Diversas
Quase metade das mulheres é demitida ao voltar da licença-maternidade: por que ser mãe e profissional ainda é um desafio
O medo de perder vantagens competitivas no mercado de trabalho não é fantasia nossa: pesquisas mostram que quase metade das mulheres é demitida nos primeiros meses após a volta da licença-maternidade. A estatística comprova que o velho dilema, de conciliar o desejo de ser mãe com a carreira profissional, continua mais atual do que nunca.
Conciliar carreira e maternidade tem sido um desafio constante para muitas mulheres em todo o mundo. A pressão para se ter sucesso profissional muitas vezes colide com o desejo de ser mãe e dedicar tempo à família. Essa luta é evidenciada por meio de pesquisas que revelam a porcentagem de mulheres que adiam a maternidade devido à carreira e o número preocupante daquelas que enfrentam demissão após a licença-maternidade.
Adiamento da Maternidade por Motivos Profissionais
Uma pesquisa norte americana feita pela Win, uma provedora de benefícios de construção familiar, com 1.000 mulheres norte-americanas descobriu que aproximadamente 36% das mulheres adiam a maternidade devido à preocupação com o impacto que terá em suas carreiras. Esse número reflete a difícil decisão que muitas mulheres enfrentam ao equilibrar suas ambições profissionais com o desejo de ter filhos.
O Ministério da Saúde do Brasil em 2021 mostrou que a porcentagem de mulheres que optou pela maternidade após os 40 anos aumentou para 49,5% em 20 anos.
O medo de prejudicar suas oportunidades de avanço na carreira, ou de perder vantagens competitivas no mercado de trabalho, muitas vezes leva as mulheres a postergar a maternidade para um momento em que se sintam mais seguras em suas posições profissionais. O percentual de mulheres executivas sem filhos (45%) é mais do que o dobro do número de homens em cargos de liderança (19,3%).
Demissão Pós-Maternidade
Mesmo após o retorno ao trabalho após a licença-maternidade muitas mulheres enfrentam discriminação e até demissão. De acordo com dados do estudo feito pela FAMIVITA com mais de 2.100 mulheres em setembro de 2022, 21% das mulheres foram demitidas nos primeiros meses após retornarem da licença-maternidade. Essa estatística destaca a persistência da discriminação de gênero no local de trabalho, onde as mulheres muitas vezes são vistas como menos comprometidas ou menos produtivas após se tornarem mães.
De acordo com uma pesquisa publicada pela FGV em 2016 com 247 mil mães entre 24 e 35 anos, após 24 meses, quase metade das mulheres que tira licença-maternidade está fora do mercado de trabalho, um padrão que se perpetua inclusive 47 meses após a licença. A maior parte das saídas do mercado de trabalho se dá sem justa causa e por iniciativa do empregador.
De acordo com uma pesquisa divulgada em abril de 2023, pelo site Futuros Possíveis, uma plataforma de inteligência e geração de diálogos sobre o futuro, 88% das mulheres apontam que é necessário as empresas construírem ambientes psicologicamente seguros, número que cai para 79% se considerarmos apenas os homens.
Algumas empresas estão adotando diversas medidas para auxiliar as mulheres na maternidade, visando criar um ambiente de trabalho mais inclusivo e apoiar suas funcionárias durante esse período importante de suas vidas. Algumas ações que as empresas podem implementar incluem:
- Licença Parental Remunerada
Oferecer uma licença parental remunerada tanto para mães quanto pais, permitindo que os funcionários tenham tempo suficiente para cuidar de seus filhos recém-nascidos sem se preocupar com a perda de renda.
- Flexibilidade no Horário de Trabalho
Permitir horários flexíveis ou trabalho remoto para que as mães possam equilibrar suas responsabilidades familiares com as exigências do trabalho.
- Creches no Local de Trabalho
Algumas empresas estão oferecendo creches ou serviços de assistência infantil no local de trabalho, proporcionando conveniência e tranquilidade para as mães que retornam ao trabalho.
- Programas de Mentoria e Suporte
Estabelecer programas de mentoria ou grupos de apoio específicos para mães, onde elas possam compartilhar experiências, receber orientação e apoio emocional de colegas que enfrentam desafios semelhantes.
- Apoio à Amamentação
Disponibilizar salas de amamentação equipadas e tempo flexível para que as mães possam amamentar ou extrair leite durante o expediente.
- Políticas de Retorno ao Trabalho Gradual
Implementar políticas que permitam um retorno gradual ao trabalho após a licença-maternidade, como horários reduzidos ou uma fase de transição gradual, para facilitar a reintegração das mães à rotina profissional.
- Benefícios Adicionais
Oferecer benefícios adicionais, como assistência médica abrangente para mães e crianças, programas de suporte emocional e financeiro, e subsídios para despesas relacionadas à maternidade.
Essas são apenas algumas das muitas ações que as empresas podem adotar para auxiliar na maternidade e criar um ambiente de trabalho mais acolhedor e inclusivo para suas funcionárias. Ao reconhecer e apoiar as necessidades das mães no local de trabalho, as empresas não apenas promovem a igualdade de gênero, mas também contribuem para o bem-estar e a produtividade de sua força de trabalho como um todo.
A dificuldade das mulheres em conciliar carreira e maternidade é um problema complexo que requer ação tanto das empresas quanto das políticas governamentais. É fundamental que as organizações adotem políticas de igualdade de gênero e programas de apoio à maternidade. Além disso, é necessário combater a discriminação de gênero e garantir que as mulheres tenham as mesmas oportunidades de avanço profissional, independentemente de sua escolha de serem mães. Apenas através de medidas abrangentes e inclusivas podemos criar um ambiente de trabalho onde as mulheres possam prosperar tanto em suas carreiras quanto em suas vidas familiares.
Diversas
Detran-DF flagra 14 condutores alcoolizados em operação em Águas Claras
Em menos de três horas, 120 motoristas foram abordados e realizaram o teste do etilômetro
Valquíria Cunha
O Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF) realizou, entre 23h30 de terça-feira (14) e 1h15 desta quarta-feira (15), uma grande Operação Lei Seca na Avenida Castanheiras, altura da Rua Maracá, em Águas Claras. A ação contou com o apoio da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) e teve como objetivo coibir infrações relacionadas ao consumo de álcool e reforçar a segurança viária na região.
Durante a operação, 120 condutores foram abordados e submetidos ao teste do etilômetro. Desse total, 14 foram flagrados dirigindo sob efeito de álcool. As equipes também registraram outras irregularidades, como um caso de excesso de passageiro, um de não uso do cinto de segurança, um de transporte de criança sem cadeirinha, um escapamento alterado em carro e outro em motocicleta, uma Carteira Nacional de Habilitação vencida, dois condutores inabilitados, um caso de falta de equipamento obrigatório e três outras infrações diversas.
A ação contou com a participação de 12 agentes e 6 viaturas do Detran-DF, além do apoio de uma viatura e dois policiais da PMDF.
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