ensino especial, seis escolas do DF recebem o projeto Na Trilha do Teatro para fazer do horário de aula um encontro com o riso, a curiosidade e o som do próprio corpo. Voltado a crianças de 6 a 10 anos, o programa articula três ações gratuitas e complementares: uma mediação teatral que prepara o olhar do público, a apresentação do espetáculo “Seu Cocó e as Caixas-surpresa” e um laboratório de musicalização infantil. A iniciativa é realizada com recursos do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal.
 
O projeto aposta na formação de espectadores e na presença qualificada de artistas dentro da escola. A proposta é criar pontes entre obra e plateia, ativando repertórios sensoriais e afetivos. Na prática, a visita movimenta toda a comunidade escolar: professores, equipes pedagógicas, estudantes e famílias, que veem pátios e salas se transformarem em palco; e a rotina, em experiência.
“É muito importante poder retomar com esse projeto de arte-educação, as escolas são espaços fundamentais para a formação de espectadores e cidadãos, afinal educação e cultura são pilares para uma sociedade justa”, conta o ator Pedro Caroca.
A trilha começa com a mediação teatral: uma conversa leve e provocadora, antes do espetáculo, que apresenta referências, convida à escuta e à participação das crianças. Nessa etapa, é distribuída uma cartilha pedagógica e lúdica com o material de apoio, para que a experiência siga ecoando em sala de aula depois da apresentação.
  
  
  
Em seguida é a vez do espetáculo “Seu Cocó e as Caixas-supresa”. E entra em cena Seu Cocó, um palhaço que “toca sem saber que toca” e convida o público a passear por um acervo de incertezas e descobertas: canções inventadas, poesias invisíveis, trava-línguas dançados, adivinhas misteriosas e cantigas de roda. O humor e a brincadeira abrem espaço para que cada criança reconheça seu próprio jeito de perceber ritmos, silêncios e histórias.
“O espetáculo é sobre a beleza de transformar o comum no extraordinário. Cada caixa é uma porta que se abre para a poesia e a imaginação compartilhada com o público. Meu maior desejo é que cada jogo e cada descoberta tragam a leveza e o encantamento que só a palhaçaria consegue provocar”, afirma a diretora Ana Vaz.
Para fechar, o laboratório de musicalização infantil, conduzido por Pedro Caroca, transforma o corpo em instrumento e a turma em orquestra. Por meio de jogos e dinâmicas, as crianças experimentam tempo, pulso, timbre e harmonia de modo prático e lúdico, uma iniciação ao universo sonoro que fortalece a escuta coletiva e a autonomia criativa.
Após as visitas escolares, será lançada uma exposição virtual com o olhar e a voz dos estudantes participantes. Ilustrações e depoimentos vão compor o acervo, ao lado de registros fotográficos e audiovisuais da equipe. A mostra, com curadoria do museólogo Marino Alves, ficará disponível permanentemente no site www.natrilhadoteatro.com.br.
“A exposição apresentará o processo de concepção e realização do projeto, destacando como as ações propostas impactaram os públicos, quais memórias foram evocadas e quais sentimentos vieram à tona. O teatro toca e emociona, e a museologia pode compartilhar e discutir as relações criadas entre artista e públicos ”, explica o curador Marino Alves.
Esta é a segunda edição de Na Trilha do Teatro. Em 2023, a iniciativa passou por 11 escolas públicas em diferentes regiões administrativas do DF. Agora, amplia o compromisso com a acessibilidade, oferecendo interpretação em LIBRAS, audiodescrição e material pedagógico acessível.
 
Programação
28 de outubro – Escola Classe Kanegae no Riacho Fundo
29 de outubro – Centro de Ensino Especial de Deficientes Visuais (CEEDV) Asa Sul
30 de outubro – Escola Classe Itapeti no Paranoá
05 de novembro – Escola Classe Guariroba em Samambaia
06 de novembro – Escola Classe Córrego das Corujas em Ceilândia
07 de novembro – Escola Bilíngue de Taguatinga
Baú Comunicação Integrada
Camila Maxi – (61) 98334-4279
Michel Toronaga – (61) 98185-8595
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